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30 janeiro 2009

Kylie Minogue - agente com ordem para atirar !



Um anúncio para cinema da marca de lingerie Agente Provocateur, de 2001, foi considerado o melhor de sempre a passar nas salas britânicas, segundo um inquérito realizado pela agência de publicidade para cinema Digital Cinema Media (DCM).
Chama-se "Proof" e nele Kylie Minogue monta um touro mecânico de veludo vermelho vestindo apenas a lingerie da marca. Termina a desafiar a todos os homens na audiência para se levantarem.
O inquérito foi feito através da internet pela agência Digital Cinema Media. Pedia aos utilizadores para escolherem o seu anúncio preferido de uma lista de 10 escolhida por um conjunto de especialistas, revela o "Daily Telegraph". A lista inclui os anúncios à marca de TV Sony Bravia (2005), à Coca-Cola Diet "Pause" e ao Ford Puma - este fazendo uma citação de "Bullitt", o filme de 1968 com Steve McQueen; o anúncio substitui o Mustang de McQueen por um Puma.
"Proof" já tinha sido premiado em 2003: foi considerado o melhor anúncio nas salas britânicas pelos British TV Awards, informa o site da cantora (kylie.com)
Kylie Minogue iniciou a sua carreira como actriz durante os anos 80 e em 1988 lançou o seu primeiro álbum, "Kylie". Editou ao longo dos anos 90 mas o momento mais alto da sua carreira foi o Grammy, em 2004, por melhor álbum de dança, por "Come into my World".
Em 2007, lançou o álbum "X", depois de ter feito uma pausa na carreira para recuperar de um cancro. Em 2008 realizou uma tournée e este ano foi escolhida para apresentar a cerimónia do Brit Awards.

Lab.65. Colectivo Fotográfico em exposição

29 janeiro 2009

É jornalismo (estúpido) !!!



O pior ruído é o do mau jornalismo! Se os ficheiros áudio não forem mp3 mas pelo contrário wma, mp4, ogg... ou outra coisa qualquer o volume já não é problema. O excesso vai ao ponto de se produzir uma infografia sobre isso (só porque as infografias supostamente credibilizam as noticias).

28 janeiro 2009

Das pedras, das palavras e das palavras como pedras que são como pessoas...


"Sou uma pedra, sou uma pedra, dizia-se. E depois, para evitar até falar consigo mesmo: pedra, pedra, pedra. O que sentiria eu se fosse realmente uma pedra? Em primeiro lugar o movimento dos átomos que me compõe, ou seja o estável vibrar das posições que as partes das minhas partes das minhas partes mantêm entre si. Sentiria o zumbir do meu empedrecer. Mas não poderia dizer eu, porque para dizer eu é preciso que haja outros, algo de outro a que possa opor-me. Em princípio a pedra não pode saber que haja outro fora de si. Zumbe, pedra ela mesmo pedrante, e ignora o resto. É um mundo. Um mundo que mundula sozinho."

Humberto Eco, "A Ilha do Dia Antes"

O Amor no X Salón do Libro Infantil e Xuvenil de Pontevedra


O amor é o tema central deste ano no Salón do Libro Infantil e Xuvenil de Pontevedra, no qual Portugal será o país convidado.

Exposições, conferências, actividades concertadas, concertos e literatura, muita literatura enriquecem o programa desta X edição que terá a sua duração do 1 de Fevereiro até 15 de Março.

A escritora Fina Casalderrey será a autora homenageada este ano.

Mais infos no site oficial do evento.

27 janeiro 2009

Poesia in Progress - Poesia Grega


A próxima sessão de poesia terá como tema "A poesia grega" (antiga e moderna), e ocorrerá na próxima 5ª feira, dia 29/1, pelas 21,30, no Café Progresso.

"Não aspires, minha alma, à vida eterna:
Mas vai esgotando o campo do possível" - Píndaro, in Píticas III

26 janeiro 2009

25 janeiro 2009

Guess What ???


Quem adivinhar primeiro o que é esta imagem ganha um prémio !
Respostas nos comentários....
Ainda estão à espera ?

24 janeiro 2009

Hope !


Click here to sign the Open Letter to Obama and download the posters now.

Participem nesta campanha da Jewish Voice for Peace para pressionar a administração do Obama a tomar medidas sérias e concretas no conflito Israel / Palestina. A voz da promessa tem de passar a ser a voz da concretização.

23 janeiro 2009

UM ANO DE LUTA EM DEFESA DO BOLHÃO


(24.1.2008 – 24.1.2009)

Este sábado completa-se precisamente um ano de luta pela reabilitação do nosso Mercado do Bolhão.
Os cidadãos do Porto mobilizaram-se para impedir um dos maiores atentados ao Património humano e arquitectónico da cidade, conseguindo vitórias que muitos julgavam impossíveis.
Ao lado dos comerciantes do Bolhão vencemos a batalha contra a transformação do Mercado de frescos em mais um Centro Comercial, impedindo a sua alienação por uma multinacional holandesa.

ESTE SÁBADO APARECE NO BOLHÃO !

Numa acção de balanço, informação e solidariedade com os comerciantes.
Porque a luta vai continuar, até que o Bolhão seja reabilitado, com respeito pelos comerciantes e pelo património arquitectónico.

http://www.pic-porto.blogspot.com/

Just a rainning day

22 janeiro 2009


A nossa vida não é o que nos anunciaram: os empregos escasseiam e não duram, as qualificações escolares não garantem o acesso a um mercado de trabalho cada vez mais selvagem, os serviços são cada vez menos públicos, o futuro é incerto e o presente cheio de dúvidas.
Esta é a primeira geração condenada a viver pior do que os seus pais, desenquadrada de estruturas representativas dos seus interesses difusos e incertos, cada vez mais desconfiada das burocracias partidárias e nomenclaturas administrativas.
Dos protestos que a geração-precária está a protagonizar na Grécia, interessa-nos discutir as condições sociais que levaram à revolta e as suas formas de organização.

É para isso que nos juntamos na quinta feira, 22 de Janeiro, pelas 21.00 no bar do Teatro A Barraca.


Convidados:

* Carvalho da Silva - Secretário Geral da CGTP
* Rui Tavares - Historiador
* José Soeiro - Sociólogo
* João Romão - Economista e membro do PI

Aparece!

