badge

30 abril 2008

MayDay Lisboa 2008 !!!


Parada MayDay
Lisboa, Largo Camões, a partir das 13h


1º de Maio - Dia d@ Trabalhador/a
O MayDay é uma parada de precári@s, que vem marcando o 1º de Maio em várias cidades por esse mundo fora, desde da estreia em 2001, em Milão. Depois da primeira edição no ano passado, o MayDay Lisboa está de volta!
Uma organização aberta a tod@s, permitiu continuar o nosso percurso de visibilidade e mobilização. Acções públicas, debates, festas e muita gente a juntar-se para fazer uma parada mobilizadora, onde a imaginação transforma a rua num espaço em que desfila a alegria da recusa de uma vida aos bocados. Na parada MayDay cabemos tod@s: mais nov@s e mais velh@s, operadores de call-center, "caixas" de supermercado, cientistas a bolsa, intermitentes, desempregad@s, estagiári@s, contratad@s a prazo, estudantes que vivem ou pressentem a precariedade,…

:: Concentração no Largo Camões (metro Baixa / Chiado), a partir das 13 horas, para pic-nic e animação ::
:: Partida às 15 horas em direcção ao Martim Moniz ::
:: Desfile com a Manifestação do Dia d@ Trabalhador/a ::

Esta parada depende de tod@s nós! Passa a palavra do precariado em luta!
É urgente! A 1 de Maio soamos o alarme!


MayDay!! MayDay!!
O precariado contra-ataca!!

Festa do Desempregado


(clica na imagem para aumentar)

Amanhã pelas 20:00 irá haver um Debate de Apelo ao MayDay na festa do Desempregado organizada pelo Bacalhoeiro

Apareçam e divulguem!!
É véspera de MayDay!!

29 abril 2008

Revolução em Karaoke


25 de Abril Sempre, pelo fim dos calendários...

::: DEBATE SOBRE PRECARIEDADE LABORAL :::


29 de Abril - 17h
Auditório 3 - Quelhas - ISEG
Lisboa


Com:
.Nuno Teles
.Prof. João Ferreira do Amaral
.Prof. João Duque

Organização: MOI - Movimento Outro Iseg
Com a colaboração dos Precarios Inflexíveis

APARECE E DIVULGA

28 abril 2008

PORTO no seu melhor !



a ver se no Metro de Lisboa há disto....

Ençino Çuperior na Uniberçidade Católica


Clica na imagem para ver melhor

Deve ser por ser gente das Artes...assim vai Portugal, tão pouco católico!

Tod@s ao MAYDAY em Lisboa !


O MayDay é uma parada de precári@s, que vem marcando o 1º de Maio em várias cidades por esse mundo fora, desde da estreia em 2001, em Milão. No ano passado, a iniciativa MayDay chegou a Lisboa, juntando algumas centenas de pessoas contra a precariedade no trabalho e na vida. Este ano, o MayDay Lisboa já começou: uma organização aberta a tod@s, que vai fazendo assembleias, acções públicas, festas, etc. Na parada MayDay cabemos tod@s: mais nov@s e mais velh@s, operadores de call-center, "caixas" de supermercado, cientistas a bolsa, intermitentes, desempregad@s, estagiári@s, contratad@s a prazo, estudantes que vivem ou pressentem a precariedade,…

A 1 de Maio juntamo-nos contra a exploração, contra o emagrecimento dos apoios sociais e à habitação, desafiando o cinzentismo e continuando o percurso de mobilização e visibilidade. Contamos contigo?

No dia 1 de Maio vamos para a rua. Porque esta não foi apenas feita para albergar sedes de empresas, escritórios, restaurantes de comida rápida e outros locais onde decorre todo um estado de excepção laboral, onde a exploração, o abuso, a instabilidade e a ilegalidade se tornaram lei.

No dia 1 de Maio queremos transformar a rua num espaço em que desfila a alegria da recusa de uma vida aos bocados.

O Precariado Rebela-se !

27 abril 2008

Sem Medos contra a Homofobia


O lançamento das jornadas "Sem medos, contra a homofobia", uma iniciativa nacional do Bloco de Esquerda, contou com a presença da apresentadora de televisão Solange F., do deputado José Soeiro e de Francisco Louçã. Além da promoção de vários debates sobre o tema em todo o país, o Bloco vai avançar também com iniciativas parlamentares. Consulta os projectos de resolução já apresentados sobre o dia nacional contra a homofobia, práticas das forças de segurança e discriminação na doação de sangue.
As Jornadas do Bloco sobre a temática LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgenders) vão percorrer vários distritos do país e culminarão, em Junho, com a realização de um Fórum Público no qual se pretende juntar activistas e académicos para uma reflexão sobre o combate à discriminação da população LGBT. Até lá o Bloco vai desenvolver vários debates sobre homofobia em todo o país e apresentará diversas propostas de lei sobre o assunto no parlamento.
Recentemente o Bloco de Esquerda apresentou três projectos de recomendação ao governo para instituir o dia nacional contra a homofobia (associando à data medidas e recursos para a prevenção da discriminação), e para responder a duas reivindicações antigas do movimento LGBT: um conjunto de boas práticas para as forças de segurança no tratamento de crimes de ódio, e o combate à discriminação nos serviços de recolha de sangue. Além disso foi também realizada um audiência parlamentar com diversas associações LGBT sobre a discriminação dos transexuais e dos transgéneros. Já sobre o casamento, o deputado José Soeiro reafirmou que o Bloco de Esquerda irá avançar com o agendamento, ainda nesta legislatura, do projecto-Lei que consagra o alargamento do direito ao casamento civil a pessoas do mesmo sexo.
Intervenções de activistas e membros de associações chamaram a atenção para o isolamento das pessoas LGBT fora dos grande centros urbanos, ou a necessidade de legislar sobre a identidade de género.

in Esquerda.Net

26 abril 2008

25 de Abril sempre - Acordai, levantai-vos e lutem !

