Os Médicos Pela Escolha lançaram recentemente uma petição internacional de apoio à despenalização da interrupção voluntária da gravidez em Portugal. Esta petição, destinada apenas a profissionais de saúde e a instituições com trabalho nesta área, reuniu em poucos dias um número considerável de assinaturas (246) provenientes dos vários cantos do mundo (Canadá, Holanda, Bélgica, EUA, França, Suíça, Grã-Bretanha, Escócia, Geórgia, Grécia, Alemanha, Colômbia, Áustria, Luxemburgo, Itália, Polónia) e de inúmeras instituições internacionais (International Planned Parenthood Federation, Canadians for Choice, Gynuity Health Projects, Women's Health Concern, Fundación Oriéntame, Women on Waves, Mouvement Français pour le Planning Familial, M edecins du Monde, Amnesty Intrenational, Marie Stopes International, Fédération Laïque de Centres de Planning Familial).
Esta solidariedade é significativa e sintomática do amplo consenso internacional que une os profissionais de saúde na luta contra o aborto clandestino enquanto grave problema de saúde pública. A grande maior parte dos países europeus conseguiu já resolver este problema despenalizando a interrupção voluntária da gravidez e investindo no planeamento familiar e educação sexual. Muitos dos subscritores da petição reconhecem na actual situação portuguesa a situação vivida nos seus países há algumas décadas e não quiseram deixar de enviar uma palavra de encorajamento:
"Tornar o aborto legal não é apenas uma questão de direitos humanos. Trata-se também da saúde e sobrevivência das mulheres. Fazer do aborto um crime não reduz o número de abortos e põe em causa a saúde e a vida das mulheres. A maior parte dos países desenvolvidos já legalizaram o aborto há 30-40 anos de forma a tornar os seus países seguros para as mulheres. Esta mudança teve um enorme impacto, um impacto positivo, na saúde das mulheres. Como consequência, a grande maioria da população destes países aceita que não existe alternativa viável ao aborto legal. Espero sinceramente que o sim vença no referendo para que as mulheres portuguesas possam ter acesso aos cuidados de saúde que se tornaram a norma na União Europeia." – Ginecologista e Obstetra, Áustria
"Conheci o drama do aborto ilegal em França nos anos 60. Entretanto, a mortalidade associada desapareceu no país e a morbilidade é muito baixa. O aborto ilegal é um grave problema de saúde pública." – Ginecologista do Hospital Broussais em Paris.
"Vivemos a mesma situação na Bélgica nos anos 60. Boa sorte!" – Clínico de Medicina Geral e Familiar, Bélgica.
"Emociona-me esta iniciativa proveniente de profissionais que sentirão certamente, por vezes, a dificuldade que representa interromper uma gravidez. Colocando, desta forma, os seus sentimentos de lado, eles apoiam uma causa que é a causa de todas as mulheres. (...) Não esqueçamos que qualquer mulher se pode ver confrontada com esta situação ainda que 'sempre tenha sido contra o aborto'. Perante uma situação de grande angústia todos os dogmas, políticos ou religiosos, se tornam relativos." – Ginecologista e Obstetra do Centro Hospitalar Universitário Vaudois, Lausanne.
"É importante para Portugal, enquanto Estado moderno, apoiar os direitos humanos, a saúde das mulheres e o direito a optar." – Especialista em Saúde Reprodutiva, Marie Stopes International.
"Sejamos a favor ou contra a interrupção voluntária da gravidez, o problema da gravidez indesejada subsistirá sempre. Enquanto médico não posso aceitar que uma interrupção voluntária da gravidez se faça em más condições. A saúde das mulheres exige a despenalização do aborto para que possam fazer uma escolha responsável em boas condições sanitárias." – Giecologista, Bruxelas.
"O acesso ao aborto seguro é uma parte essencial da prestação de cuidados de saúde e não apenas um direito abstracto." – Investigador na área de Serviços de Saúde, Londres.
"As políticas de saúde não devem contribuir para a morte de mulheres, devem, sim, garantir que estas possam viver com saúde, dignidade e o apoio das suas famílias e sociedade." – Gestora de Cuidados de Saúde, Reino Unido
"É uma pena que mulheres europeias, em pleno século XXI, ainda não tenham direito ao aborto seguro. É evidente que quando uma mulher não quer levar a termo a sua gravidez, seja por que motivo for, ela encontrará uma maneira de a interromper. Temos de lhe dar a possibilidade de o fazer em segurança." – Socióloga na área da medicina, Grécia
"Liberdade de escolha pela segurança da vida. Chega de dominação integrista e religiosa. Estamos no século XXI – deixemos os médicos fazer o seu trabalho e a religião ocupar-se das almas." – Clínico Geral, França
"Acredito que as políticas governamentais devem responder às necessidades das mulheres, dando-lhes a possibilidade de decidir quando e quantos filhos querem ter." – Investigador na área da saúde, Washington.
"Espero que mais nenhuma mulher portuguesa ponha em risco a sua vida e a sua saúde reprodutiva por recorrer ao aborto clandestino." – Sexóloga, Liège.
