31 outubro 2006
19 outubro 2006
Estamos cá fora. Ainda estamos lá dentro, ou seja: dentro da luta!
Ao menos deram a cara e trataram-nos como gente.
A luta continua, bem como o trabalho de luta. Abancados frente a bebidas quentes, estamos a preparar a declaração final com a qual contamos dar conta das nossas acções, reacções e objectivos, bem como do estado das coisas na presente etapa.
A todos os que entenderam o significado político do nosso acto de desobediência e que aproveitaram estes dias para reflectir sobre a questão da alienação do serviço público e sobre a necessidade de inventar novas formas de luta, as nossas saudações poéticas.
VIVAM OS OCUPANTES DE FORA!
CONCENTRAÇÃO RESISTÊNCIA À HORA DO ALMOÇO - ENTRE AS 12H30 E AS 14HOO FRENTE AO RIVOLI.
GRANDE CONCENTRAÇÃO - MANIFESTAÇÃO - FESTA EM TORNO DA LEITURA DA DECLARAÇÃO FINAL DOS OCUPANTES DO RIVOLI - ÀS 19H45 FRENTE AO RIVOLI.
O Grupo dos Ocupantes do Rivoli Teatro Municipal
OBRA INACABADA de Fernando Echevarría
As Edições Afrontamento anunciam o lançamento, no próximo dia 24 de Outubro, às 21.30 horas, na Biblioteca Almeida Garrett (Porto), do livro «Obra Inacabada», que reúne, num único volume de mais de 900 páginas, praticamente toda a poesia publicada de Fernando Echevarría
A edição deste volume, impresso em papel bíblia, assinala os 50 anos de vida literária do autor, iniciada em 1956 com «Entre dois Anjos», livro que imediatamente chamou a atenção da crítica para a qualidade poética de Fernando Echevarría.
Cinquenta anos depois, Fernando Echevarría é seguramente um dos maiores poetas portugueses vivos, autor de uma obra poética extensa, tendo vários dos seus livros recebido prémios atribuídos por júris qualificados. Foi igualmente galardoado com o primeiro Prémio Padre Manuel Antunes, atribuído em 2005 pelo Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura, assinalando não só a sua estatura poética mas também a sua dimensão cívica e humana.
Por uma feliz coincidência as Edições Afrontamento celebram com este livro a sua edição n.º 1000, num catálogo iniciado no também já longínquo ano de 1963.
17 outubro 2006
EU OCUPO.....
Ocupa nem que seja a partir daqui, ocupa com a mente, ocupa com o corpo, com os sentidos, com vozes e gritos, ocupa com o teu blog, com as tuas mensagens, ocupa até a cidade voltar a ser Nossa.....
Mantem-se a vigilia em frente ao Rivoli, passem por lá!
16 outubro 2006
Todos e Todas com o Rivoli
Mas o Sr. Rui Rio, apesar de flagrantemente se demitir das suas responsabilidades para com equipamentos públicos e serviços públicos, fala em nome do público e do interesse público. O Sr. Rui Rio defende, em suposto nome do público, uma ideia de teatro municipal regido porcritérios de rentabilidade, postura assaz curiosa para quemesbanja dinheiros públicos em corridas de automóveis e quandoé consabido ser ele o primeiro a não tirar proveito daquilo que no Rivoli se faz ou fez. A transmissão do «capital simbólico», para utilizarmos um vocábulo que o Sr. Rui Rio decertomuito preza,nãoobedece a critérios de rentabilidade. Se a economia fosse - como deveria ser - uma área das ciências humanas, o Sr. Rui Rio saberia disso. Cientes de que não somos todo o público - mas público somos e, sobretudo, temos sido utentes concretos desta casa - com opresente acto cívico, pretendemos:- Que nos sejam dadas garantias de que o Rivoli - Teatro Municipal não será gerido e programado em função da maior ou menor rentabilidade dos objectos que aqui se produzem e/ou difundem, da submissão declarada ou velada aos interesses e desígnios do executivo da CMP, da visibilidade mediática, da pretensa acessibilidade;- Que nos sejam dadas garantias de queos núcleos de produção da cidade do Porto, emtodos os domínios da criação, terão acesso e lugar no seu teatro municipal, sem prévia censura política e segundo critérios que visem tão-só a manutenção de uma programação de qualidade, isto é - de objectos exigentes para consigo mesmos e para comopúblico a que se destinam;- Que nos sejam dadas garantias de que a direcção do Rivoli - Teatro Municipal pugnará pela formação contínua do público, desenvolvendo, de todas as maneiras e por todos os meios, acções que visem transformar em bens comuns os objectos produzidos e/ou difundidos na e pela casa, seguindo nomeadamente o singelo critério de que um produto artístico, é um objecto que confronta o seu destinatário com o inesperado, o inaudito, o alargar dos horizontes, o derrubar das fronteiras do possível.
