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26 novembro 2008

TEatroensaio apresenta: O dia que ficou sempre de noite


(clique na imagem para aumentar)

TEatroensaio
Teatreia Associação Cultural


Estreia dia 28 de Novembro, às 21h30, Sala Blackbox do CACE cultural do Porto.

"O Dia Que Ficou Sempre De Noite" é uma peça que aborda a temática da Ecologia e Sustentabilidade, onde se aprende a responsabilidade do ser humano para com o ambiente e a força do seu pensamento. Um espectáculo pensado especialmente para as crianças do primeiro ciclo e com conteúdos que podem ser aplicados ao projecto educativo anual das escolas.

Um espaço livre para dar asas à magia do teatro e à imaginação das crianças. Uma história contada por actores e marionetas para aprender a importância da água, da luz,das árvores e da vida em geral.

Ficha Artística/Técnica
Texto: António José Ferreira
Interpretação: António Parra e Inês Leite
Voz Off: Joana Alves dos Santos, Liliana Rocha, Nina Vicente e Tiago Correia
Apoio Pedagógico: Joana Alves dos Santos
Cenografia e Marionetas: Inês Leite, Joana Alves dos Santos e Pedro Ferreira
Desenho de Luz: Francisco Tavares Teles
Operação de Luz e som: Romeu Guimarães
Grafismo: Pedro Ferreira
Produção Executiva: Jorge Baptista

Espectáculos:

De 28 de Novembro a 19 de Dezembro 2008

Para escolas: Segunda a sexta-feira às 10h30 e 15h (marcação obrigatória).
Público em geral: Sábados e domingos às 16h (convem reservar).

[duração aproximada 45 minutos]

Informações e Reservas: 91 862 6345 | teatroensaio@gmail.com

Parcerias e Apoios: IEFP – CACE Cultural do Porto Casais – Engenharia e Construção S.A. ESMAE – IPP ESE – IP MOLA Panmixia Associação Cultural

25 novembro 2008

Grita. Grita mais alto !


2008 tem sido um ano negro da violência doméstica em Portugal. Homicídios e tentativas de homicídio ultrapassam os números dos últimos 5 anos. Apesar de toda a consciencialização social, os dados apontam para um agravamento do problema. Urge, pois, enfrentá-lo com respostas mais eficazes.

Neste sentido, a UMAR lança uma campanha dirigida aos homens para que estes se solidarizarem com as vítimas de violência, retirarem o apoio aos agressores e se demarcarem publicamente dos seus actos.

A campanha "Eu Não Sou Cúmplice" tem o objectivo de mobilizar as energias masculinas para esta batalha dos direitos humanos que está longe de estar ganha.

Se repudia toda e qualquer violência contra as mulheres, comprometendo-se na consciencialização e intervenção social da sociedade para a igualdade de género e promoção de uma cultura de não violência;

Se apela a todos os homens que não sejam cúmplices e testemunhas passivas da violência contra as mulheres, faça-se ouvir:

Assine! Divulgue!

24 novembro 2008

Yes, We Can !

23 novembro 2008

Coitadinho !!! Já não te amigos.....


Ainda me lembro quando eram todos amigos e tomavam cafés enquanto planeavam guerras...

21 novembro 2008

Nós por cá e ela por lá... e se ela não sabe lidar com a democracia que a democracia saiba lidar com ela !


"Não pode ser a comunicação social a seleccionar aquilo que transmite."
Manuela Ferreira Leite, in Público

20 novembro 2008

Dia Internacional contra o esquecimento das vitimas da violência sobre as pessoas transgénero (Transgender Day of Remembrance)


As Panteras Rosa – Frente de Combate à LesBiGayTransfobia, resolveram comemorar o Dia Internacional contra o esquecimento das vitimas da violência sobre as pessoas transgénero (Transgender Day of Remembrance).
A iniciativa visa contribuir para que a memória das pessoas vítimas da transfobia possa prevenir mais violência. Os postais serão distribuídos à comunidade trans, nomeadamente aquela mais desprotegida e que trabalha na rua assim como a informação dos contactos institucionais a que as vítimas de situações de agressão devem recorrer.