Apresentação do "Livro de Jogos Interculturais e Cooperativos"


editado pelo Movimento SOS Racismo
Livraria Gato Vadio, Rua do Rosário nº 281,
26 de Abril (Sábado) às 21h30
com a presença de João Antunes (Co-autor do livro/ membro do Movimento SOS Racismo/ Universidade Fernando Pessoa) e Hugo Monteiro (Escola Superior de Educação do Porto)


Este livro pretende ser um instrumento didáctico para educadores/ formadores apresentando um conjunto de estratégias de carácter lúdico que tem como finalidade a inserção de crianças e jovens.
"Sabemos hoje que o jogo liberta os afectos, estimula a cooperação e a imaginação, demonstrando ser um importante no aprofundamento das relações interpessoais, criando uma atmosfera favorável à construção de uma relação positiva, favorecendo a criação de um ambiente de respeito recíproco, gerando comportamentos de solidariedade, anulando quaisquer relações de poder."

24 abril 2008

FAZER A FESTA - 27ª edição


25 de Abril a 4 de Maio de 2008
Jardins do Palácio de Cristal, Porto
Auditório da Biblioteca Almeida Garrett


Uma "aldeia teatral" (na Biblioteca Almeida Garrett e outros espaços ao ar livre), onde criadores e companhias de teatro nacionais e estrangeiras apresentarão os seus espectáculos, que abarcam diversas disciplinas das artes de palco.
Os espectáculos serão acompanhados por outras manifestações paralelas e de convívio, de modo a criar uma ligação estreita entre todos os participantes (artistas e espectadores). Fazer do Teatro um espaço de Festa.

Mais infos, bilheteira e programa completo no site do Teatro Art'Imagem

Teatro Art Imagem
Rua da Picaria, 89
4050-478 Porto
tel - 00351 22 208 40 14 tlm - 00351 96 020 88 19
fax - 00351 22 208 40 21
e-mail - producao@teatroartimagem.pt

Uma pequena provocação

...para tipos com blogues e coisa e tal que andam por aí e que já têm vídeos no Youtube e parece que até dá na TV...

[e cá ficou um pequeno momento publicitário que bem que podia ter o seu retorno compensatório ;) ]

23 abril 2008

Porque o Livro é um bom amigo... o seu dia são todos os dias, mas hoje é especial...


O "Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor" é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de Abril, dia de São Jorge.
Esta data foi escolhida para honrar a velha tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas UMA ROSA VERMELHA DE SÃO JORGE (Saint Jordi) e recebem em troca, UM LIVRO.
Em simultâneo, é prestada homenagem à obra de grandes escritores, como Shakespeare e Cervantes, falecidos em 1616, exactamente a 23 de Abril.
Partilhar livros e flores, nesta primavera, é prolongar uma longa cadeia de alegria e cultura, de saber e paixão.

"Há livros de que apenas é preciso provar, outros que têm de se devorar, outros, enfim, mas são poucos, que se tornam indispensáveis, por assim dizer, mastigar e digerir." - Francis Bacon

Conferência pela legalização da Canábis


Dia 23
4ª feira - 14h30
Faculdade de Letras de Lisboa, sala 2.13 Cidade Universitária


com as exposições de:
Luís Fernandes, Professor universitário e investigador - "Canábis a caminho de uma tradição pós-moderna."
Bruno Maia, Médico - "As vantagens das utilizações terapêuticas da Canábis."

Iniciativa de divulgação da Marcha Global da Marijuana
Organização: com.maria (comissão organizadora da marcha de Lisboa)

Acampamento Citadino - é pra hoje !!!


O Movimento Porta 65 Jovem promove o "Grande Acampamento Citadino", uma nova acção de contestação ao programa do governo conhecido por Porta 65 Jovem em Lisboa e no Porto na próxima Quarta-Feira, dia 23 de Abril, a partir das 19h.

22 abril 2008

Festa de inauguração da sede do SOS Racismo Porto


Dia 24 de Abril, a partir das 22 horas, vai haver uma feira do livro, projecções de fotos e vídeos sobre o Mumia Abu Jamal e a sua luta pela liberdade, bancas de materiais, muita música com os DJ's Pedro Ferreira e Ruba Linho, copos and cigarettes.
Contamos com a vossa presença na RUA DO ALMADA, Nº 254, nesta e noutras ocasiões.

21 abril 2008

Resistência: Lugares de Memória


Sábado 26 de Abril 15.30 h
VISITA GUIADA POR EX-PRESOS
ÀS INSTALAÇÕES DA EX-PIDE/DGS


No próximo dia 26 de Abril será realizada mais uma Visita ao edifício da EX-PIDE, no Porto, guiada por ex-presos políticos que aí foram encarcerados, humilhados e torturados. Com esta acção, o Núcleo do Porto do movimento cívico "Não Apaguem a Memória!" pretende contribuir para o reforço da nossa identidade democrática, uma identidade que atravesse o tempo, que salvaguarde a continuidade da memória histórica da resistência ao fascismo entre as gerações presentes e as que viveram um mundo passado. Considera-se que é importante patrimonializar as memórias dos resistentes antifascistas através da transmissão dos seus valores às gerações mais jovens, reconstruindo elos entre o passado e o presente.

Grande Acampamento Citadino - Porto e Lisboa


O Movimento Porta 65 Jovem promove o "Grande Acampamento Citadino", uma nova acção de contestação ao Porta 65 Jovem em Lisboa e no Porto para exigir a reformulação profunda deste programa. Vamos acampar durante algumas horas em frente às instalações do IHRU e assinalar o início da segunda fase de candidaturas do Porta 65 Jovem, mais um momento em que milhares de jovens vão ver o acesso este apoio negado e a sua vida andar para trás.

Quarta-feira, 23 de Abril, a partir das 19 horas
Lisboa - Av. Columbano Bordalo Pinheiro, 5
Porto - Rua D. Manuel II, 296 (ao Palácio de Cristal)


Se quiseres mais informações liga 964255386 em Lisboa e 963916977 no Porto.

19 abril 2008

A culpa de EVA... parece que ainda dura !

