Aos meus olhos, a minha vida é feita de nuvens embaciadas e opacas no céu de Outono, caindo sobre a terra até a sufocar de perto. Por isso, eles estão de luto e as minhas mãos atadas. Mãos e olhos pintados de negro e um medo absoluto que me ameaça até ao limite de me fazer desistir e de ficar por aqui. Um funeral dos sentidos num dia cinzento, chuvoso e vento frio de ficar com as pontas dos dedos geladas, prestes a se partirem a qualquer momento ao mais simples movimento do corpo. O funeral em que alma, olhos e mãos estão de luto pela morte do(s) sentido(s) da vida.
Diana Martins Correia
Diana Martins Correia
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