Pela primeira vez celebrado em 1998, o dia internacional contra o esquecimento das vitimas da violência sobre as pessoas transgénero (Transgender Day of Remembrance) é assinalado a 20 de Novembro e honra aqueles e aquelas que foram assassinad@s ou agredid@s por serem transexuais, ou por o seu comportamento ou aspecto não "encaixarem" nos conceitos que os agressores têm de de homem ou mulher.
A violência transfóbica não se manifesta apenas quando uma pessoa é espancada (Gisberta, Porto, 2006) ou esfaqueada (Rosa Pazos, Sevilha,2008).
Mostra-se também, por exemplo, quando psicopatas, escondidos atrás da sua farda de polícia, raptam pessoas (e não se trata de detenções porque as mesmas não são registadas e careceriam de fundamento legal) para as despir. Revela-se quando é negado o acesso a tratamento clínico por as pessoas que o solicitam serem transexuais ou transgénero (Victoria Arellano, San Pedro, 2007).
E, não menos importante, essa violência ocorre quando a imprensa"apaga" as vidas trans, usando nomes e pronomes incorrectos, que espezinham as identidades e vivências destas pessoas - como aconteceu, por exemplo, com notícias das mortes de Gisberta e Luna, referidas como «homens» apesar dos seus corpos e da facilidade em encontrar pessoas que podem testemunhar que viviam social e psicologicamente como mulheres.

Lista não-exaustiva de vitimas mortais da violência transfóbica durante 2008

8 Janeiro- Patrick Murphy, 39 anos - Albuquerque, New Mexico, EUA – Vários disparos na cabeça.
22 Janeiro, 20 e poucos anos - Fedra - Kota Kinabalu, Malasia – Encontrada morta numa poça de sangue.
23 Janeiro - Adolphus Simmons, 18,anos - Charleston, North Carolina, UEUA – Vitima de disparos enquanto deitava fora o lixo.
4 Fevereiro - Ashley Sweeney - Detroit, Michigan, vítima de disparo na cabeça
10 Fevereiro - Shanesha Stewart, 25 anos - The Bronx, New York, EUA – Apunhalada até à morte.
12 Fevereiro - Lawrence King, age 15 - Oxnard, California, EUA – Assassinado por um colega estudante.
15 Fevereiro - Cameron McWilliams, age 10 - South Yorkshire, England, United Kingdom – Suicídio por enforcamento.
22 Fevereiro - Simmie Williams, Jr, 17 anos - Fort Lauderdale, Florida, EUA – Assassinado por dois pistoleiros.
15 Março - Luna, 41 anos- Lisboa, Portugal – espancada até à morte e deixada num contentor de lixo
26 Março - Felicia Melton-Smyth - Puerto Vallarta, Mexico - Apunhalada.
1 Julho - Ebony Whitaker, 20 anos - Memphis, Tennessee – Vitima de disparos
11 Julho - Rosa Pazos - Sevilla, Spain – Apunhalada na garganta dentro do seu apartamento
17 Julho - Angie Zapata, 17 anos- Greeley, Colorado, EUA – Espancada até à morte
10 Novembro – Dilek – Ancara, Turquia – Vitima de disparos enquanto estava ao volante do seu carro

18 novembro 2008

E SE OBAMA FOSSE AFRICANO?


por Mia Couto

Os africanos rejubilaram com a vitória de Obama. Eu fui um deles. Depois de uma noite em claro, na irrealidade da penumbra da madrugada, as lágrimas corriam-me quando ele pronunciou o discurso de vencedor. Nesse momento, eu era também um vencedor. A mesma felicidade me atravessara quando Nelson Mandela foi libertado e o novo estadista sul-africano consolidava um caminho de dignificação de África.
Na noite de 5 de Novembro, o novo presidente norte-americano não era apenas um homem que falava. Era a sufocada voz da esperança que se reerguia, liberta, dentro de nós. Meu coração tinha votado, mesmo sem permissão: habituado a pedir pouco, eu festejava uma vitória sem dimensões. Ao sair à rua, a minha cidade se havia deslocado para Chicago, negros e brancos respirando comungando de uma mesma surpresa feliz. Porque a vitória de Obama não foi a de uma raça sobre outra: sem a participação massiva dos americanos de todas as raças (incluindo a da maioria branca) os Estados Unidos da América não nos entregariam motivo para festejarmos.
Nos dias seguintes, fui colhendo as reacções eufóricas dos mais diversos recantos do nosso continente. Pessoas anónimas, cidadãos comuns querem testemunhar a sua felicidade. Ao mesmo tempo fui tomando nota, com algumas reservas, das mensagens solidárias de dirigentes africanos. Quase todos chamavam Obama de "nosso irmão". E pensei: estarão todos esses dirigentes sendo sinceros? Será Barack Obama familiar de tanta gente politicamente tão diversa? Tenho dúvidas. Na pressa de ver preconceitos somente nos outros, não somos capazes de ver os nossos próprios racismos e xenofobias. Na pressa de condenar o Ocidente, esquecemo-nos de aceitar as lições que nos chegam desse outro lado do mundo.
Foi então que me chegou às mãos um texto de um escritor camaronês, Patrice Nganang, intitulado: " E se Obama fosse camaronês?". As questões que o meu colega dos Camarões levantava sugeriram-me perguntas diversas, formuladas agora em redor da seguinte hipótese: e se Obama fosse africano e concorresse à presidência num país africano? São estas perguntas que gostaria de explorar neste texto.