No Texas, Estados Unidos, uma professora foi despedida por não ter alinhado na nova vaga de “análise crítica da evolução”, o novo nome dado ao criacionismo pelos movimentos fundamentalistas cristãos. Por lá, para além do extremismo religioso, vigora também uma legislação laboral tão flexível e competitiva que um professor, para manter o seu posto de trabalho, tem que ensinar que o Homem vem de Adão e Eva.
Se o assunto não fosse a sério dava uma piada de 5 estrelas !!!


Eva (hebraico:"Vivente"; árabe:Hawwaa
Segundo a Bíblia e o Alcorão, Adão e Eva foram o primeiro casal criado por Deus. Adão (do hebraico אדם relacionado tanto a adamá, "solo vermelho", quando a adom, "vermelho", e dam "sangue") é considerado dentro da tradição judaico-cristã e islâmica como o primeiro ser humano, uma nova espécie criada directamente por Deus. Teria sido criado a partir da terra à imagem e semelhança de Deus para domínio sobre a criação terrestre.
Tal como Adão, Eva também foi criada directamente por Deus. Diz a narrativa que Deus teria tomado uma costela (ou um "lado" de acordo com a tradução de Rashi) de Adão enquanto este encontrava-se em sono profundo. O nome Eva deriva do hebraico hav.váh, que significa "vivente", e teria sido dado pelo próprio Adão. No grego, é vertido por zoé, que significa "vida", e não bios. Nisto estará implícito a ideia da maternidade. O papel atribuído à mulher era de uma ajudadora e complemento do homem, e a expressão "têm de tornar-se uma só carne", denota o tipo de vínculo que deveria existir entre marido e mulher. (Génesis 2:18, 20-24)
Eva, e mais tarde Adão, teriam comido o fruto proibido por Deus, da árvore da ciência (do "conhecimento do bem e do mal"), e após o ocorrido, de acordo com a tradição cristã toda a humanidade ficou privada da perfeição e da perspectiva de vida infindável. Surgiria para os cristãos aqui a noção de pecado herdado - tendência inata de pecar - e a necessidade de um resgate da humanidade condenada à morte.
Após comerem do fruto proibido, Adão e Eva tiveram ciência de que andavam nus e, por isso, confeccionaram vestimentas com folhas de figueira para si. Percebendo-se disto, Deus os expulsou do jardim do Éden.
Adão e Eva foram pais de Caim, Abel, Sete, e mais outros filhos e filhas. Segundo Gênesis 5:5, Adão teria vivido 930 anos, alcançando até Lameque, pai de Noé, a oitava geração de sua descendência.

O ESPÍRITO DA COLMEIA em Serralves


20 ABR 2008, 16h00
AUDITÓRIO DE SERRALVES - Porto


Realizado pelo talentosíssimo - embora pouco prolífico - cineasta Victor Erice, esta é uma obra que reflecte acerca da ténue fronteira entre a realidade e o imaginário. Erice subscreveria porventura o aforismo do poeta surrealista Jehan Mayoux: «o imaginário é uma categoria do real e reciprocamente». Para este filme que o tornou conhecido dum vasto público e no qual se convoca o monstro demasiado humano criado por um moderno Prometeu, Erice decidiu dar às suas personagens o nome dos actores que as interpretam. Conta-se que a muito jovem Ana Torrent, protagonista desta ficção fílmica, não conseguia entender a razão pela qual a chamavam de outra maneira enquanto imagem-personagem. Esta opção do realizador, plena de significado, indica-nos uma boa porta para o universo que Erice constrói e restitui - com um pé bem firmemente enterrado nos silêncios duma Castela vitimada pelo franquismo e outro pé atolado na infância nunca definitivamente silenciada, motivo permanente de inspiração e norte magnético da sua obra.

Victor Erice, Espanha, 1973, 97'

Programação: Associação "Os Filhos de Lumière"
ENTRADA GRATUITA

18 abril 2008

Tertulia sobre "Direito á Habitação"


Sábado, dia 19, na Casa Viva - Praça do Marques, 167 (bater no batente)
A partir das 22h, com fotos e videos.

APAREÇAM!!!

Apresentação de "Caravana" no Porto


19 de Abril, pelas 16h30
Livraria Gato Vadio (Rua do Rosário, 281) - Porto
Apresentação a cargo de Rui Lage com leitura de contos pelo autor

"Estamos tão habituados a sofrer ou a vergastar o absurdo do país, que nos esquecemos que há um absurdo maior, tão antigo quanto a humanidade e tão salutar quanto arreganhar os dentes à ordem do universo. Os micro-contos de Rui Manuel Amaral fazem-nos rir de uma forma metafísica e perfeitamente natural. Eis um autor que sabe que o absurdo é irmão gémeo da lógica do mundo, e não receia experimentar a sua companhia. Não há muitos em língua portuguesa. Devíamos tratá-lo como espécie protegida."
Luís Mourão


A Internet e a Geração ADSL

17 abril 2008

Gostar da Itália sem gostar de Berlusconi


Monica Bellucci

Este sábado, Bombardamos ?

Apresentação do "Livro de Jogos Interculturais e Cooperativos"


editado pelo Movimento SOS Racismo
FNAC CHIADO, 17 de Abril (5ªF) às 18h

com a presença de João Antunes (Co-autor do livro/ membro do Movimento SOS Racismo/ Universidade Fernando Pessoa) e Maria Manuela Ferreira (Universidade Aberta)

Este livro pretende ser um instrumento didáctico para educadores/ formadores apresentando um conjunto de estratégias de carácter lúdico que tem como finalidade a inserção de crianças e jovens.

"Sabemos hoje que o jogo liberta os afectos, estimula a cooperação e a imaginação, demonstrando ser um importante no aprofundamento das relações interpessoais, criando uma atmosfera favorável à construção de uma relação positiva, favorecendo a criação de um ambiente de respeito recíproco, gerando comportamentos de solidariedade, anulando quaisquer relações de poder."