Teatro A Barraca :: Largo de Santos, 2 - Lisboa
Metro – Cais do Sodré (linha verde
CP – Estação de Santos
Carris – 6, 727, 60, 104, E15, E25, E28

21 janeiro 2009

20 janeiro 2009

A valsa do terror por José Goulão *


As mais genuínas representações da tragédia da guerra são proporcionadas por quem nela alguma vez esteve envolvido. Por isso, a Valsa com Bechir composta pelo realizador e ex-soldado israelita Ari Folman é um hino que alarma as nossas consciências perante a diplomacia do canhão eleita como um culto dos nossos dias.
O leitor terá encontrado nestas palavras de introdução uma sequência de contra-sensos que podem deixá-lo intrigado. Valsa não condiz com a guerra, é obra de músico romântico e não de realizador de cinema com passado militar; a diplomacia deve estar associada à arte de pelejar com a palavra; o hino é um género musical que não se dançava nos aristocráticos salões de Viena e que, além disso, é criado para empolgar, não para alarmar.
São contra-sensos aparentes; a guerra, ao invés, é um contra-senso real e Ari Folman, porque rodopiou nos seus turbilhões sangrentos e captou com sensibilidade crua a degeneração dos seres humanos que a cultivam e levam outros a envolver-se, está na situação ideal para a desmitificar.
Valsa com Bechir, porém, não é uma mensagem, um panfleto, uma arma política, um exercício demagógico. É tão-somente uma obra de arte colocada à mercê dos nossos sentimentos, juízos e sentido crítico, das nossas reflexões e elaborações. É um filme de uma honestidade à prova de bala.
Um dia, entre algumas cervejas num bar de Telavive, um antigo companheiro de armas confidenciou a Ari Folman a recorrência dos seus sonhos envolvendo exactamente 26 cães ferozes. Penetramos assim na invasão israelita do Líbano em 1982 e avançamos através dela, a caminho de Beirute, ao mesmo tempo que Folman vai reconstruindo o puzzle do seu envolvimento nessa guerra através de entrevistas com outros antigos militares – sete verdadeiros e dois de ficção. Nenhum deles, incluindo o cineasta, se lembrava desse episódio das suas existências: o guião é o encontro doloroso de cada um com a memória crua da guerra; e os 26 cães do sonho de Boaz, que naquele tempo alertavam os aldeões do Sul do Líbano para a chegada dos militares invasores, foram abatidos um a um pela arma certeira e sem oposição do soldado, transformando-se depois em assombrações para o resto da sua vida.
Ari Folman escolheu a animação para transmitir o ambiente onírico, em registo de pesadelo, em que se desenvolve todo o filme. A reconstrução dos cenários e ambientes de Beirute naquele escaldante Agosto é de um rigor quase compulsivo; as cores sombrias fazem-nos flutuar entre o sonho e a realidade; os retratos das personagens aproximam-se do realismo e da dureza tão reais e brutais como a guerra, explodindo por fim nas imagens verdadeiras que fecham a acção; a banda sonora é preciosa, desde o Enola Gay – «ontem devias ter ficado em casa» – com que os Orchestral Manoeuvres in the Dark nos instalam nos anos oitenta com as imagens revoltantes de Hiroxima, às baladas de fanfarronice desatoladas dos pântanos do Vietname para ritmar agora as andanças cruéis do Exército de Israel.
A Valsa com Bechir conduz-nos através do outro lado da propaganda oficial israelita perante a guerra. Para enquadrar o filme no tempo poderá recordar-se que Bechir, o nome associado ao título e cujo retrato afixado nas paredes de Beirute pontua a cena mais simbólica da acção, é Bechir Gemayel, então presidente eleito do Líbano numa votação em que o quórum parlamentar foi alcançado através de sequestros de deputados cometidos pelas milícias falangistas cristãs do Líbano, aliadas de Israel. Bechir tinha sólidos contactos com as mais altas instâncias israelitas e a sua «eleição» foi festejada com solene jantar pelos serviços secretos de Israel (Mossad) porque pela primeira vez «um dos seus» tinha chegado a tão elevada posição num país árabe. Projectava-se, a curto prazo, uma aliança entre o Líbano e Israel que iria alterar profundamente as relações de forças no Médio Oriente quando Bechir foi morto na sequência de um atentado bombista contra o quartel-general do seu partido. Responsabilizando os palestinianos pela operação, as milícias falangistas, apoiadas e protegidas pelo exército israelita, dedicaram-se então, durante três dias de Setembro, à chacina sistemática da população desprotegida dos campos de refugiados de Sabra e Chatila, nos subúrbios de Beirute Ocidental. O massacre foi possível porque as forças armadas palestinianas – que tinham defendido Beirute Ocidental dos invasores juntamente com as resistências civis libanesa e palestiniana – já tinham abandonado o Líbano mercê de um acordo internacional alcançado por um negociador norte-americano, Philip Habib, segundo o qual a operação seria fiscalizada por forças internacionais de interposição. Estas saíram do terreno antes do prazo estipulado e logo que o último soldado palestiniano embarcou as tropas de Israel fizeram o que lhes estava vedado pelo acordo: entrar em Beirute Ocidental. É neste contexto que se realiza a chacina dos refugiados palestinianos de Sabra e Chatila. Ari Folman e os seus companheiros de armas estavam entre os soldados israelitas que montaram guarda, testemunharam e até iluminaram, porque nem a noite travou os carniceiros, o assassínio a sangue frio de centenas e centenas de seres humanos indefesos. A Mossad e a Central Intelligence Agency (CIA) sabiam, porém, que o atentado contra Bechir Gemayel fora cometido por sectores ligados aos serviços secretos sírios e não por palestinianos.
O filme A Valsa com Bechir incide sobre acontecimentos de 1982 mas tem uma actualidade gritante. Começou a nascer nos tempos do grande fracasso militar israelita de 2006, também no Líbano, exibe-se em Lisboa e corre mundo enquanto este assiste à tragédia de Gaza. É, afinal, um filme sobre 30 anos de guerra e que, olhado com a atenção que requer, transporta um conjunto de importantes certezas: não há uma solução militar para o conflito entre Israel e os palestinianos; as principais vítimas das operações militares israelitas são sempre os civis – em Gaza ou Jenine, como em Sabra e Chatila –; as instâncias mundiais com poder de decisão têm sido de uma ineficácia absoluta pelos sucessivos ciclos de violência e correspondentes tragédias humanitárias; e a geração israelita seguinte à de Ari Folman e seus companheiros de armas será igualmente afectada pelo stress pós-traumático e outros graves distúrbios de guerra.