E se Obama fosse africano e candidato a uma presidência africana?

1. Se Obama fosse africano, um seu concorrente (um qualquer George Bush das Áfricas) inventaria mudanças na Constituição para prolongar o seu mandato para além do previsto. E o nosso Obama teria que esperar mais uns anos para voltar a candidatar-se. A espera poderia ser longa, se tomarmos em conta a permanência de um mesmo presidente no poder em África. Uns 41 anos no Gabão, 39 na Líbia, 28 no Zimbabwe, 28 na Guiné Equatorial, 28 em Angola, 27 no Egipto, 26 nos Camarões. E por aí fora, perfazendo uma quinzena de presidentes que governam há mais de 20 anos consecutivos no continente. Mugabe terá 90 anos quando terminar o mandato para o qual se impôs acima do veredicto popular.

2. Se Obama fosse africano, o mais provável era que, sendo um candidato do partido da oposição, não teria espaço para fazer campanha. Far-Ihe-iam como, por exemplo, no Zimbabwe ou nos Camarões: seria agredido fisicamente, seria preso consecutivamente, ser-Ihe-ia retirado o passaporte. Os Bushs de África não toleram opositores, não toleram a democracia.

3. Se Obama fosse africano, não seria sequer elegível em grande parte dos países porque as elites no poder inventaram leis restritivas que fecham as portas da presidência a filhos de estrangeiros e a descendentes de imigrantes. O nacionalista zambiano Kenneth Kaunda está sendo questionado, no seu próprio país, como filho de malawianos. Convenientemente "descobriram" que o homem que conduziu a Zâmbia à independência e governou por mais de 25 anos era, afinal, filho de malawianos e durante todo esse tempo tinha governado 'ilegalmente". Preso por alegadas intenções golpistas, o nosso Kenneth Kaunda (que dá nome a uma das mais nobres avenidas de Maputo) será interdito de fazer política e assim, o regime vigente, se verá livre de um opositor.

4. Sejamos claros: Obama é negro nos Estados Unidos. Em África ele é mulato. Se Obama fosse africano, veria a sua raça atirada contra o seu próprio rosto. Não que a cor da pele fosse importante para os povos que esperam ver nos seus líderes competência e trabalho sério. Mas as elites predadoras fariam campanha contra alguém que designariam por um "não autêntico africano". O mesmo irmão negro que hoje é saudado como novo Presidente americano seria vilipendiado em casa como sendo representante dos "outros", dos de outra raça, de outra bandeira (ou de nenhuma bandeira?).

5. Se fosse africano, o nosso "irmão" teria que dar muita explicação aos moralistas de serviço quando pensasse em incluir no discurso de agradecimento o apoio que recebeu dos homossexuais. Pecado mortal para os advogados da chamada "pureza africana". Para estes moralistas – tantas vezes no poder, tantas vezes com poder - a homossexualidade é um inaceitável vício mortal que é exterior a África e aos africanos.

6. Se ganhasse as eleições, Obama teria provavelmente que sentar-se à mesa de negociações e partilhar o poder com o derrotado, num processo negocial degradante que mostra que, em certos países africanos, o perdedor pode negociar aquilo que parece sagrado - a vontade do povo expressa nos votos. Nesta altura, estaria Barack Obama sentado numa mesa com um qualquer Bush em infinitas rondas negociais com mediadores africanos que nos ensinam que nos devemos contentar com as migalhas dos processos eleitorais que não correm a favor dos ditadores.

