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23 outubro 2007

A arte da INTERMITÊNCIA



Quando a luz do palco se apaga, alguém entra em cena, para além das pessoas - actores e actrizes, o palco tem decor, tem cenário, tem mais luzes e mais sons... depois a luz volta a pagar-se.

Quando na rua vemos um cartaz de uma qualquer exposição de fotografia, de pintura, de escultura, de qualquer coisa que seja há ali aqueles e aquelas que criam beleza, cultura, controvérsia e movimentos - são artistas plásticos, para além destes há também a pessoa que teve a ideia do cartaz e que o concretizou.

Na sala de cinema quando a luz se apaga e vemos na tela nomes e depois pessoas esperamos que o filme comece... no fim não custa nada esperar mais uns minutos e ver que houve ali mais gente a fazer muitas mais coisas que tornaram possíveis aqueles momentos de drama, horror, acção, paixão...

Os sons... é tão bom ouvir a música na rua, nas lojas, no café, no autocarro, no nosso leitor de mp3, nas salas de concertos, na rua, tantas vezes nas ruas, pelas ruas...

Com o tempo foi sendo cada vez mais fácil ler um livro, nas bibliotecas, em edições de bolso, as feiras e os alfarrabistas. Sabe bem pegar num livro fresco numa tarde de Verão enquanto se descansa à sombra, sabe bem um livro aconchegante no Inverno numa tarde de chuva... é bom viajar por países que não vistamos e conhecer pessoas que se calhar nem existem... sabe bem saber que é um trabalho recompesado para quem escreve, sabe saber que as palmas, os prémios, as homenagens e as saudações são boas mas também devia saber bem a protecção social quando não há trabalho ou saber que quando não conseguirmos fazer o que fizemos toda a vida vamos ter um apoio, uma garantia de qualidade de vida para os dias que restarão...

POIS É, SOMOS GENTE ! SOMOS TRABALHADOR@S
SOMOS COMO AS LUZES DE NATAL: BEL@S E INTERMITENTES
PORQUE TEMOS DE SOBREVIVER MAIS QUE UMA ÉPOCA POR ANO...
O NOSSO MANIFESTO:

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