16 abril 2008

Festa MayDay :: Precári@s à Solta


Ateneu Comercial de Lisboa,
Rua das Portas de Santo Antão (perto do Coliseu de Lisboa)
Sábado, 19 de Abril, 21h30


Festejar a revolta do precariado
Estarmos juntos para termos mais força
Saltar, dançar, cantar, beber, ouvir, conversar à solta
Trazer alegria para a luta
Acumular energias para o MayDay

:: Espectaculares concertos
:: Fantásticas performances
:: Inventivos workshops
:: Animad@s dj's

A entrada é uma moeda, mas ninguém fica à porta!

MayDay!! MayDay!!
O precariado rebela-se!!!

Pé na Terra - lançamento do primeiro álbum

18 de Abril
21:00
Cinema Passos Manuel - Porto


Os Pé na Terra resultam de um entrelaçado de ideias e desejos musicais que os membros do grupo transportam em si. Através de temas originais e da recolha e interpretação de temas tradicionais portugueses, este projecto procura adquirir uma sonoridade muito própria.

15 abril 2008

Itália: o regresso de Berlusconi ?


No âmbito dos encontros regulares realizados em parceria com o Instituto Franco-Português destinados a promover o debate sobre artigos do Le Monde diplomatique comuns à edição original francesa e à edição portuguesa, este mês propomos a discussão em torno do artigo de Rudi Ghedini «Difícil prova eleitoral para a Esquerda Arco-íris italiana»
da edição de Abril.
Em pleno processo eleitoral, subsiste ainda a dúvida se conseguirá ou não Sílvio Berlusconi aceder pela terceira vez à presidência do Conselho em Itália. Com os votos já contados no dia do debate, a necessária discussão sobre as alternativas na Europa reveste-se de enorme importância.

O debate contará com a presença de Goffredo Adinolfi, João de Almeida Santos e Miguel Portas e terá lugar na zona do bar do Instituto Franco-Português no dia 17 de Abril, quinta-feira, a partir das 21h30.

A entrada é livre. Participe!

SNS - QUE FUTURO?


16 ABRIL [4ªF] - 16:30
FACULDADE DE MEDICINA LISBOA
anfiteatro Marck Athias (ala central, 3º piso)


O SALTA - Saúde, Alternativa e Acção - convida-o para um debate, 4ª feira, 16 de Abril, acerca do Sistema Nacional de Saúde.
É imperativo discutir as últimas reformas no Sistema Nacional de Saúde, assim como o futuro reservado pelas últimas estratégias políticas.
Participarão no debate:
Dr. Correia da Cunha (director clínico Centro Hospitalar Lisboa Norte)
Prof. Isabel do Carmo (Directora Serviço Endocrinologia HSM)
Dr. Luís Pisco (Coordenador Unidades de Saúde Familiar, Presidente Associação Medicina Geral e Familiar)
Dr. Pilar Vicente (representante FNAM)

O debate terá como propósito a discussão das últimas mudanças no Sistema Nacional de Saúde e consequências que estas trarão, não só à comunidade hospitalar, mas também à população em geral.

14 abril 2008

O Vento lá fora....


O vento lá fora
vum...vum...vumm
As máquinas cá dentro
São vozes na minha cabeça
São vozes que não se calam
São ventos de todas as direcções
Ventos que sopram
O mundo lá fora
Eu sei que não vão parar
Eu sei que não vão calar
Agitam o Ar
Agitam o Mar
Agitam as árvores
que estendem os braços para o céu
Numa tentativa inútil de se manterem de pé
E eu cá dentro, já no chão
Prostrado pela força das máquinas
Silenciado pelo silêncio
E o vento...
O vento sempre lá fora

Escrito por Pedro Ferreira numa qualquer mesa de um qualquer café de uma qualquer cidade por acaso chamada Porto, ao lado a "dimensão oculta" a quem dedico o poema ;) na fotografia o chá segue a sua rota...

Feira do Cânhamo no Porto


1ª Mostra Internacional das aplicações e tecnologias alternativas.
Porto, Mercado Ferreira Borges
16,17 e 18 de Maio de 2008


Tema:
Mostra Internacional dedicada à agricultura biológica, ecologia, e aproveitamento de recursos naturais.
Apresentação de industrias, empresas, media, marcas e produtos nas vertentes industriais, ambientais e tecnológicas.

Objectivo :
A Feira do Cânhamo coloca o mercado nacional no mapa europeu atraindo assim até Portugal industrias, empresas e novas tecnologias no aproveitamento de recursos naturais. Pretendemos estimular a eco-industria, a agricultura biológica, e a consciência ecológica, bem como o desenvolvimento deste sector económico no nosso país.
A longo prazo temos como principal objectivo, transformar o espaço da feira numa plataforma comercial entre a Europa, a África e o Brasil.
Será apresentado um ciclo de conferencias temáticas sobre o aproveitamento de recursos naturais como o cânhamo na indústria têxtil, produção de biodiesel, construção civil e medicina entre outros. Estando já confirmada a presença de especialistas internacionais em diversas areas.
O evento contará ainda com a presença de artistas, músicos e performers.

Publico Alvo:
Empresas nacionais e internacionais especializadas que se movimentam neste sector e público em geral.

e a não perder a visita também ao: O Portal da Maria, é o site oficial da Revista da Maria, a magazine da Feira do Canhamo.


13 abril 2008

Eles lá e nós por cá...


O uso de cigarros puros de cannabis será isento das restrições anti fumo que passarão a vigorar na Holanda em três meses.
Segundo as regras, o fumo – hoje proibido em prédios e escritórios públicos – será proibido também em lugares como bares, cafés, restaurantes, clubes e teatros a partir de 1 de Julho.
Entretanto, cigarros de cannabis pura, hoje consumidos abertamente em locais públicos, ficarão de fora das regras.
Uma porta-voz do Ministério da Saúde Holandês explicou à BBC Brasil que a regra tem como alvo o consumo de tabaco. “Se o cigarro não contiver tabaco misturado com cannabis, automaticamente as regras passam a não se aplicar”,disse.
A permissão de fumar cannabis na Holanda vem de políticas liberais introduzidas nos anos 1970. Desde então, o uso e o comércio de cannabis movimenta mais de US$ 5 biliões por ano, de acordo com uma estimativa publicada no jornal The Daily Telegraph.
O ministro holandês da Saúde, Ab Klink, disse que o objectivo da lei anti tabaco não é combater a cannabis.
“Se quisermos modificar nossa política de tolerância em relação ao uso de drogas leves, agiremos directamente, e não através da proibição ao fumo”, declarou ao Parlamento durante a discussão da legislação, no ano passado.

