As autoridades iraquianas ordenaram um inquérito para apurar quem foi o autor da gravação e da divulgação do vídeo «pirata» da execução do antigo presidente iraquiano, Saddam Hussein. «Um inquérito foi aberto para determinar quem filmou, com o seu telemóvel, o vídeo da execução», indicou à AFP fonte próxima de Nuri al-Miliki. A fonte do gabinete do presidente iraquiano diz que com este inquérito pretende-se ainda determinar a autoria dos gritos de provocação e vingança que se sucederam à morte do ex-líder do Iraque. Um dia após a execução de Saddam, e já depois de a televisão pública iraquiana ter mostrado um pequeno filme sem som com imagens da morte do ex-ditador, foi divulgado na Internet um vídeo de mais de dois minutos e meio mais detalhado e com som. As palavras de ódio gritadas contra o ex-líder iraquiano, audíveis no vídeo divulgado na Internet, suscitaram a indignação na comunidade sunita e no mundo árabe, embaraçando a coligação xiita que se encontra no poder no Iraque. O porta-voz do Ministério francês dos Negócios Estrangeiros falou, esta terça-feira, do «risco da difusão destas imagens», considerando que estas «alimentam as clivagens entre as comunidades». Numa conferência de imprensa, Jean-Baptiste Mattéi lamentou a difusão deste vídeo e disse que o «verdadeiramente importante é que se vire esta página e que agora os iraquianos olhem para o futuro e trabalhem a favor da reconciliação nacional». Entretanto, em Auja, continuam as homenagens de apoiantes do antigo ditador, que se estão a deslocar em grande número à terra natal do «herói e mártir, o presidente Saddam Hussein. Segundo a AFP, as centenas de pessoas que se estão a deslocar principalmente de Anbar, Diyala e Mossul com bandeiras iraquianas e retratos de Saddam estão a fazê-lo sem provocar grandes distúrbios, muito embora alguns já tenham feito apelos à vingança.
Nota: apesar de saber da existência e obtenção fácil do vídeo não coloco nenhum link por uma questão de ética pessoal e por concordar com a ideia que a morte não resolve os problemas nem retira a dor de quem sofreu com o regime liderado por Saddam Hussein servindo neste caso para justificar o agudizar de uma situação de guerra civil iminente baseada em princípios como o ódio e a vingança...
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