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24 outubro 2007

Save Darfur

Este jogo, Darfur is Dying é um simulador da rotina das pessoas que vivem naquela região do Sudão, onde a busca por água e alimento são constantes, bem como os ataques de guerrilheiros. Primeiro precisa escolher uma pessoa da família para ir buscar água fora do acampamento. Essa tarefa tem que ser realizada pelas mulheres, normalmente as crianças, pois o homem adulto que é apanhado fora dos limites de segurança é logo morto pelas milícias (a mais pura realidade para quem vive ali). Fora do acampamento, você precisa caminhar kms até a fonte de água. Se for visto pelos soldados armados, receberá a mensagem que diz mais ou menos: “Você é uma das centenas de milhares de pessoas que já perderam nesta crise humanitária.” Depois de ter a água, deve retornar ao acampamento e distribuir o precioso líquido para completar novas tarefas: molhar a horta, fabricar tijolos. De vez em quando tens os ataques dos janjawid, eles destroem as casas e matam as pessoas. É apenas um jogo, as vidas podem-se repetir com um simples refresh na janela do browser... a realidade é bem diferente e quanto mais não seja pode ser uma forma bastante simples de fazer perceber uma realidade bem complicada. Aconselhável para as pessoas independentemente da idade.

Em 2003, dois grupos armados da região de Darfur rebelaram-se contra o governo central sudanês, pro-árabe. O Movimento de Justiça e Igualdade e o Exército de Liberação Sudanesa acusaram o governo de oprimir os não-árabes em favor dos árabes do país e de negligenciar a região de Darfur. Em reação, o governo lançou uma campanha de bombardeios aéreos contra localidades darfurenses em apoio a ataques por terra efectuados por uma milícia árabe, os janjawid. Estes últimos são acusados de cometer grandes violações dos direitos humanos, inclusive assassinatos em massa, saques e o estupro sistemático da população não-árabe de Darfur. Os janjawid também praticam o incêndio de vilas inteiras, forçando os sobreviventes a fugir para campos de refugiados localizados em Darfur e no Chade; muitos dos campos darfurenses encontram-se cercados por forças janjawid. Até o verão de 2004, entre 50 000 e 80 000 pessoas haviam sido mortas e pelo menos um milhão haviam fugido, provocando uma grande crise humanitária na região. Em Setembro de 2004, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou a Resolução no. 1564, que estabeleceu uma comissão de inquérito em Darfur para avaliar o conflito. Em Janeiro de 2005, a ONU divulgou um relatório afirmando que embora tenha havido assassinatos em massa e estupros, aquela organização internacional não estava em condições de classificá-los como genocídio, devido a "uma aparente falta de intenção genocida" (tradução livre do inglês). Em maio de 2006, o Exército de Liberação Sudanesa, principal grupo rebelde, concordou com uma proposta de acordo de paz com o governo. O acordo, preparado em Abuja, Nigéria, foi assinado com a facção do Movimento liderada por Minni Minnawi. No entanto, o acordo foi rechaçado tanto pelo Movimento Justiça e Igualdade como por uma facção rival do próprio Exército de Liberação Sudanesa, dirigida por Abdul Wahid Mohamed el Nur. Os principais pontos do acordo eram o desarmamento das milícias janjawid e a incorporação dos efectivos dos grupos rebeldes ao exército sudanês. Apesar do acordo, os combates continuaram.
Para saber mais e se quiser participar activamente nesta causa visite o site Save Darfur


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