12 abril 2008

Estas são as novas oportunidades !


Quanto às perguntas e aos desafios... ficaram todos sem um única resposta do Sr. Ministro ou do seu controlador de marionetas...

11 abril 2008

Incentivo ao insucesso escolar....!!!


O que pretende a JS com estes outdoors?
Já repararam que aquelas duas jovens recém desenvoltas e o rapazito de ar inverbe não colam com os slogans...ou será que ainda frequentam a creche. No meu tempo as miúdas do 1º ciclo não eram assim!
No fim para além da propaganda, vá um pouco estúpida, uma fotografia de um pequeno macho rodeado de dois belos exemplares, o que sobra? Será que ainda há mesmo que acredite nisto?

Venezuela: boa ou má educação !!!???



Hummm...um post assim recheado de referências do fim do século passado ;)

10 abril 2008

Maio já está nas bancas

A MGM Porto está de volta em 2008!


A Marcha Global da Marijuana é uma iniciativa que junta todos anos centenas de cidades um pouco por todo mundo pela legalização da cannabis. No ano passado o Porto juntou-se pela primeira vez à iniciativa, e no dia 5 de Maio de 2007 centenas de pessoas sairam à rua em defesa desta causa. Para 2008 a iniciativa encontra-se já em preparação, para que este ano a festa seja maior, e tenha maior impacto sobre a opinião pública, para que finalmente alguma coisa comece a mudar.

Site Oficial

Ciclo de cinema de terror - Quando um género é subvertido de sua função


Maria vai com as outras
Rua do Almada, 443 - Porto

12 de Abril, 22h30
Vargtimmen (Hour of the Wolf) - 1968 - Ingmar Bergman – (Suécia)


"O terror/horror é talvez o género cinematográfico mais estudado e documentado, mas também o mais marginalizado. Tanto por ignorância como pela fama que lhe tem sido atribuído. Desta forma inúmeras obras excepcionais permanecem escondidas do grande público.
E é possível que um filme de terror consiga provocar medo ao mesmo tempo ser aprazível? Sim e as obras escolhidas são um bom exemplo disso. Mas convém advertir que apesar do trabalho magnífico de imagem e até hipnótico, há momentos em que é preferível fechar os olhos…
O ciclo aqui proposto percorre países com cinematografias tão díspares entre si como as distâncias que os separam: Suécia, Itália, França, Reino Unido e Japão.
Começamos a nossa viagem pela Suécia, pelas mãos de um grande realizador que apesar de ser bem conhecido do público, este filme não o é, assim como as razões para tal…
Um artista (Max von Sydon) e a sua mulher (Liv Ullman) mudam-se para uma ilha onde esperam ter algum sossego e poder desenvolver o seu trabalho. Mas tal não acontece e vive atormentado por demónios do passado e com um medo terrível dormir à noite, a "hora do lobo"…"
Rui Baptista

09 abril 2008

Liberté, égalité, fraternité




A tocha dos Jogos Olímpicos de Pequim foi, na segunda-feira, apagada por causa das manifestações pró-Tibete, durante o percurso da chama pela capital francesa, poucos minutos depois de começar o périplo. As autoridades viram-se obrigadas a colocar a tocha no interior de um autocarro.
O incidente ocorreu na segunda paragem da tocha, a cerca de 200 metros da Torre Eiffel, num momento em que as autoridades afrouxaram o dispositivo de segurança. Vários militantes ecologistas e alguns elementos dos Repórteres Sem Fronteiras tentaram travar o percurso da chama, o que obrigou as autoridades a apagá-la e a colocá-la dentro de um autocarro.
"A tocha teve que ser apagada por causa de um problema técnico", indicou um polícia citado pela Reuters.
Um membro do Partido dos Verdes francês também foi impedido pela polícia, hoje cedo, de agarrar a tocha quando esta era transportada pelo atleta Stéphane Diagana.
Estima-se que possam ter estado envolvidas nas manifestações pró-Tibete e contra os Jogos de Pequim pelo menos 500 pessoas, a maioria das quais junto à Torre Eiffel. Os manifestantes exibiam cartazes onde se podia ler: "Boicote aos bens chineses" e "Salvem o Tibete".
Pelo menos quatro pessoas foram detidas até ao momento.

Jornadas pela Memória das Lutas pela Liberdade


Salvaguardar a memória da resistência à opressão do Estado Novo e valorizar a história das lutas pela liberdade e pela democracia são finalidades do Movimento Cívico "Não Apaguem a Memória!", cujo núcleo do Porto, no âmbito das comemorações do 25 de Abril, organiza, em conjunto com a Câmara Municipal de Matosinhos, as Jornadas pela Memória das Lutas pela Liberdade.