* Jornalista
Via Le Monde Diplomatique Portugal

Bye Bye Mr. Bush


19 janeiro 2009

Até já...


O músico e compositor João Aguardela, do grupo “A Naifa”, faleceu domingo aos 39 anos de idade vítima de cancro, no Hospital da Luz, em Lisboa.
João Aguardela integrou no passado colectivos como “Sitiados”, “Linha da Frente” ou “Megafone”. O músico havia editado com “A Naifa” o álbum "Uma Inocente Inclinação Para o Mal" no ano passado.
Os “Sitiados”, a primeira banda de João Aguardela, editaram em 1992 o seu álbum de estreia, sendo de 1999 a edição do seu último registo.
Posteriormente, o músico fundou os “Megafone”, que editaram quatro discos, o projecto “Linha da Frente”, que musicou textos de Ary dos Santos, Manuel Alegre e Alexandre ONeill, entre outros.
Em 2004, fundou “A Naifa” com Luís Varatojo, Maria Antónia Mendes e Paulo Martins. O grupo gravou temas com letras de escritores como José Luís Peixoto, Adília Lopes ou Pedro Sena-Lino.
João Aguardela foi distinguido em 1994 com o Prémio Revelação da Sociedade Portuguesa de Autores.

No plano politico foi camarada em muitas lutas, servem de exemplo o movimento "Tropa Não", algumas campanhas do PSR e as campanhas dos referendos sobre IVG. Uma voz atenta e participante.

18 janeiro 2009

Bye Bye Bush Party no Porto


Segunda, 19, pelas 18 horas, em frente à Câmara do Porto, na Av. dos Aliados
Parece um sonho, mas acabou o pesadelo! Vem festejar a reforma do W. Bush.
Reencaminha esta mensagem para os teus contactos e vem juntar-te a um evento á escala mundial.
Aparece e traz um amigo também...

17 janeiro 2009

Circus Cardiali Policarpi presents :


What about Gay Marriage, excelente sátira sobre os porquês feito à boa maneira americana da propagando do inicio do século XX.

16 janeiro 2009

15 janeiro 2009

200 Anos depois e a força das ideias resiste !


Comemoram-se hoje os 200 anos do nascimento de um homem revolucionário e ímpar, que pautou a sua vida por um objectivo altamente digno e meritório: tornar a humanidade mais justa e solidária.

Pierre-Joseph Proudhon, considerado o pai do anarquismo, ou pelo menos o primeiro a assumir-se literalmente como um anarquista convicto, nasceu a 15 de Janeiro de 1809, em Bensançon, França e morreu em 19 de Janeiro de 1865, em Paris. Filho de uma família muito pobre, foi pastor enquanto criança, tendo posteriormente trabalhado numa tipografia onde entrou em contacto com liberais e socialistas utópicos, correntes que marcavam a política da sua época. Foi ao tempo que conheceu Charles Fourrier que viria a influenciar decisivamente as suas ideias.
Em 1838, já depois de ter saído da faculdade, publicaria aquela que é considerada a sua obra mais emblemática: “O que é a propriedade?”. Nela Proudhon critica a propriedade privada, argumentando que a exploração da força de trabalho de um semelhante era um roubo e que cada pessoa deveria gerir os meios de produção de que se utilizasse.
Em 1842 lançou algumas teses em Avertissement aux propriétaires (Advertência aos proprietários) e foi processado. No entanto acabou por ser absolvido, pois os juízes declararam-se incompetentes para julgá-lo. Depois disso foi para Lyon, onde se empregou no comércio. Nesse período entrou em contato com uma sociedade secreta que defendia uma doutrina segundo a qual uma associação de trabalhadores da nascente indústria deveria administrar os meios de produção. Com isso esperavam transformar as estruturas sociais, não pela atracção económica mas pela revolução violenta.
Em Paris, Proudhon conheceu Karl Marx e outros revolucionários, como Mikhail Bakunin.
Em 1846 escreveu Système des contradictions économiques, ou philosophie de la misère (Sistemas de contradições económicas ou filosofia da miséria), onde criticou o autoritarismo comunista e defendeu um estado descentralizado. Marx, que admirava Proudhon, leu a obra, não gostou, e respondeu a Proudhon em 1847 com Misère de la philosophie (Miséria da filosofia), decretando o rompimento de relações entre ambos.
Proudhon participou na Revolução de 1848 em Paris. Entre 1849 e 1852 ficou preso por causa das suas críticas a Napoleão III. Em 1851 escreveu Idée générale de la révolution au XIX siècle (”Ideia geral de revolução no século XIX”), que colocava a visão de uma sociedade federalista de âmbito mundial, sem um governo central, mas baseada em comunas autogeridas.
Depois de publicar, em 1858, De la justice dans la révolution et dans l’église (”A justiça na revolução e na igreja”), obra totalmente anticlerical, passou a viver sob vigilância da polícia, o que o levou a exilar-se em Bruxelas. Em 1864 voltou a Paris e publicou Du Principe fédératif (”Do princípio federativo”), uma síntese das suas concepções políticas.
As ideias de Proudhon espalharam-se por toda a Europa, influenciando organizações de trabalhadores e os mais fortes movimentos sindicais que se manifestaram na Rússia, Itália, Espanha e França.