Porto, 15 de Outubro de 2006.
Este texto está também a ser distribuído em fotócopias entregues através das grades da porta lateral do teatro pelos ocupantes e na rua por apoiantes desta acção de protesto.
15 outubro 2006
Vem ser um@ jovem criativ@ com o Limpa Vias
Para já aqui neste post, mais tarde vai estar disponivel ali ao lado.
É um programa que te permite, pintar, fazer tags , o que quiseres num site à tua escolha.
Aqui ou para saberes mais aqui
Experimenta e se quiseres envia imagens do que fizeste ao nosso blog para: arca.maravilha@gmail.com
;) Have Fun
11 outubro 2006
Noite clara! Noite escura!
Para lá do rastro de cor e confusão
Que para trás foste deixando
das pessoas esquecendo
dos momentos congelados no tempo
Tentando...
Perdendo
o momento
só aqueles segundos
aqueles breves segundos
em que passaste por mim
levaste parte do eu
quando passaste...
Podia ser o inicio de uma qualquer compilação de poesia manhosa, coleccionada entre decadentes intelectuais que se embebedam em vinho barato como desculpa para o absentismo de ideias que os ataca de uns tempos para cá. Bebem e fumam como se o amanhã não existisse. A verdade é que pode não existir realmente mas por via das dúvidas prefiro jogar pelo seguro.
by me, entre delirios de febres e arrepios de frio....
06 outubro 2006
«E o cheiro a mofo antigo daquela casa, soou-me, de repente, a um cheiro de primavera de santidade. Suponho que o meu rosto inocente de criança tenha esboçado um ligeiro esgar de alegria ao imaginar a exumaçao vitoriosa daquele corpo de homem. Ao imaginar a vitória de uma carne intacta, ainda que morta, sobre a leviandade das hordas de vermes que, pelas leis naturais da vida e pela inevitável sentença da morte, o deveriam ter já corrompido há muito.
Foi entao que: “O médico, cura-dor morreu!”, exclamou, surda, a minha mae. A fama de santo e homem de ciencia, daquele que era agora um cadáver, havia precedido em muito a sua imagem humana, de carne e osso, o que lhe valeu o esquecimento do nome de homem em detrimento do nome da funçao que exercera durante toda a sua vida.»
Excerto do conto “O Médico, Eremita Cura-Dor”
in «SEDIMENTOS DO DIA – Memórias do Homem-Peixe»
por Bruno Brasil
03 outubro 2006
E hoje fomos ver, em ante-estreia...
Esta é a história de uma mulher de vinte e poucos anos, Sónia, que abandona o amigo e família, em São Petersburgo, na Rússia, e decide partir sem olhar para trás.
Uma mulher que vai conhecer a ilusão de uma vida nova e o inferno daqueles a quem a vida parece nada ter para dar.
Fazendo a sua via sacra Europa fora, atravessando todo o continente, primeiro pela Alemanha, depois Itália, para acabar no extremo oposto, em Portugal, Sónia vai conhecer toda a miséria e degradação que o tráfico e a exploração dos mais fracos provoca.
Esta é uma história de uma outra Europa...