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05 maio 2007

No Porto foi assim.... marchou-se e fumou-se !


Regina Guimarães - Não acha que esta ideia tem pernas para caminhar?

Alguém sonhou proibir o comércio das floristas a pretexto de que as flores são belas e inúteis?

Alguém se lembrou de proibir a venda da aspirina só porque provoca dores de estômago a uma minoria?

Alguém está apostado em proibir a chegada do vinho do Porto às lojas por ele despoletar crises de hemorróidas?

Antes de dizer sim a um NÃO, convém uma pessoa informar-se e reflectir. Aquém e além do termo assustador «droga», ouvem-se discursos apocalípticos e discursos moralistas que nem lembram ao diabo.

Quando ao comum dos mortais chegam conversas acerca de fumadores de charros, o comum dos mortais reage preconceituosa e violentamente. Ou seja: fala negativamente do que não sabe, julga sem conhecimento de causa, condena sem culpa formada. São séculos de retrocesso obscurantista, à conta de interesses políticos e económicos inconfessáveis...

Sabia que a marijuana é prescrita para atenuar dores em casos de doença terminal e noutras situações de sofrimento físico e psíquico?

Sabia que aquele que fuma um charro o faz numa postura equivalente ao do bebedor dum copo de verde branco made in Portugal?

Sabia que houve tempos e há países em que a venda da canabis é encarada como um comércio tradicional como outro qualquer?

É bom que comece a pensar nestas coisas. Até porque as cadeias portuguesas estão cheias de consumidores que poderiam ser seu pai, sua filha, seu neto, sua esposa...

Está ver onde queremos chegar? Então acompanhe-nos na marcha pela legalização das «drogas» ditas leves, com vista à regulamentação do seu comércio, à implementação do seu cultivo, ao fomento da sua utilização em domínios que não apenas o do prazer físico e estético. Não acha que esta ideia tem pernas para caminhar?


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