Todo o fio tem um fim...
Faleceu hoje de manhã, na sua residência, vítima de doença súbita, Eduardo Prado Coelho. Tinha 63 anos. Professor, ensaísta e escritor, Eduardo Prado Coelho era colaborador do PÚBLICO desde o primeiro número, tendo mantido nos últimos dez anos uma coluna de segunda a sexta-feira, O Fio do Horizonte. O corpo de Eduardo Prado Coelho estará no Palácio Galveias hoje a partir das 18h00, de onde seguirá amanhã para o cemitério dos Prazeres, pelas 11h00.
Mas quem descreve o quotidiano com os laivos literários e simplicidade como Prado Coelho jamais poderá ser esquecido...
"De um modo sub-reptício, há pequenas contrariedades que fazem parte desse quotidiano e que nos irritam epidermicamente.(...) Vou ao supermercado, e em alguns (nem todos) dão-me sacos que eu tento abrir num combate vão. Experimento tudo, as unhas e os dentes, mas eles permanecem herméticos como um poema de Mallarmé. Exausto, peço auxílio à funcionária.
...
Termino com algo que regularmente me atenaza o juízo: o invólucro que amorosamente envolve o CD ou o DVD. Alguns têm uma tira que é suposto designar a linha de vulnerabilidade. Mas a verdade é que estou ali dez minutos em luta com as várias reentrâncias, até que se abre um universo novo que me dá acesso a Beethoven."
Faleceu hoje de manhã, na sua residência, vítima de doença súbita, Eduardo Prado Coelho. Tinha 63 anos. Professor, ensaísta e escritor, Eduardo Prado Coelho era colaborador do PÚBLICO desde o primeiro número, tendo mantido nos últimos dez anos uma coluna de segunda a sexta-feira, O Fio do Horizonte. O corpo de Eduardo Prado Coelho estará no Palácio Galveias hoje a partir das 18h00, de onde seguirá amanhã para o cemitério dos Prazeres, pelas 11h00.
Mas quem descreve o quotidiano com os laivos literários e simplicidade como Prado Coelho jamais poderá ser esquecido...
"De um modo sub-reptício, há pequenas contrariedades que fazem parte desse quotidiano e que nos irritam epidermicamente.(...) Vou ao supermercado, e em alguns (nem todos) dão-me sacos que eu tento abrir num combate vão. Experimento tudo, as unhas e os dentes, mas eles permanecem herméticos como um poema de Mallarmé. Exausto, peço auxílio à funcionária.
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Termino com algo que regularmente me atenaza o juízo: o invólucro que amorosamente envolve o CD ou o DVD. Alguns têm uma tira que é suposto designar a linha de vulnerabilidade. Mas a verdade é que estou ali dez minutos em luta com as várias reentrâncias, até que se abre um universo novo que me dá acesso a Beethoven."
1 bitaites:
fiquei a saber da morte dele por este blogue hoje de manhãzinha (não sei como escapei aos demais meios informativos).
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