"O anarquista imagina uma sociedade na qual as relações mútuas seriam regidas não por leis ou por autoridades auto-impostas ou eleitas, mas por mútua concordância de todos os seus interesses e pela soma de usos e costumes sociais - não mobilizados por leis, pela rotina ou por superstições - mas em contínuo desenvolvimento, sofrendo reajustes para que pudessem satisfazer as exigências sempre crescentes de uma vida livre, estimulada pelos progressos da ciência, por novos inventos e pela evolução ininterrupta de ideias cada vez mais elevados. Não haveria, portanto, autoridades para governá-la. Nenhum homem governaria outro homem." Proudhon

14 janeiro 2009

Quem é mesmo este senhor ? (Actualizado)


Pareciam tempos diferentes, pareciam tempos em que as religiões se tinham começado a encontrar e a dialogar. Nos últimos tempos e directamente associada à mudança de Papa parece ter havido uma inversão neste espírito de abertura. Sucedem-se as declarações que ultrapassam o infeliz e que depois de exprimirem ódio, homofobia e machismo... pois claro não podia faltar a xenofobia. Alguma razão tem este senhor em aconselhar as mulheres desta forma mas devia direccionar o alerta para as muçulmanas, visto que tem sido esta Igreja Católica a desculpar a violência doméstica e o não uso do preservativo. Como se pode ver também não são todos bons rapazes !
Resta saber quem se segue nesta busca pela estupidez absoluta !

[ACTUALIZAÇÃO]

QUANTOS DESTES SERÃO CATÓLICOS ?

Em todo o mundo, um bilião de mulheres, ou uma em cada três, foram violadas, espancadas ou sofreram algum tipo de violência. Uma em cada cinco mulheres será vítima ou sofrerá, pelo menos, uma tentativa de violação durante a sua vida. Os crimes de honra vitimam cinco mil mulheres anualmente, tendo particular incidência na Índia, Brasil, Marrocos, Paquistão, Turquia, Irão e Reino Unido. Em todo o mundo, faltam cerca de 60 milhões de mulheres devido ao feticídio e infanticídio. As mulheres jovens constituem 60% das vítimas de violência sexual em todo o planeta. Em contextos de conflito bélico, a violência sexual contra mulheres é usada como forma de intimidação, humilhação e vingança. Na Serra Leoa, por exemplo, entre 50 e 64 mil mulheres foram violadas por grupos armados. Todos os anos, quatro milhões de mulheres, homens e crianças são vítimas de tráfico, encontrando como destinos a prostituição, trabalho escravo, pornografia e mendicidade. Estima-se que dois milhões de cri! anças com idades compreendidas entre os 4 e os 12 anos sejam, anualmente, vítimas da Mutilação Genital Feminina. As mulheres representam 70% dos pobres em todo o mundo, realizam 2/3 do trabalho e auferem apenas 10% dos rendimentos mundiais. Embora as mulheres constituam a maioria do eleitorado, 84% dos parlamentares são homens.

13 janeiro 2009

Israel fora de Gaza !

Esta cidade pode matar !


Porto: Fumo do trânsito tem malefícios semelhantes ao do tabaco

As substâncias cancerígenas que circulam no ar provenientes do tráfego automóvel, têm efeitos semelhantes aos provocados pelo tabaco, defende um estudo universitário a que a Lusa teve hoje acesso.
O estudo, a ser apresentado na quarta-feira, detectou também os malefícios provocados pelo tabaco, mas a coordenadora do trabalho, Conceição Alvim Ferraz, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), considerou mais preocupante a concentração das substâncias decorrentes do tráfego, já que delas ninguém escapa.
O trânsito no Porto provoca aumentos até 3.500 por cento nas concentrações de substâncias cancerígenas no ar, revela o estudo. «Do tabaco pode-se fugir, mas o trânsito está por todo o lado, pelo a grande mensagem que extraio deste estudo é que é preciso tomar medidas para redução das emissões dos escapes», afirmou a docente e investigadora à agência Lusa.
A introdução de portagens à entrada da cidade é uma das medidas possíveis, mas a investigadora prefere que se estimule a utilização dos transportes públicos, melhorando a oferta. «Temos que evitar tantos carros em circulação», disse Conceição Alvim Ferraz, uma especialista em qualidade do ar, que lecciona Engenharia Química na FEUP.
Nenhum país no mundo adoptou ainda legislação para proteger os cidadãos dos malefícios das emissões do tráfego automóvel, apesar de existirem já restrições quanto aos locais onde é permitido fumar, assinala, por seu lado, uma síntese do estudo.
As medições que sustentam o trabalho foram efectuadas ao longo de quatro anos na zona do pólo universitário da Asprela, freguesia de Paranhos, na via pública e em residências de fumadores e não fumadores. Em alguns casos verificou-se um aumento até 3.500 por cento das substâncias cancerígenas presentes nas partículas inaláveis, «sobretudo nas de menores dimensões, que são as que têm piores efeitos na saúde», refere a síntese do estudo.
Para comparação, foram feitas igualmente medições numa zona de Viana do Castelo dada como não poluída.
O estudo é apresentado quarta-feira de manhã, em Lisboa, na Fundação Calouste Gulbenkian, entidade que financiou o projecto.

FONTE: Lusa

11 janeiro 2009

Mais uma voz pela Paz !

FANTASPORTO 2009 - está quase a chegar...