Sexta-feira, 11 de Abril de 2008

21.30 h - Abertura da sessão (Câmara Municipal de Matosinhos e Movimento "Não Apaguem a Memória!")
21.45 h - Comunicações: Drª Ana Sofia Ferreira – "A oposição portuense e a campanha de Humberto Delgado
Dr.Bruno Monteiro - " A Incorporação da Vocação Militante. Apontamentos sobre as lógicas da adesão e a geração de disposições políticas nas organizações operárias"
23.00 h – Debate

Sábado, 12 de Abril de 2008

15.30 h - Abertura da sessão (Câmara Municipal de Matos e Movimento "Não Apaguem a Memória!")
15.45 h - Comunicações: Prof.ª Doutora Irene Pimentel – "A PIDE/DGS"
Prof.ª Doutora Inácia Rezola – "Os Militares e a Revolução de Abril"
Prof. Doutor Manuel Loff – "Lembrar e não lembrar a ditadura salazarista no período democrático"
17.30 h - Debate

O Núcleo do Porto Movimento "Não Apaguem a Memória!"
maismemoriaporto@gmail.com
Site
Blogue

O Sonho de uma Noite de Verão no TUP


O Teatro Universitário do Porto apresenta
O Sonho de uma Noite de Verão
de William Shakespeare
de 9 a 14 de Abril, às 21.30
no TUP - Travessa de Cedofeita, 65

informações e reservas: 919 966 196 / tupporto@gmail.com


Prestes estão as bodas de Teseu e Hipólita, mas nem tudo vai bem na corte de Atenas: Hérmia recusa ceder ao pulso do pai e planeia a fuga com o seu bem-amado Lisandro; Demétrio, o noivo preterido, segue no seu encalço perseguido por Helena, que o ama apesar de sofrer persistentemente o seu desdém. Quando todos se perdem na floresta, os fulgores da desobediência, do amor e do ciúme ficam à mercê dos arrufos de Titânia e Oberon, reis das fadas desavindos. Os seus caprichos mandam, desmandam, dão o compasso ao latejar nocturno da floresta e reordenam a vida à superfície.

Ficha técnica
de: William Shakespeare
Tradução: Cândida Zamith
Encenação: Rosa Quiroga
Cenografia e figurinos: Carla Capela e Emanuel Santos
Desenho de Luz: Nuno Meira
Assistência de encenação: Diana Meireles
Apoio dramatúrgico: Constança Carvalho Homem
Apoio de movimento: Sónia Cunha
Banda sonora: Constança Carvalho Homem
Operação de Luz e Som: Rui Almeida
Interpretação: Amana Duarte, Bárbara Sá, Bruno Dias, Carla Capela, Daniel Viana, Emanuel Santos, Joana Martinho, Nuno Campos, Marco Barbosa, Sara Montalvão, Tiago Vouga
Produção: Inês Gregório e Constança Carvalho Homem

08 abril 2008

London calling....



Londres a dar o exemplo de como se deve fazer para mostrar ao Mundo e aos seus governantes a vergonha que serão os próximos Jogos Olímpicos, desvirtuados dos seus princípios numa China cada vez mais fechada, opressora e anti-direitos humanos.

Paris, França 68... falar disso


Maio de 1968. Em Paris anuncia-se o início de uma luta prolongada. Quatro décadas depois, este colóquio internacional reúne um conjunto de reputados intelectuais cujas investigações permitiram voltar a olhar para 1968 nas suas mais variadas dimensões. Levando o debate mais além das repetidas alusões ao cariz geracional e estudantil da revolta, mapeando 1968 para lá das fronteiras da França, o colóquio confronta a importância de 1968 na emergência de novas subjectividades políticas, analisa a dimensão de luta de classes que atravessa o período e discute a persistência de Maio'68 nos conflitos políticos contemporâneos.

Os coordenadores,
Bruno Peixe (NÚMENA)
Luís Trindade (IHC-UNL/U.Birkbeck)
José Neves (ICS-UL)
Ricardo Noronha (IHC-UNL)

PROGRAMA


11 DE ABRIL
9h30
Sessão de Abertura

10h | Maio no Mundo
Fernando Rosas
Teses sobre a geração dos anos 60 em Portugal e a questão da hegemonia
Gerd-Rainer Horn
Um conto das duas europas
Manuel Villaverde Cabral
Maio de '68 como revolução cultural

14h30 | Ideias de Maio
Anselm Jappe
Maio de 68, do «assalto aos céus» ao capitalismo em rede. O papel dos situacionistas
Daniel Bensaid
Como será possível pensar que se possa quebrar o ciclo vicioso (da dominação)
Judith Revel
1968, o fim do intelectual sartriano

12 DE ABRIL
10h | Maio em Movimento
Maud Bracker
Participação, encontro, memória: os imigrantes e o Maio de 68
João Bernardo
Estudantes ou trabalhadores?
Franco Berardi (Bifo)
68 e a génese do cognitariado

14h30 | O Outro Movimento Operário
Xavier Vigna
As greves operárias em França em 1968
Yann Moulier Boutang
Maio de 68, herança por reclamar na divisão de perdidos e achados da História
John Holloway
1968 e a crise do trabalho abstracto

18h | 1968 - 2008
Bruno Bosteels
A revolução da vergonha
François Cusset
Os embalsamadores e os coveiros

07 abril 2008

Festival Intercéltico do Porto

Publicidade com um sentido de oportunidade tipo: cada tiro cada melro



O som da noite bem podia ser musicado desta forma...


A noite passada acordei com o teu beijo
descias o Douro e eu fui esperar-te ao Tejo
vinhas numa barca que não vi passar
corri pela margem até à beira do mar
até que te vi num castelo de areia
cantavas "sou gaivota e fui sereia"
ri-me de ti "então porque não voas?"
e então tu olhaste
depois sorriste
abriste a janela e voaste

A noite passada fui passear no mar
a viola irmã cuidou de me arrastar
chegado ao mar alto abriu-se em dois o mundo
olhei para baixo dormias lá no fundo
faltou-me o pé senti que me afundava
por entre as algas teu cabelo boiava
a lua cheia escureceu nas águas
e então falámos
e então dissemos
aqui vivemos muitos anos

A noite passada um paredão ruiu
pela fresta aberta o meu peito fugiu
estavas do outro lado a tricotar janelas
vias-me em segredo ao debruçar-te nelas
cheguei-me a ti disse baixinho "olá",
toquei-te no ombro e a marca ficou lá
o sol inteiro caiu entre os montes
e então olhaste
depois sorriste
disseste "ainda bem que voltaste"

A Noite Passada de Sérgio Godinho

06 abril 2008

Campeão... Tricampeão


O F.C. Porto é campeão. Tricampeão. A cinco jornadas do fim, com larga vantagem, sem margem para dúvidas. O Dragão voltou a ser o melhor, fortaleceu um estatuto com mais de duas décadas, mostrou argumentos inigualáveis, encantou os seus adeptos, espalhou o seu fogo. A temporada 2007/08 ficará para sempre pintada de azul e branco. A vitória sobre o Estrela da Amadora foi estrondosa, seis golos sem resposta!

