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14 abril 2008

O Vento lá fora....


O vento lá fora
vum...vum...vumm
As máquinas cá dentro
São vozes na minha cabeça
São vozes que não se calam
São ventos de todas as direcções
Ventos que sopram
O mundo lá fora
Eu sei que não vão parar
Eu sei que não vão calar
Agitam o Ar
Agitam o Mar
Agitam as árvores
que estendem os braços para o céu
Numa tentativa inútil de se manterem de pé
E eu cá dentro, já no chão
Prostrado pela força das máquinas
Silenciado pelo silêncio
E o vento...
O vento sempre lá fora

Escrito por Pedro Ferreira numa qualquer mesa de um qualquer café de uma qualquer cidade por acaso chamada Porto, ao lado a "dimensão oculta" a quem dedico o poema ;) na fotografia o chá segue a sua rota...

1 bitaites:

Anónimo disse...

Estamos perdidos anarquista...também silenciados por uma solidão acutilante.Penso!!!
Deliro!!!Não digo nada que valha a pena, não me encontro nos lugares, invento mil histórias para esquecer e mil histórias perco porque me lembro sempre de uma sala pequena que foi sempre do tamanho do meu desejo.
As vozes não se calam, o coração bate todos os segundos a uma velocidade patológia e tenho a certeza que assim não vou durar muito mais tempo, porque nunca conseguirei parar.
É sempre esse vento...esse vento fora e dentro de mim, que não me deixa dormir, que não me dá paz e sempre uma imagem de um pássaro que de tão pequeno me destruiu todos os sonhos e a força de viver.
O mundo que não é meu nesta madrugada, neste dia de trabalho, este corpo que me conduz cegamente aos sítios e uma desrealização mata-me numa afasia. Há dias como todos os dias que para mim nada é de mim e nada será para mim, nem as mãos que escrevem!! Choro por dentro lágrimas de chuva ácida.
Cedo irei morrer.

Obrigada

dimensãooculta