Está na fase final a programação da 29ª edição do Fantasporto - Festival Internacional de Cinema do Porto, que decorre entre os próximos dias 16 de Fevereiro e 1 de Março de 2009. O Fantas volta a ter o Teatro Rivoli como sede. A tenda “Cidade do Cinema” vai ser ampliada. O cineasta português Fonseca e Costa recebe o prémio pela sua brilhante carreira de meio século de cinema. Da Galiza vem o melhor do seu mais recente cinema. No ano de 2009 o Fantas volta a contar com o apoio da Lusomundo.
O impacto internacional do Fantasporto permite, uma vez mais, que com uma antecedência significativa a sua programação esteja num estado adiantado de confirmações.
Os contactos realizados durante o Festival de Cannes 2008, onde o Fantas marcou presença com um stand no Mercado do Filme, permitiram assegurar até ao momento a presença em competição de algumas das obras cinematográficas mais marcantes do ano.
“Delta” de Kornél Mundruczó, representante oficial da Hungria na Secção Oficial de Cannes, é um dos grandes filmes com presença assegurada no Fantasporto 2009. O festival orgulha-se de ter dado a conhecer a Portugal o realizador com os filmes “Pleasant Days” e “Johanna”, Prémios melhor Actriz e Especial do Júri, da Secção Oficial de Cinema Fantástico do Fantasporto 2006. Completa-se assim a trilogia daquele que é o mais importante realizador húngaro da actualidade. Vencedor do Prémio da Critica (FIPRESCI) de Cannes 2008, “Delta” é uma perturbadora metáfora sobre o amor e as relações humanas no delta do Danúbio, um deslumbramento visual, uma rara experiência estética em cenários naturais acompanhado por uma banda sonora inspirada no melhor da tradição folclórica magiar.
Outro dos grandes focos do Fantasporto 2009 é o regresso em força do cinema sul-coreano. Depois de alguns anos em que tardou em encontrar o seu rumo original, esta cinematografia volta a ser um garante de qualidade e espectacularidade. Prova disso são dois dos filmes já confirmados: “Hansel & Gretel” de Yim Phil-Sung e “The Chaser” de Na Hong-Jin, que acabam de ser premiados no mais importante festival de cinema fantástico sul coreano. “The Chaser” ganhou os prémios Melhor Filme de PiFan – Puchon International Fantastic Film Festival e European Federation of Fantastic Film Festival Asian Award, enquanto “Hansel & Gretel” foi distinguido com uma Menção Especial. O cinema da Coreia do Sul retoma o terror e agora de uma forma mais violenta e sangrenta, num caso partindo de uma história do lendário tradicional europeu e refazendo-a como conto de horror, “Hanse & Gretel” e, no caso de “The Chaser”, apostando num terror mais urbano do submundo da prostituição.
Confirmados estão ainda mais de duas dezenas de novos filmes de cinematografias que vão desde a Oceânia à Europa, da Ásia às Américas mas estes têm de ser desvendados aos poucos sob pena de depois não haver “novidades” sobre o Fantas.
Também alguns nomes bem conhecidos do cinema mundial estão a ser convidados e dois deles já confirmaram a sua presença.
Importante é referir que o cineasta português alvo de uma merecida homenagem no Fantasporto 2009 é José Fonseca e Costa. Nome grande do cinema novo português que ajudou a fundar com “O Recado” (1972), Fonseca e Costa tem uma longa e profícua carreira de mais de meio século.
A maior parte dos filmes do cineasta de origem angolana estão centrados na comédia de costumes, de que são exemplos, “Kilas, O Mau da Fita”, “Sem Sombra de Pecado” e “Viuva Rica Solteira não Fica” ou no drama social e político como em “A Balada da Praia dos Cães” e “Cinco Dias, Cinco Noites”. Fonseca e Costa é um dos mais representativos da vertente do cinema de autor português e um dos que uma mais forte relação com o público tem conseguido.
A presença já garantida do autor no Fantas em Fevereiro do próximo ano vai ser assim ocasião para um reencontro o realizador e o seu vasto público, para uma troca de ideias sobre a Sétima Arte que culminará com a entrega do Prémio Carreira na Sessão de Encerramento da Vigésima Nona edição do Festival Internacional de Cinema do Porto. Esta é apenas uma das facetas da grande visibilidade que o Fantasporto dará ao cinema português.

Em 2009 não será preciso ir muito longe para escolher a cinematografia a destacar. Habitualmente selecciona-se um país para homenagear. Mas, nos últimos anos tem-se verificado uma presença constante de filmes oriundos da Galiza, pelo que se justifica um destaque particular a uma produção autonómica em crescendo.
Prova desta vitalidade são as excelentes animações em co-produção com Portugal, que passaram no Fantasporto “O Bosque Animado” e “Onyria”, ou o premiado “Un Franco, 14 Pesetas”, Grande Prémio da Semana dos Realizadores do Fantasporto 2007.
Com a colaboração da Axencia Audiovisual Galega que está a preparar o programa de acordo com os critérios culturais da Xunta da Galiza, a retrospectiva do mais recente cinema galego vai ser um dos expoentes do Fantasporto 2009.
Não se ficam por aqui as retrospectivas uma vez que os clássicos e a Secção Orient Express terão como habitualmente o seu espaço no festival.

10 janeiro 2009

O Desassossego dos Dias


A decisão unilateral dos dias se fazerem perseguir uns aos outros e de nos deixarem para trás é talvez das coisas mais pertubadoras que o tempo na sua constante corrida nos é capaz de fazer. A nossa luta, uma luta de esperança é tentar prolongar essa linha até ao ponto máximo. Até à largura e comprimento em que ela não mais resiste e quebra.
No fim as palavras de outros como consolo de uma escrita que se torna embriagada de palavras sem sentido.
Deixo-vos assim com:

“Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos. Atingirás assim o ponto supremo da abstenção sonhadora, onde os sentimentos se mesclam, os sentimentos se extravasam, as idéias se interpenetram. Assim como as cores e os sons sabem uns a outros, os ódios sabem a amores, e as coisas concretas a abstratas, e as abstratas a concretas.
Quebram-se os laços que, ao mesmo tempo em que ligavam tudo, separavam tudo, isolando cada elemento. Tudo se funde e confunde.”
Fernando Pessoa, Livro do Desassossego

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09 janeiro 2009

Inauguração Galeria JUP


Este Sábado, pelas 16 horas, vão-se inaugurar as galerias JUP. Trata- se principalmente de apresentar o espaço e introduzir a nova equipa cujas obras irão futuramente figurar nas paredes das galerias.

Oficina de Introdução ao Teatro


Clique na imagem para aumentar

Para mais infos veja no blogue do TEatroensaio

08 janeiro 2009

Noite Livre Pela Palestina


8 de Janeiro às 22h. no Púcaros bar, na cidade do Porto
Sessão publica,por iniciativa da secção norte da Associação José Afonso (a que se juntam outras organizações, entre elas o Tribunal-Iraque), subordinada ao tema “Palestina: o crime está em Israel”.
Púcaros Bar (Rua de Miragaia, 55, Porto - frente à Alfândega, debaixo das arcadas).

