Arrancou na Polónia mais uma campanha contra a homofobia, levada a cabo pela ONG polaca Kampania Przeciw Homofobii. Há uma semana atrás foram espalhados por toda a Varsóvia, e pelos media, grandes posters, onde apenas se podia ler, em letras garrafais: “Estás a olhar pra onde, ó maricas?” e “Estás a olhar pra onde, ó fufa?”. Fundo preto, nada mais. O espanto gerou-se. Hoje, o segredo foi finalmente revelado.
Os cartazes foram substituídos por dois outros, com a foto de um activista em tamanho real (homem ou mulher, consoante o caso), sobre a qual se pode ler: “Maricas. Ouço-o todos os dias. O ódio magoa.” e “Fufa. Ouço-o todos os dias. O ódio magoa.”
A ideia é ser simples. Não se usa um termo complexo como homofobia, mas sim as suas implicações reais em quem o sente. Os “insultos” utilizados pretendem ilustrar a homofobia diariamente sentida, ainda que sob diversas manifestações. A expressão “O ódio magoa.” expressa as ramificações do discurso do ódio e da violência, “dando uma cara” às vítimas – nas quais geralmente se pensa em abstracto. Os rostos da campanha são dois activistas da ONG, homossexuais e polacos. Nada mais directo, portanto.
Note-se que a Polónia tem um longo historial homofóbico, não cumprindo sequer as exigências da UE no que se refere à discriminação com base na orientação sexual.
Ainda este mês o presidente polaco Kaczynski afirmou, durante uma visita de Estado à Irlanda que “o aumento da homossexualidade levaria ao desaparecimento da raça humana”.
A parada gay foi proibida na Polónia durante dois anos seguidos (2004 e 2005), alegando-se que “a promoção pública da homossexualidade” não devia ser permitida. Foi finalmente autorizada em 2006, mas só após o assunto ter sido levado ao Tribunal Constitucional. Ainda assim, foi marcada para o mesmo dia uma contra-manifestação do partido da Liga das Famílias Polacas (em coligação no Governo). Anos atrás, uma manifestação deste cariz, à qual se juntaram grupos de skinheads, terminou com grande violência e agressões aos manifestantes.
Num ambiente hostil como a sociedade polaca, dar a cara numa campanha destas, sendo cidadão polaco, não é tarefa fácil ou isenta de riscos. Todo o apoio que lhes possamos nunca será, por isso, demais.
Site da Kampania Przeciw Homofobii
Blog Stop Homophobia Kampania
Blog gregswarsaw
Os cartazes foram substituídos por dois outros, com a foto de um activista em tamanho real (homem ou mulher, consoante o caso), sobre a qual se pode ler: “Maricas. Ouço-o todos os dias. O ódio magoa.” e “Fufa. Ouço-o todos os dias. O ódio magoa.”
A ideia é ser simples. Não se usa um termo complexo como homofobia, mas sim as suas implicações reais em quem o sente. Os “insultos” utilizados pretendem ilustrar a homofobia diariamente sentida, ainda que sob diversas manifestações. A expressão “O ódio magoa.” expressa as ramificações do discurso do ódio e da violência, “dando uma cara” às vítimas – nas quais geralmente se pensa em abstracto. Os rostos da campanha são dois activistas da ONG, homossexuais e polacos. Nada mais directo, portanto.
Note-se que a Polónia tem um longo historial homofóbico, não cumprindo sequer as exigências da UE no que se refere à discriminação com base na orientação sexual.
Ainda este mês o presidente polaco Kaczynski afirmou, durante uma visita de Estado à Irlanda que “o aumento da homossexualidade levaria ao desaparecimento da raça humana”.
A parada gay foi proibida na Polónia durante dois anos seguidos (2004 e 2005), alegando-se que “a promoção pública da homossexualidade” não devia ser permitida. Foi finalmente autorizada em 2006, mas só após o assunto ter sido levado ao Tribunal Constitucional. Ainda assim, foi marcada para o mesmo dia uma contra-manifestação do partido da Liga das Famílias Polacas (em coligação no Governo). Anos atrás, uma manifestação deste cariz, à qual se juntaram grupos de skinheads, terminou com grande violência e agressões aos manifestantes.
Num ambiente hostil como a sociedade polaca, dar a cara numa campanha destas, sendo cidadão polaco, não é tarefa fácil ou isenta de riscos. Todo o apoio que lhes possamos nunca será, por isso, demais.
Site da Kampania Przeciw Homofobii
Blog Stop Homophobia Kampania
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