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25 agosto 2008

O homem por detrás da camera ....


será sempre o homem e a sua máquina, neste caso a sua primeira Leica que o acompanhou durante muitos anos e em total actividade.

"Não conhecemos nenhuma outra maneira de revelar memória que não seja a fotografia"
- é com esta frase sua que faço a minha homenagem.

Henri Cartier-Bresson foi um dos mais importantes fotógrafos do século XX, considerado por muitos como o pai do foto jornalismo.
Quando criança, recebeu de prenda uma câmera fotográfica Box Brownie, com a qual produziu inúmeros instantâneos. A sua obsessão pelas imagens levou-o a testar uma câmera de filme 35mm. Além disto, Bresson também pintava e foi para Paris estudar artes em um estúdio.
Em 1931, aos 22 anos, Cartier-Bresson viajou à África, onde passou um ano como caçador. Porém, uma doença tropical obrigou-o a retornar à França. Foi neste período, durante uma viagem a Marselha, que ele descobriu verdadeiramente a fotografia, inspirado por uma fotografia do húngaro Martin Munkacsi, publicada na revista Photographies (1931), mostrando três rapazes negros a correr em direção ao mar, no Congo.
Quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, Bresson serviu o exército francês. Durante a invasão alemã, Bresson foi capturado e levado para um campo de prisioneiros de guerra. Tentou por duas vezes escapar e somente na terceira obteve sucesso. Juntou-se à Resistência Francesa na sua guerrilha pela liberdade.
Quando a paz se restabeleceu, Cartier-Bresson, em 1947, fundou a agência fotográfica Magnum juntamente com Bill Vandivert, Robert Capa, George Rodger e David Seymour "Chim". Começou também o período de desenvolvimento sofisticado de seu trabalho.
Revistas como a Life, Vogue e Harper's Bazaar contrataram-no para viajar o mundo e registrar imagens únicas. Da Europa aos Estados Unidos da América, da Índia à China, Bresson dava o seu ponto de vista especialíssimo.
Tornou-se também o primeiro fotógrafo da Europa Ocidental a registrar a vida na União Soviética de maneira livre. Fotografou os últimos dias de Gandhi e os eunucos imperiais chineses, logo após a Revolução Cultural.
Na década de 1950, vários livros com seus trabalhos foram lançados, sendo o mais importante deles "Images à la Sauvette", publicado em inglês sob o título "The Decisive Moment" (1952). Em 1960, uma megaexposição com quatrocentos trabalhos rodou os Estados Unidos em uma homenagem ao nome forte da fotografia.



A Fundação Henri Cartier-Bresson, criada em 2003 em Paris pelo fotógrafo, vai organizar a partir de Setembro uma homenagem "adequada a um personagem que destestava as celebrações", segundo palavras de sua directora, Agnes Sire.
Outras exposições irão decorrer até ao final do ano para homenagear Cartier-Bresson que morreu em 3 de Agosto de 2004, com 95 anos.

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