07 janeiro 2009

GAZA «Hipocrisia sangrenta»



por JOSÉ GOULÃO


Altos responsáveis de países que se consideram faróis da «civilização» multiplicam apelos à «contenção» e ao
«cessar-fogo» em Gaza, como quem procura assim cumprir uma obrigação perante o «agravamento da crise» no Médio Oriente. A hipocrisia de presidentes, ministros, diplomatas ou porta-vozes é tão óbvia como de costume, mas ainda consegue ser chocante tendo em consideração a tragédia que vitima mais de um milhão de meio de pessoas amontoadas num pequeno território inóspito aferrolhado entre Israel, o Egipto e o Mediterrâneo.
Tais apelos baseiam-se na objectividade de um pretenso distanciamento entre as «partes em conflito», assim se exigindo uma rigorosa simetria de comportamentos como numa guerra convencional entre exércitos clássicos. Simetria, pois, entre civis indefesos e as forças armadas que ocupam o quarto lugar no ranking das mais poderosas do mundo; entre ocupados e ocupantes; entre morteiros mais ou menos artesanais e o poder de fogo dos F-16 e dos tanques de última geração; entre comunidades famintas sujeitas há anos a um feroz bloqueio de bens essenciais e uma nação estruturada apoiada sem limites pelo mais poderoso país do planeta; entre as vítimas e respectivos descendentes de uma limpeza étnica e os ses autores.
O Hamas quebrou a trégua e tem de pagar, devendo desde já sujeitar-se ao regresso ao cessar-fogo faça o inimigo o que fizer, sentenciam os diplomatas civilizados. Trégua que verdadeiramente nunca existiu, uma vez que foi desde logo desrespeitada pelo Estado de Israel ao violar um dos seus pressupostos essenciais: o fim do bloqueio humanitário a Gaza. Durante os últimos seis meses o cerco não apenas se manteve como se apertou.
Como movimento terrorista, o Hamas tem que pagar, dirão ainda e sempre os civilizados senhores do poder de distinguir os que são e os que não são terroristas, do mesmo modo que lançam guerras contra possuidores de armas de extermínio que nunca existiram.
O Hamas, porém, praticamente não era nada quando se iniciou a primeira Intifada palestiniana, em fins de 1988. Hoje, o papel dos serviços secretos de Israel na criação efectiva de um movimento islâmico, o Hamas, para dividir a resistência nacional palestiniana dirigida pela Organização de Libertação da Palestina (OLP) já nem é sequer um segredo de Polichinelo. Os interessados em aprofundar o assunto poderão começar por pesquisar através da obra de Robert Dreyfuss e começar a desenrolar o novelo. Descobrirão elementos muito interessantes e com flagrante actualidade. A verdade é que de grupinho divisionista e terrorista o Hamas se transformou num movimento que, tirando dividendos dos fracassos sucessivos do chamado processo de paz, boicotado por Israel e Estados Unidos e assumido pela Fatah como única opção estratégica, conseguiu ganhar as eleições parlamentares palestinianas em 2006. O Hamas cresceu com as estratégias militaristas em redor, como os talibãs no Afeganistão (agora controlando zonas a menos de 50 quilómetros de Cabul) ou o Hezbollah no Líbano, fruto das invasões israelitas da década de oitenta.
Reconhecer que o Hamas é agora uma realidade evidente no problema israelo-palestiniana não significa fraqueza, simpatia ou conivência com o terrorismo. É, prosaicamente, uma simples questão de senso comum.
As eleições de 2006, proclamaram os observadores internacionais, muitos deles oriundos das terras «civilizadas», foram livres e justas. Logo, ao Hamas coube formar governo – diz-se que é assim que funciona a democracia.
Engano puro. A chamada «comunidade internacional» decidiu não reconhecer o governo escolhido pela maioria dos palestinianos; nem sequer aceitou uma aliança entre o Hamas e a Fatah, que praticamente fazia o pleno da vontade dos eleitores. Pelo contrário, também não são segredo as diligências da administração de George W. Bush e do governo israelita de Ehud Olmert para lançar a guerra civil entre as duas principais organizações palestinianas – chegando, para isso, a fornecer armas à Fatah – fazendo simultaneamente por ignorar o acordo entretanto estabelecido pelos dois movimentos sob mediação do Egipto e da Arábia Saudita.
Este processo conduziu à divisão palestiniana: a Fatah na Cisjordânia e Jerusalém Oriental, dependente do que Israel lhe permite ou não fazer; e o Hamas controlando Gaza, território dos seus principais feudos. Daí ao bloqueio a Gaza e, agora, à invasão, foi um pequeno salto.
O massacre está em curso, assistindo-se na comunicação social a tão curiosos como ridículos esforços para distinguir entre vítimas civis e militares. Em Gaza, para que conste, não há militares, a não ser os invasores. Existem restos da polícia autonómica, militantes do Hamas armados e organizados como milícias. O resto é milhão e meio de desempregados, famintos e humilhados. Tal é o inimigo de Israel que lançou alguns morteiros, por exemplo contra a cidade de Asqelon, que em 1948 se chamava Al-Majdal e era uma aldeia árabe cuja população, vítima da limpeza étnica em que assentou a criação do Estado de Israel, se refugiou em Gaza.
Os dirigentes de Israel asseguram que os «civis» serão poupados durante a invasão. Tal como aconteceu em 1982 em Beirute, onde os militares comandados por Ariel Sharon, fundador do partido de Ehud Olmert e Tzipi Livni, destruíram o sector ocidental da cidade, acabando por patrocinar os massacres de Sabra e Chatila. Ou em 1996, quando Shimon Peres, actual presidente israelita, foi responsável pelo massacre de Canan, também no Líbano, e mesmo assim perdeu as eleições parlamentares.
Gaza, ainda assim, será diferente de Sabra e Chatila. Agora, os soldados israelitas sujam mesmo as mãos com o sangue das populações indefesas – salpicando inevitavelmente os hipócritas que os defendem.

in Monde Diplomatique Portugal

06 janeiro 2009

Seminário Internacional Em Defesa do Direito à Água


O "direito à água" está em debate na cena internacional, desde que o Conselho dos Direitos do Homem das Nações Unidas tomou conhecimento, em Setembro de 2007, de um relatório redigido pela Alta Comissária das Nações Unidas para os Direitos do Homem relativo ao acesso equitativo à água potável e ao saneamento.

