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26 dezembro 2007

Palavras leva-as a Lua


Sente-se no ar o odor do poeta que não consegue escrever, do escritor que não consegue pensar. Sente-se a dor da caneta que não desliza no papel branco.
Sente-se o calor de uma cadeira prematuramente abandonada.
Sente-se o vazio que ficou da sua partida e dói ainda mais a sua ausência quando ausentes são também as suas palavras. É naquele noite sem dia e sem hora marcada que tudo deixa de ser como era antes.

O poeta esse já não volta. Escusam ficar à espera. Podem partir...

Já disse que podem partir!

ADEUS

(Foto e texto - anarquistaduvall)

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