No passado dia 24, o Tribunal da Relação do Porto condenou o Instituto Piaget de Macedo de Cavaleiros ao pagamento de uma indemnização no valor de € 67 740,67 à Ana Sofia Damião - esta havia sido, em 2002, sujeita a praxes que a levaram a ser a primeira pessoa a levar o tema até aos tribunais.
Pelo caminho, ficaram outras humilhações: desde receber um processo disciplinar igual ao dos seus agressores pela forma "subjectiva excessiva" com que relatou os factos; passando por insultos que se ouviam quando a Ana passava na rua; até ouvir um juiz, no final da fase de inquérito, dizer que ela "sabia ao que ía" e se não queria ser praxada tinha que se declarar "anti-praxe" desde o início; entre outras.
Mas 6 anos depois, abre-se mais uma porta. A porta por onde, finalmente, a Ana pode sair.
A mesma porta pela qual entra a responsabilidade das instituições de ensino superior no que diz respeito a este tema.
Fechar os olhos ao que acontece dentro das escolas ou fingir que se desconhecem os desrespeitos impostos dentro dos seus muros foram as atitudes que a direcção do Instituto Piaget escolheu desde o início - e foram essas atitudes que foram condenadas.
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