Este debate tem lugar num momento de reconhecida gravidade da actual crise económica, social e ambiental que enfrentamos à escala planetária, e que exige uma viragem radical do processo civilizacional. No que diz respeito à água sabe-se que, desde 1950 até à presente data, o seu consumo à escala mundial mais do que triplicou. Em paralelo, surgiram problemas relativos à crise ecológica dos ecossistemas aquáticos, verificou-se uma exploração insustentável de muitos aquíferos, ocorreram problemas por vezes muito graves de degradação da qualidade das águas, constatou-se a ocorrência de conflitos sociais ocasionados pelo desrespeito de direitos do homem (nomeadamente por ausência de serviços essenciais prestados pela água e pela deslocação forçada de populações devido à construção de grandes obras hidráulicas), constatou-se a existência de ineficiências e de irracionalidades do ponto de vista económico na gestão das águas e tornaram-se patentes problemas de governabilidade, por falta de transparência e de participação dos cidadãos. Em suma, tornou-se evidente a crise dos modelos de gestão da água predominantes no século passado. E esta crise tem óbvias implicações no que concerne à relação dos seres humanos com a água de que dispõem e às relações entre os seres humanos por causa da água.
Sabe-se que a água é essencial à vida e à saúde das pessoas. Que sem ela não é possível uma vida digna. Mas a realidade dos dias de hoje, também no domínio do abastecimento de água e do saneamento, nos apresenta um quadro preocupante. De acordo com dados das Nações Unidas cerca de 1,1 mil milhões de pessoas no mundo (ou seja, 18% da população total) não têm acesso, actualmente, a água potável para beber e cerca de 2,6 mil milhões de pessoas (ou seja, 42% da população) não têm acesso a serviços de saneamento. Apesar de, entre 1990 e 2002, se constatar que mais de 2400 milhões de pessoas passaram a ter acesso a água potável.
Em 2000, com a Declaração do Milénio, foram definidos os Objectivos do Milénio, cujo Objectivo 7: assegurar a sustentabilidade ambiental, estabelece como meta a redução para metade da população sem acesso a água potável e a sistemas de saneamento de águas residuais. No Relatório de Progresso de 2008 reconhece-se que a manter-se o actual ritmo não se atingirá a meta referente ao acesso a sistemas de águas residuais. A crise financeira e económica agravada pelo chamado "Crash de Setembro" poderá vir a dificultar ainda mais esta tarefa.
É portanto indispensável a definição de uma nova estratégia de longo prazo para a gestão dos recursos hídricos (à escala mundial, à escala nacional e à escala regional e local), que respeite os direitos dos cidadãos e que promova a sustentabilidade dos ecossistemas, a conservação da água, a gestão da procura. Mas o que se constata é que existe actualmente uma falta de consenso em relação aos princípios e aos valores éticos que devem presidir à concepção e implementação das políticas da água.
Que visão, que valores, que estratégias devem ser adoptadas? E que visão, estratégias e políticas devem ser adoptadas para o sector do abastecimento de água e saneamento neste início do século XXI em Portugal?
Não será com uma estratégia que assente em soluções neoliberais, sem sensibilidade social, que teremos êxito na superação das actuais dificuldades. Pelo contrário. E em contraponto às soluções neoliberais, vem-se afirmando uma nova cultura da água. Que reconhece o "direito à água", condição necessária à garantia do direito à vida, assumindo-o como uma responsabilidade colectiva. É esta a visão dos que defendem uma gestão pública de qualidade, assente nos princípios da ética social, solidariedade e igualdade.

Entendemos que:

1) Defender o reconhecimento da água como um bem comum, património da Humanidade;
2) Defender o reconhecimento do direito à água como um direito humano;
3) Defender o financiamento colectivo e solidário do serviço do abastecimento de água e saneamento;
4) Defender que a propriedade e a gestão dos serviços devem ser públicas e rejeitar a mercantilização da água.

São os princípios vitais para a superação da actual crise.
Estas problemáticas colocam-se hoje com pertinência, a nível mundial mas também, e com especial acuidade, em Portugal. São elas que motivam a Fundação para a Nova Cultura da Água a organizar no ICS em Lisboa a 10 de Janeiro de 2009 este Seminário, aberto a todos e todas que queiram participar, para debater ideias, experiências e propostas de acção.

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10.30 Sessão de abertura
Rui Cortes
Professor Catedrático da UTAD. Membro da Direcção da FNCA

11.00 Painel I: O Direito à Água e a Nova Cultura da Água
Pedro Arrojo
Professor Titular no "Departamento de Análisis Económico" da "Faculdad de Ciencias Económicas y Empresariales" da "Universidad de Zaragoza". Membro Fundador e Primeiro Presidente da FNCA. Recebeu em 2003 o Prémio Goldman do Ambiente (considerado como o Prémio Nobel do Ambiente) correspondente à região europeia.

Riccardo Petrella
Economista, Docteur honoris causa em diversas Universidades, é professor Convidado da Universidade de Louvain e Professor de Ecologia Humana na Accademia di Architettura de Mendrisio. Fundador do Grupo de Lisboa (1992), proclamou o « Manifesto da Água » e fundou em 1997 um Comité internacional para um Contrato Mundial da Água.

14.15 Painel II: Gestão privada e gestão pública de sistemas de água e saneamento
Emanuele Lobina
Com formação em Ciência Política e Direito Comercial Internacional. Investigador senior no domínio dos serviços públicos, nomeadamente no abastecimento de água e saneamento, na "Public Services International Research Unit" na University of Greenwich"

Susana Neto
Engenheira Civil, Mestre em Planeamento Regional e Urbano, Membro da FNCA. Colaborou no Grupo Coordenador do SIGRHID (1986) e fez parte da Equipa de Projecto do Plano Nacional da Água entre 1997 e 2001, no INAG, tendo nesse período integrado igualmente a equipa de coordenação dos Planos de Bacia Hidrográfica, no INAG.

Jaime Morell
Ingeniero de Caminos, Canales y Puertos. Presidente do Consorcio Provincial de Aguas de Sevilla. Professor da Universidade de Sevilha.

Francisco Braz
Presidente da Direcção do STALSindicato dos Trabalhadores da Administração Local

Lucrécio Costa
Doutorado em Engenharia Civil, Professor. Presidente do Conselho de Administração da Empresa Pública de Água de Luanda EPAL E.P.

