O movimento Juntos no Rivoli acusou hoje a Câmara do Porto de destruir o projecto do teatro municipal antes de ceder a gestão do edifício "a um empresário privado com um projecto nitidamente comercial".
Em comunicado, o movimento refere que a maioria PSD/CDS-PP na autarquia se prepara para dar a "machadada final" no projecto do Rivoli - Teatro Municipal, ao votar amanhã, em reunião extraordinária do executivo camarário, a extinção da gestora do espaço, Culturporto, e a concessão da gestão, por quatro anos, ao encenador e produtor Filipe La Féria.
Para o movimento, esta decisão surge "depois de cinco anos de gestão da sua exclusiva responsabilidade e em que a principal preocupação do executivo municipal e do seu presidente foi a de, lentamente, destruir o projecto do Rivoli Teatro Municipal e da Culturporto".
"O executivo municipal prepara-se uma vez mais para negar o seu papel, remetendo-se a um desempenho medíocre apenas pautado por uma lógica contabilística e de virar costas a tudo o que seja investimento cultural estruturante", lê-se no comunicado.
O movimento acusa ainda a autarquia de ter revelado uma "incapacidade técnica confrangedora" ao longo de todo este processo, "cheio de contornos obscuros" e "feito de contradições, adiamentos e hesitações".
No comunicado, o movimento historia o processo, lembrando que, em entrevista publicada em 27 de Fevereiro pelo diário “O Primeiro de Janeiro”, o vereador da Cultura, Fernando Almeida, elogiava a "programação de qualidade" e o "número notável" de espectadores (170 mil em 2005) do Rivoli.
O movimento promete continuar a sua "vigilância atenta" ao processo do Rivoli, procurando programar novas acções de contestação, após reuniões com as candidaturas à gestão do Rivoli rejeitadas, a oposição partidária e elementos da sociedade civil.
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