"Deixar a escolha às mulheres e/ou ao casal é um valor fundamental que deveria ser garantido em todos os países. As pessoas são livres de escolher a sua religião, deveriam sê-lo também em relação ao seu corpo, qualquer que seja a sua nacionalidade. Esta é uma questão de Saúde Pública! Espero que o voto do dia 11 de Fevereiro vá nesse sentido. Espero ainda que as Irlandesas, as Polonesas, as Cipriotas, assim como as habitantes de Malta, tenham em breve esta oportunidade." – Clínico Geral, França.
MOVIMENTO MÉDICOS PELA ESCOLHA
Esta solidariedade é significativa e sintomática do amplo consenso internacional que une os profissionais de saúde na luta contra o aborto clandestino enquanto grave problema de saúde pública. A grande maior parte dos países europeus conseguiu já resolver este problema despenalizando a interrupção voluntária da gravidez e investindo no planeamento familiar e educação sexual. Muitos dos subscritores da petição reconhecem na actual situação portuguesa a situação vivida nos seus países há algumas décadas e não quiseram deixar de enviar uma palavra de encorajamento:
"Tornar o aborto legal não é apenas uma questão de direitos humanos. Trata-se também da saúde e sobrevivência das mulheres. Fazer do aborto um crime não reduz o número de abortos e põe em causa a saúde e a vida das mulheres. A maior parte dos países desenvolvidos já legalizaram o aborto há 30-40 anos de forma a tornar os seus países seguros para as mulheres. Esta mudança teve um enorme impacto, um impacto positivo, na saúde das mulheres. Como consequência, a grande maioria da população destes países aceita que não existe alternativa viável ao aborto legal. Espero sinceramente que o sim vença no referendo para que as mulheres portuguesas possam ter acesso aos cuidados de saúde que se tornaram a norma na União Europeia." – Ginecologista e Obstetra, Áustria
"Conheci o drama do aborto ilegal em França nos anos 60. Entretanto, a mortalidade associada desapareceu no país e a morbilidade é muito baixa. O aborto ilegal é um grave problema de saúde pública." – Ginecologista do Hospital Broussais em Paris.
"Vivemos a mesma situação na Bélgica nos anos 60. Boa sorte!" – Clínico de Medicina Geral e Familiar, Bélgica.
"Emociona-me esta iniciativa proveniente de profissionais que sentirão certamente, por vezes, a dificuldade que representa interromper uma gravidez. Colocando, desta forma, os seus sentimentos de lado, eles apoiam uma causa que é a causa de todas as mulheres. (...) Não esqueçamos que qualquer mulher se pode ver confrontada com esta situação ainda que 'sempre tenha sido contra o aborto'. Perante uma situação de grande angústia todos os dogmas, políticos ou religiosos, se tornam relativos." – Ginecologista e Obstetra do Centro Hospitalar Universitário Vaudois, Lausanne.
"É importante para Portugal, enquanto Estado moderno, apoiar os direitos humanos, a saúde das mulheres e o direito a optar." – Especialista em Saúde Reprodutiva, Marie Stopes International.
"Sejamos a favor ou contra a interrupção voluntária da gravidez, o problema da gravidez indesejada subsistirá sempre. Enquanto médico não posso aceitar que uma interrupção voluntária da gravidez se faça em más condições. A saúde das mulheres exige a despenalização do aborto para que possam fazer uma escolha responsável em boas condições sanitárias." – Giecologista, Bruxelas.
"O acesso ao aborto seguro é uma parte essencial da prestação de cuidados de saúde e não apenas um direito abstracto." – Investigador na área de Serviços de Saúde, Londres.
"As políticas de saúde não devem contribuir para a morte de mulheres, devem, sim, garantir que estas possam viver com saúde, dignidade e o apoio das suas famílias e sociedade." – Gestora de Cuidados de Saúde, Reino Unido
"É uma pena que mulheres europeias, em pleno século XXI, ainda não tenham direito ao aborto seguro. É evidente que quando uma mulher não quer levar a termo a sua gravidez, seja por que motivo for, ela encontrará uma maneira de a interromper. Temos de lhe dar a possibilidade de o fazer em segurança." – Socióloga na área da medicina, Grécia
"Liberdade de escolha pela segurança da vida. Chega de dominação integrista e religiosa. Estamos no século XXI – deixemos os médicos fazer o seu trabalho e a religião ocupar-se das almas." – Clínico Geral, França
"Acredito que as políticas governamentais devem responder às necessidades das mulheres, dando-lhes a possibilidade de decidir quando e quantos filhos querem ter." – Investigador na área da saúde, Washington.
"Espero que mais nenhuma mulher portuguesa ponha em risco a sua vida e a sua saúde reprodutiva por recorrer ao aborto clandestino." – Sexóloga, Liège.
"Deixar a escolha às mulheres e/ou ao casal é um valor fundamental que deveria ser garantido em todos os países. As pessoas são livres de escolher a sua religião, deveriam sê-lo também em relação ao seu corpo, qualquer que seja a sua nacionalidade. Esta é uma questão de Saúde Pública! Espero que o voto do dia 11 de Fevereiro vá nesse sentido. Espero ainda que as Irlandesas, as Polonesas, as Cipriotas, assim como as habitantes de Malta, tenham em breve esta oportunidade." – Clínico Geral, França.
MOVIMENTO MÉDICOS PELA ESCOLHA
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