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05 janeiro 2007

Médic@s para Tod@s














Os 883 jovens médicos que aguardam colocação no internato de 2007 decidiram oferecer-se para trabalhar gratuitamente no Serviço Nacional de Saúde enquanto o Ministério (MS) não resolve as irregularidades do concurso. E vão montar um hospital de campanha em Lisboa, em meados da próxima semana, mostrando-se "disponíveis para exercer funções", num inovador protesto contra a novela das colocações.

Em causa estão as listas de colocação para o ano comum do internato. Depois de uma série de atrasos, estabeleceu-se a publicação a 28 de Dezembro, de modo a que os médicos internos começassem a trabalhar no dia 2 de Janeiro.
Publicadas na data prevista, foram anuladas, republicadas e de novo anuladas por "incorrecções" - listagens incompletas e seriações mal feitas -, atribuídas a problemas informáticos. Aos médicos foi entretanto garantida a publicação definitiva "previsivelmente a 15 de Janeiro" e o início do internato a 29 de Janeiro.
A dilatação do prazo é "incompreensível" para o Conselho Nacional do Médico Interno (CNMI) da Ordem dos Médicos, que iniciou ontem, no Porto, uma série de reuniões regionais. "Se os planos iniciais eram a publicação a 28 de Dezembro e o início de funções a 2 de Janeiro, não entendemos por que é que agora os internos só podem começar a trabalhar no fim do mês", questiona Rui Guimarães, da Direcção do CNMI, para quem a única explicação é "fazer coincidir com o final do mês". Ou seja, poupar um mês de salário a 883 médicos.
Feitas as contas, serão 1,5 milhões de euros que ficam do lado do Estado, "4% dos 40 milhões que o ministro da Saúde disse que iria poupar este ano em recursos humanos", insurge-se o dirigente do CNMI.
Para lá de garantirem exigir "uma formação completa e a reposição deste mês mais à frente", os internos oferecem-se para trabalhar graciosamente, "numa atitude altruísta". O CNMI pede ainda a responsabilização pelas irregularidades, tanto que "a seriação das colocações é perfeitamente exequível manualmente em 24 horas", como, aliás, a própria Ordem dos Médicos ofereceu já fazer para o MS.

1 bitaites:

Anónimo disse...

Uma vergonha. E não há forma de vermos os incompetentes afastados do Ministério da Saúde.