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26 janeiro 2007

Tens que ser livre.... nem que te queimemos para isso !!!


















Parece ser o lema dos EUA para controlar qualquer coisa que mexe à volta....

O Departamento da Defesa norte-americano (Pentágono) apresentou hoje um novo e “revolucionário” sistema de defesa destinado a controlar multidões e a repelir ataques em grupo. O Active Denial System, também conhecido por Heat Ray, consiste no disparo de um feixe de energia que provoca uma sensação intensa de queimadura, suficiente para paralisar os movimentos do inimigo, sem contudo provocar danos permanentes nos indivíduos atingidos.
O desenvolvimento do Heat Ray durou mais de uma década e custou cerca de 60 milhões de dólares. O primeiro protótipo de arma construído com base no novo sistema chama-se Silent Guardian (Guardião Silencioso). Consiste numa espécie de grande antena rectangular, semelhante a uma parabólica montada num veículo militar Humvee, que direcciona um raio electromagnético invisível com alcance de mais de 500 metros.
A arma está actualmente na fase final de testes operacionais na base da Força Aérea de Moody, na Geórgia, e o Pentágono espera poder iniciar a sua produção em série para que o novo sistema possa começar a ser usado pelas unidades militares destacadas no Iraque e Afeganistão.
“Esta é uma tecnologia inovadora que vai capacitar as nossas tropas com uma nova alternativa operacional de defesa de longo alcance”, disse à Reuters o vice-secretário da Defesa para o Armamento e Sistemas Avançados, Theodore Barna. “Esperamos ter este sistema disponível em todo o nosso equipamento a partir de 2010”, acrescentou.
Até agora, os sistemas de defesa não mortíferos — como as balas de borracha e outro tipo de munições usadas para repelir e controlar grupos de inimigos — tinham eficácia limitada a distâncias curtas. E, apesar de, por princípio, não terem capacidade letal, muitas vezes causavam ferimentos graves ou danos irreversíveis.
“As armas não-letais são cada vez mais importantes nos cenários de escalada da força, particularmente nos ambientes de violência com que as nossas tropas se têm confrontado no Iraque”, explicou o coronel Kirk Hymes, director do programa de armas não-mortíferas de Quantico.
Num esforço de “desmistificação” da nova tecnologia, vários repórteres que cobriam a apresentação do Heat Ray aceitaram submeter-se a um teste. Como relatou o jornalista da Reuters, os voluntários colocaram-se a uma distância de mais de dois campos de futebol do local onde se encontrava a nova arma. Subitamente, foram expostos a um disparo, que “provoca uma sensação como se estivéssemos encostados à parede de um forno muito, muito quente. Era como se de repente fôssemos começar a arder”.
Segundo os jornalistas, a sensação de queimadura não é profundamente dolorosa e desaparece de imediato assim que se afastam do raio de alcance do disparo. De acordo com a informação distribuída pelo Pentágono, nos últimos cinco anos de testes, mais de dez mil pessoas foram submetidas a disparos do Heat Ray: ninguém apresentou ferimentos que necessitassem de tratamento médico nem contraiu nenhum dano para a saúde.
O Pentágono continua a trabalhar no desenvolvimento de outras variações do sistema para além das actuais virtualidades antiterrorismo, adaptando a tecnologia para missões de controlo e dispersão de multidões, para a segurança de checkpoints e a protecção de infra-estruturas como bases aéreas, portos ou acampamentos.

in Público

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