05 abril 2008

Bom spot da campanha brasileira da ABIA


Porque podemos ser felizes toda a vida !

04 abril 2008

"Caravana". Já nas livrarias e na estrada.


"Caravana" é um livro de Rui Manuel Amaral e uma edição Angelus Novus.

Descubra-o aqui.
Veja um trailer aqui.
Peça-o ao balcão da sua livraria.
"Caravana" está na estrada.


Apresentações públicas de "Caravana" com leitura de contos.

Porto, 19 de Abril, 16h30.
Livraria Gato Vadio
(Rua do Rosário, 281)
Apresentação do livro a cargo de Rui Lage com leitura de contos pelo autor.

Lisboa, 3 de Maio, 16h30.
Fnac do Chiado
(Rua do Carmo, 2 - Armazéns do Chiado)
Apresentação do livro a cargo de Fernando Alvim com leitura de contos pelo autor.

Braga, 17 de Maio, 18h00.
Livraria Centésima Página
(Av. Central, 118-120)
Apresentação do livro a cargo de Luís Mourão com leitura de contos pelo autor.

Lançamentos ao domicílio
Conheça as histórias de "Caravana" sem sair de casa. Reúna alguns amigos e convide o autor para uma apresentação pessoal do livro em sua casa com leitura de contos. Envie um mail para ruiamaral.aguasfurtadas@gmail.com.

O homem do sonho - Martin Luther King foi assassinado há 40 anos

Martin Luther King foi um destacado lutador pelos direitos civis nos Estados Unidos nos anos 60. Em 1964 recebeu o Prémio Nobel da Paz. Nascido em 15 de Janeiro de 1929, Martin Luther King foi assassinado a 4 de Abril de 1968 na cidade de Memphis, nos Estados Unidos.
A 20 de Agosto de 1963, encabeçando uma manifestação com mais de 200.000 pessoas, Martin Luther King pronunciou o seu célebre discurso "I have a dream" ("Eu tenho um sonho"), que aqui publicamos.


Martin Luther King, Discurso proferido nos degraus do Lincoln Memorial, em Washington, a 28 de Agosto de 1963

