02 Out - 06 Nov 2008 - das 19:00 às 21:00 - Quintas
BIBLIOTECA - Serralves - Porto
Para a Sexologia, visitar o passado não releva do simples prazer estético, muito menos contemplativo, trata-se de um degrau obrigatório para a melhor compreensão da Sexualidade. Que contexto cultural tornou necessários ou irresistíveis palavra e conceito? Como sobrevivíamos antes deles? Numa sociedade de consumo pós-moderna, bem mais disposta a idolatrar o Sexo do que a pensá-lo, torna-se indispensável – e fascinante… - verificar como noutras épocas era encarada a “coisa sexual”, para empregar a frase de Charcot. Visitar a relação erasta/erómeno dos Gregos, a obsessão priápica dos Romanos, o fascínio pela Carne da Igreja, a heterodoxia controlada do Amor Cortês, a ambivalência do Renascimento e as paradoxais consequências da Revolução Científica são apenas alguns dos degraus possíveis rumo a objectivos que prezo – fazer vacilar discriminatórias certezas e sublinhar o carácter multidisciplinar e dinâmico da Sexologia. Assim lutando por um futuro mais capaz da aceitação enriquecedora e menos refém da ignorância que embala o medo, a xenofobia e o desejo da liberdade do rebanho de que falava Eugénio de Andrade.
Concepção e Orientação: Júlio Machado Vaz
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