Parece ser o lema dos EUA para controlar qualquer coisa que mexe à volta....
O desenvolvimento do Heat Ray durou mais de uma década e custou cerca de 60 milhões de dólares. O primeiro protótipo de arma construído com base no novo sistema chama-se Silent Guardian (Guardião Silencioso). Consiste numa espécie de grande antena rectangular, semelhante a uma parabólica montada num veículo militar Humvee, que direcciona um raio electromagnético invisível com alcance de mais de 500 metros.
A arma está actualmente na fase final de testes operacionais na base da Força Aérea de Moody, na Geórgia, e o Pentágono espera poder iniciar a sua produção em série para que o novo sistema possa começar a ser usado pelas unidades militares destacadas no Iraque e Afeganistão.
“Esta é uma tecnologia inovadora que vai capacitar as nossas tropas com uma nova alternativa operacional de defesa de longo alcance”, disse à Reuters o vice-secretário da Defesa para o Armamento e Sistemas Avançados, Theodore Barna. “Esperamos ter este sistema disponível em todo o nosso equipamento a partir de 2010”, acrescentou.
Até agora, os sistemas de defesa não mortíferos — como as balas de borracha e outro tipo de munições usadas para repelir e controlar grupos de inimigos — tinham eficácia limitada a distâncias curtas. E, apesar de, por princípio, não terem capacidade letal, muitas vezes causavam ferimentos graves ou danos irreversíveis.
“As armas não-letais são cada vez mais importantes nos cenários de escalada da força, particularmente nos ambientes de violência com que as nossas tropas se têm confrontado no Iraque”, explicou o coronel Kirk Hymes, director do programa de armas não-mortíferas de Quantico.
Num esforço de “desmistificação” da nova tecnologia, vários repórteres que cobriam a apresentação do Heat Ray aceitaram submeter-se a um teste. Como relatou o jornalista da Reuters, os voluntários colocaram-se a uma distância de mais de dois campos de futebol do local onde se encontrava a nova arma. Subitamente, foram expostos a um disparo, que “provoca uma sensação como se estivéssemos encostados à parede de um forno muito, muito quente. Era como se de repente fôssemos começar a arder”.
Segundo os jornalistas, a sensação de queimadura não é profundamente dolorosa e desaparece de imediato assim que se afastam do raio de alcance do disparo. De acordo com a informação distribuída pelo Pentágono, nos últimos cinco anos de testes, mais de dez mil pessoas foram submetidas a disparos do Heat Ray: ninguém apresentou ferimentos que necessitassem de tratamento médico nem contraiu nenhum dano para a saúde.
O Pentágono continua a trabalhar no desenvolvimento de outras variações do sistema para além das actuais virtualidades antiterrorismo, adaptando a tecnologia para missões de controlo e dispersão de multidões, para a segurança de checkpoints e a protecção de infra-estruturas como bases aéreas, portos ou acampamentos.
0 bitaites:
Enviar um comentário