"Estou contente por juntar-me a vós hoje, o dia que entrará para a história como o da maior manifestação pela liberdade na história da nossa nação.
Há cem anos, um grande americano, sob cuja sombra simbólica nos encontramos, assinava a Proclamação da Emancipação. Esse decreto fundamental foi como um raio de luz de esperança para milhões de escravos negros que tinham sido marcados a ferro nas chamas de uma vergonhosa injustiça. Veio como uma aurora feliz para terminar a longa noite do cativeiro. Mas, cem anos mais tarde, devemos enfrentar a realidade trágica de que o Negro ainda não é livre.
Cem anos mais tarde, a vida do Negro é ainda lamentavelmente dilacerada pelas algemas da segregação e pelas correntes da discriminação. Cem anos mais tarde, o Negro continua a viver numa ilha isolada de pobreza, no meio de um vasto oceano de prosperidade material. Cem anos mais tarde, o Negro ainda definha nas margens da sociedade americana, estando exilado na sua própria terra.
Por isso, encontramo-nos aqui hoje para dramaticamente mostrarmos esta extraordinária condição. Num certo sentido, viemos à capital do nosso país para descontar um cheque. Quando os arquitectos da nossa república escreveram as magníficas palavras da Constituição e da Declaração de independência, estavam a assinar uma promissória de que cada cidadão americano se tornaria herdeiro.
Este documento era uma promessa de que todos os homens veriam garantidos os direitos inalienáveis à vida, à liberdade e à procura da felicidade. É óbvio que a América ainda hoje não pagou tal promissória no que concerne aos seus cidadãos de cor. Em vez de honrar este compromisso sagrado, a América deu ao Negro um cheque sem cobertura; um cheque que foi devolvido com a seguinte inscrição: "saldo insuficiente". Porém nós recusamo-nos a aceitar a ideia de que o banco da justiça esteja falido. Recusamo-nos a acreditar que não exista dinheiro suficiente nos grandes cofres de oportunidades deste país.
Por isso viemos aqui cobrar este cheque - um cheque que nos dará quando o recebermos as riquezas da liberdade e a segurança da justiça. Também viemos a este lugar sagrado para lembrar à América da clara urgência do agora. Não é o momento de se dedicar à luxúria do adiamento, nem para se tomar a pílula tranquilizante do gradualismo. Agora é tempo de tornar reais as promessas da Democracia. Agora é o tempo de sairmos do vale escuro e desolado da segregação para o iluminado caminho da justiça racial. Agora é tempo de abrir as portas da oportunidade para todos os filhos de Deus. Agora é tempo para retirar o nosso país das areias movediças da injustiça racial para a rocha sólida da fraternidade.
Seria fatal para a nação não levar a sério a urgência do momento e subestimar a determinação do Negro. Este sufocante Verão do legítimo descontentamento do Negro não passará até que chegue o revigorante Outono da liberdade e igualdade. 1963 não é um fim, mas um começo. Aqueles que crêem que o Negro precisava só de desabafar, e que a partir de agora ficará sossegado, irão acordar sobressaltados se o País regressar à sua vida de sempre. Não haverá tranquilidade nem descanso na América até que o Negro tenha garantido todos os seus direitos de cidadania.
Os turbilhões da revolta continuarão a sacudir as fundações do nosso País até que desponte o luminoso dia da justiça. Existe algo, porém, que devo dizer ao meu povo que se encontra no caloroso limiar que conduz ao palácio da justiça. No percurso de ganharmos o nosso legítimo lugar não devemos ser culpados de actos errados. Não tentemos satisfazer a sede de liberdade bebendo da taça da amargura e do ódio.
Temos de conduzir a nossa luta sempre no nível elevado da dignidade e disciplina. Não devemos deixar que o nosso protesto realizado de uma forma criativa degenere na violência física. Teremos de nos erguer uma e outra vez às alturas majestosas para enfrentar a força física com a força da consciência.
Esta maravilhosa nova militância que envolveu a comunidade negra não nos deve levar a desconfiar de todas as pessoas brancas, pois muitos dos nossos irmãos brancos, como é claro pela sua presença aqui, hoje, estão conscientes de que os seus destinos estão ligados ao nosso destino, e que a sua liberdade está intrinsecamente ligada à nossa liberdade.
Não podemos caminhar sozinhos. À medida que caminhamos, devemos assumir o compromisso de marcharmos em frente. Não podemos retroceder. Há quem pergunte aos defensores dos direitos civis: "Quando é que ficarão satisfeitos?" Não estaremos satisfeitos enquanto o Negro for vítima dos incontáveis horrores da brutalidade policial. Não poderemos estar satisfeitos enquanto os nossos corpos, cansados das fadigas da viagem, não conseguirem ter acesso a um lugar de descanso nos motéis das estradas e nos hotéis das cidades. Não poderemos estar satisfeitos enquanto a mobilidade fundamental do Negro for passar de um gueto pequeno para um maior. Nunca poderemos estar satisfeitos enquanto um Negro no Mississipi não pode votar e um Negro em Nova Iorque achar que não há nada pelo qual valha a pena votar. Não, não, não estamos satisfeitos, e só ficaremos satisfeitos quando a justiça correr como a água e a rectidão como uma poderosa corrente.
Sei muito bem que alguns de vocês chegaram aqui após muitas dificuldades e tribulações. Alguns de vocês saíram recentemente de pequenas celas de prisão. Alguns de vocês vieram de áreas onde a vossa procura da liberdade vos deixou marcas provocadas pelas tempestades da perseguição e sofrimentos provocados pelos ventos da brutalidade policial. Vocês são veteranos do sofrimento criativo. Continuem a trabalhar com a fé de que um sofrimento injusto é redentor.
Voltem para o Mississipi, voltem para o Alabama, voltem para a Carolina do Sul, voltem para a Geórgia, voltem para a Luisiana, voltem para as bairros de lata e para os guetos das nossas modernas cidades, sabendo que, de alguma forma, esta situação pode e será alterada. Não nos embrenhemos no vale do desespero.
Digo-lhes, hoje, meus amigos, que apesar das dificuldades e frustrações do momento, ainda tenho um sonho. É um sonho profundamente enraizado no sonho americano.
Tenho um sonho que um dia esta nação levantar-se-á e viverá o verdadeiro significado da sua crença: "Consideramos estas verdades como evidentes por si mesmas, que todos os homens são criados iguais".
Tenho um sonho que um dia nas montanhas rubras da Geórgia os filhos de antigos escravos e os filhos de antigos proprietários de escravos poderão sentar-se à mesa da fraternidade.
Tenho um sonho que um dia o estado do Mississipi, um estado deserto, sufocado pelo calor da injustiça e da opressão, será transformado num oásis de liberdade e justiça.
Tenho um sonho que meus quatro pequenos filhos viverão um dia numa nação onde não serão julgados pela cor da sua pele, mas pela qualidade do seu carácter.
Tenho um sonho, hoje.
Tenho um sonho que um dia o estado de Alabama, com os seus racistas malignos, cujos lábios do governador actualmente pronunciam palavras de recusa, seja transformado numa condição onde pequenos rapazes negros, e raparigas negras, possam dar-se as mãos com outros pequenos rapazes brancos, e raparigas brancas, caminhando juntos, lado a lado, como irmãos e irmãs.
Tenho um sonho, hoje.
Tenho um sonho que um dia todo os vales serão elevados, todas as montanhas e encostas serão niveladas, os lugares ásperos serão polidos, e os lugares tortuosos serão endireitados, e a glória do Senhor será revelada, e todos os seres a verão, conjuntamente.
Esta é nossa esperança. Esta é a fé com a qual regresso ao Sul. Com esta fé seremos capazes de retirar da montanha do desespero uma pedra de esperança. Com esta fé poderemos transformar as dissonantes discórdias de nossa nação numa bonita e harmoniosa sinfonia de fraternidade. Com esta fé poderemos trabalhar juntos, rezar juntos, lutar juntos, ir para a prisão juntos, ficarmos juntos em posição de sentido pela liberdade, sabendo que um dia seremos livres.
Esse será o dia quando todos os filhos de Deus poderão cantar com um novo significado: "O meu país é teu, doce terra de liberdade, de ti eu canto. Terra onde morreram os meus pais, terra do orgulho dos peregrinos, que de cada localidade ressoe a liberdade".
E se a América quiser ser uma grande nação isto tem que se tornar realidade. Que a liberdade ressoe então dos prodigiosos cabeços do Novo Hampshire. Que a liberdade ressoe das poderosas montanhas de Nova Iorque. Que a liberdade ressoe dos elevados Alleghenies da Pensilvania!
Que a liberdade ressoe dos cumes cobertos de neve das montanhas Rochosas do Colorado!
Que a liberdade ressoe dos picos curvos da Califórnia!
Mas não só isso; que a liberdade ressoe da Montanha de Pedra da Geórgia!
Que a liberdade ressoe da Montanha Lookout do Tennessee!
Que a liberdade ressoe de cada Montanha e de cada pequena elevação do Mississipi.
Que de cada localidade, a liberdade ressoe.
Quando permitirmos que a liberdade ressoe, quando a deixarmos ressoar de cada vila e cada aldeia, de cada estado e de cada cidade, seremos capazes de apressar o dia em que todos os filhos de Deus, negros e brancos, judeus e gentios, protestantes e católicos, poderão dar-se as mãos e cantar as palavras da antiga canção negra:

"Liberdade finalmente! Liberdade finalmente! Louvado seja Deus, Todo Poderoso, estamos livres, finalmente!""

FONTE:Esquerda.Net