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25 março 2008

Repórteres Sem Fronteiras Pela Liberdade Sem Fronteiras


Nikos Vihos - Reuters

O secretário-geral da organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF), um dos três activistas que esta manhã perturbaram a cerimónia em que foi acesa a chama olímpica, na Grécia, prometeu continuar as acções de protesto contra violação dos direitos humanos na China “até 8 de Agosto”, dia da inauguração dos Jogos.
Os três manifestantes conseguiram perturbar a cerimónia realizada em Olímpia, local onde decorriam dos jogos na antiguidade, aproximando-se da tribuna no momento discursava o presidente da comissão organizadora das olimpíadas de Pequim, Liu Qi. Antes de ser detido pela polícia grega, um dos activistas teve ainda tempo de desfraldar uma bandeira negra dos RSF, com algemas no lugar dos cinco anéis olímpicos e a inscrição “Boicotem o país que espezinha os direitos humanos”. Outro aproximou-se da tribuna, interrompendo o discurso do dirigente chinês gritando: "Liberdade, liberdade".
“O nosso objectivo é que os chefes de Estado estrangeiros boicotem a cerimónia de abertura dos Jogos. Não temos nada contra os jogos Olímpicos, nada contra os atletas”, explicou Robert Ménard, responsável da organização de defesa da liberdade de imprensa, recordando que “a China é a maior prisão do mundo”.
Depois de o presidente do Comité Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge, e o Governo grego terem lamentado os incidentes, a organização francesa emitiu um comunicado sublinhando que “a chama olímpica pode ser sagrada, mas os direitos humanos são mais”. “Não podemos deixar que o Governo chinês leve a chama olímpica, um símbolo de paz, sem denunciar a dramática situação dos direitos humanos no país, a menos de cinco meses do início dos jogos”.
Os RSF entendem que o tratamento dado pelas autoridades chinesas “aos que se expressam livremente”, “a censura imposta à imprensa” e o “bloqueio noticioso ao Tibete” justificam esta acção. “Devemos usar todos os meios para condenar estas violações das liberdades básicas na China”, acrescenta o comunicado, lembrando “os cerca de cem jornalistas, utilizadores de Internet e ciber-dissidentes que se encontram detidos por expressarem de forma pacífica as suas opiniões”.

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