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13 agosto 2006

Amores de Verão... Amores de uma vida



Ouço a caneta a bater no papel, as letras saem em fúria e atropelam-se no papel entre as linhas que paralelamente se cruzam com as palavras. De repente paro como se me tivesse acabado o ar para respirar. Foge-me tudo da cabeça e o alvoroço é subtilmente substituído pela ânsia solitária e o temor ao nada, ao vazio. A mão pára seguida pela caneta, silêncio na sala, na folha. A folha que era branca e agora está suja, marcada por inúmeras linhas pretas, traços indistintos que se acumulam anarquicamente organizados naquele curto espaço de transmissão.

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