Inconclusivas conclusões

Fique claro: existem excepções neste quadro generalista. Sabemos todos de que excepções estamos falando e nós mesmos moçambicanos, fomos capazes de construir uma dessas condições à parte.
Fique igualmente claro: todos estes entraves a um Obama africano não seriam impostos pelo povo, mas pelos donos do poder, por elites que fazem da governação fonte de enriquecimento sem escrúpulos.
A verdade é que Obama não é africano. A verdade é que os africanos - as pessoas simples e os trabalhadores anónimos - festejaram com toda a alma a vitória americana de Obama. Mas não creio que os ditadores e corruptos de África tenham o direito de se fazerem convidados para esta festa.
Porque a alegria que milhões de africanos experimentaram no dia 5 de Novembro nascia de eles investirem em Obama exactamente o oposto daquilo que conheciam da sua experiência com os seus próprios dirigentes. Por muito que nos custe admitir, apenas uma minoria de estados africanos conhecem ou conheceram dirigentes preocupados com o bem público.
No mesmo dia em que Obama confirmava a condição de vencedor, os noticiários internacionais abarrotavam de notícias terríveis sobre África. No mesmo dia da vitória da maioria norte-americana, África continuava sendo derrotada por guerras, má gestão, ambição desmesurada de políticos gananciosos. Depois de terem morto a democracia, esses políticos estão matando a própria política. Resta a guerra, em alguns casos. Outros, a desistência e o cinismo.
Só há um modo verdadeiro de celebrar Obama nos países africanos: é lutar para que mais bandeiras de esperança possam nascer aqui, no nosso continente. É lutar para que Obamas africanos possam também vencer. E nós, africanos de todas as etnias e raças, vencermos com esses Obamas e celebrarmos em nossa casa aquilo que agora festejamos em casa alheia.

17 novembro 2008

Prémios Precariedade 2008


Até ao dia encerramento da votação, a 11 de Dezembro, estaremos em várias catedrais da precariedade e um pouco por todo o lado a divulgar esta iniciativa.

As votações correm a bom ritmo! Mas queremos ser cada vez mais!

Se ainda não votaste vai a
http://www.premiosprecariedade.net/ e escolhe os teus favoritos! Todos os votos contam para dar força à distinção de quem ganha com a precariedade alheia! Vê os vídeos, vota e passa a palavra! Em breve revelaremos pormenores sobre a Grande Gala dos Prémios Precariedade 2008, a realizar num dos dias seguintes ao encerramento das votações e onde revelaremos os merecidos vencedores!

10 novembro 2008

Homus Americanus

08 novembro 2008

Alternativa 1

06 novembro 2008

O Canto de Intervenção


O CANTO DE INTERVENÇÃO para ouvir e para ler...

Canto de Intervenção 1960-1974 é uma viagem pela memória colectiva recente, que nos fala de Utopia, de Liberdade, de Poesia.
Poesia que é a essência do Canto de Intervenção. Dos poetas - Florbela Espanca, Sophia de Mello Breyner, Luís de Camões, Fernando Pessoa, Manuel Alegre, José Afonso - se chegou à intervenção; porque intervenção sem Poesia é apenas um panfleto, com o seu tempo próprio e histórico, mas que cai no esquecimento. Ao contrário de “Trova do Vento que Passa”, “Canção com Lágrimas”, “Menina dos Olhos Tristes”, “Menino do Bairro Negro”, “Vampiros”, “Redondo Vocábulo”, “Pedra Filosofal”, “Que Força é Essa”, “Vemos Ouvimos e Lemos”, ou “Cantigas do Maio”.

Canto de Intervenção 1960-1974, constitui-se assim “numa singular contribuição para uma história ainda por fazer: a da evolução da música popular portuguesa no século XX”.
(Nuno Pacheco, director-adjunto do Público)

03 novembro 2008

Deriva de conversas na Intoxicação Linguística


8 de Novembro, às 21h, no Bar Uptown (Cedofeita, na Rua Breyner, 59), um debate livre sobre A Intoxicação Linguística de Vicente Romano, com Miguel Carvalho, Rui Pereira e António Luís Catarino. Um eveto à responsabilidade da Deriva Editores.

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