16.30 Painel III: Em Portugal onde estamos e para onde vamos? Que fazer?
João Bau
Investigador Coordenador. Presidente do Conselho de Administração da EPAL (Lisboa) nos períodos 1975-1980 e 1996-2000. Administrador da AdPÁguas de Portugal no período 1996-2002. Deputado Municipal em Lisboa. Deputado Metropolitano na Área Metropolitana de Lisboa

Luísa Tovar
Engenheira Civil, Mestre em Engenharia do Ambiente. Presidente da Direcção da Associação "Água Pública".

18.00 Sessão de Encerramento
Leandro del Moral
Doutorado em Geografia. Professor Titular do Departamento de Geografia Humana da Universidade de Sevilha. Presidente da FNCA.
João Bau
Em representação da Comissão Organizadora.

05 janeiro 2009

A liberdade já passou por lá....


... e viva a libertação dos povos !
O Indymedia Israel já foi fechado.

04 janeiro 2009

FIM AO MASSACRE DE GAZA ! - Vozes da Europa que NÃO se calam!


POR UM ANO NOVO SEM CRIMES DE GUERRA ISRAELITAS!

No momento em que festejamos a passagem de ano com fogos de artifício na cidade de Lisboa, o povo de Gaza vive sob o fogo real da artilharia e da aviação israelita.
Nos primeiros dez minutos da ofensiva morreram mais de 200 pessoas e ficaram feridas ou estropiadas mais de 600. Alegadamente, tudo isto era resposta "proporcional" aos morteiros artesanais palestinianos, que em 7 anos mataram 20 israelitas. Na verdade, o bombardeamento israelita é um novo passo na destruição do povo palestiniano: neste momento já há outras tantas centenas de mortos e milhares de feridos; prosseguem os ataques a uma população que não tem para onde fugir nem como se defender, já que a Faixa de Gaza tem vivido sob um bloqueio que priva os seus habitantes de água potável, de energia, de alimentos, de medicamentos.
O cessar-fogo que os EUA, a UE e a ONU exigem aos palestinianos seria, nessas condições, a morte lenta para um povo cercado. Se alguém aqui está a defender-se, são os palestinianos de Gaza, que elegeram democraticamente o seu governo e a quem o Estado de Israel tem invadido, ocupado e roubado as terras, as propriedades e as casas.

Não vamos calar-nos diante dos crimes de guerra e do abuso de força. Apelamos à participação de todos e todas nas acções que estão a ser preparadas por várias organizações em Lisboa:

5 de Janeiro a partir das 18h
no Largo de S. Domingos, junto ao memorial às vítimas da intolerância

8 de Janeiro a partir das 18h
em frente à embaixada israelita, na Rua António Enes, nº 16 (a S. Sebastião)



Esta última iniciativa é apoiada por:
Associação Abril - Bloco de Esquerda - CGTP - Colectivo Abu-Jamal - Colectivo Revista Rubra - Comité de Solidariedade com a Palestina - CPPC - Fórum pela Paz - MDM - Monthly Review - MPPM - Plataforma Guetto - Política Operária - Shift - SOS Racismo - SPGL - Tribunal do Iraque

La Jeune Garde


La Jeune Garde é uma canção revolucionária. A primeira versão foi escrita por Montéhus a partir de uma música de Saint-Gilles por volta de 1920.

Este cântico da juventude operária francesa foi escrita antes do Congrès de Tours, fundador do Parti communiste français. Antes da Segunda Guerra Mundial, foi cantado tanto pelas juventudes socialistas como pelas juventudes comunistas. A versão original de Montéhus começava com : «Nous sommes la jeune France...». Os movimentos comunistas substituiram-no por : «Nous sommes la Jeune Garde...». As duas primeiras estrofes são de Monthéus, as outras foram sendo acrescentadas. Hoje em dia substitui-se «ordre nouveau» da última estrofe por «monde nouveau».

é assim que eles e elas se apresentam.
Mais um blogue/projecto de malta de esquerda. Mais um sítio para ler todos os dias aqui fica o link que passará a estar na barra lateral.
Boa sorte e bem-vind@s !

Para visitar clique aqui

03 janeiro 2009

Para ler em 2009... Intoxicação Linguística de Vicente Romano


Começando pela linguagem e pela forma como ela é usada e manipulada no dia-a-dia para nos alterar a realidade. O papel dos media e a capacidade de criação de um dito pensamento sobre as matérias que se vai tornando de tal forma homogeneo que se confunde com a realidade.
Para abrir o apetite desta edição da Deriva Editores fica um excerto de uma entrevista com o autor na revista Visão.


O capitalismo vai adocicar a linguagem para continuar cruel

Nacionalização, Estado, proteccionismo ou regulação eram, até há pouco, uma espécie de lixo tóxico para a maioria dos poderes po­líticos e empresariais. E agora, o que se está a passar?

É um sarcasmo que, após reduzir a míni­mos os controlos públicos e as seculares conquistas sociais, os poucos que enrique­ceram enormemente com o espólio de muitos recorram agora ao Estado que desman­telaram, à regulação, à nacionalização, etc. E não deixa de ser inumano que sejam estes poucos a receber os milhares de milhões provenientes dos impostos que muitos pagam, em vez de aplicá-los em aliviar o sofrimento e as necessi­dades urgentes dos muitos que sofrem de sede, fome e injustiça, como diz o Evan­gelho cristão.

Crê que o capitalismo já está a utilizar, ou vai encontrar, novos termos e eufemismos, ou seja, outro tipo de “acti­vos tóxicos” linguísticos?

O capitalismo vai gerar certamente novas lin­guagens e irá adocicar os velhos termos para con­tinuar a embelezar este sistema cruel que se re­produz através das suas crises periódicas, como demonstrou há 150 anos o tão denegrido Karl Marx.

Em que medida a intoxicação linguística contaminou a in­formação, o jornalismo?

Já há 200 anos o general alemão Carl von Clau­sewitz afirmava que a maioria das notícias é falsa. As condições de trabalho da maioria dos jornalistas dificultam a produção de informação verdadeira, ampliadora de consciências e emancipadora.

01 janeiro 2009

Happy New Year