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29 fevereiro 2008

Tenho um blogue em papel....


Tenho um blogue em papel chama-se diário.
Tenho um papel que serve para escrever o que se passa e se passou, o que nele escrevo chama-se história. Tenho um livro fechado a sete chaves... não gosto que leiam o que escrevo.
Tenho um livro que está morto! - porque ninguém o lê...
Nesse livro que ninguém lê estão histórias.
Fez-se a noite, e nela se adivinhava que tudo iria desmoronar, e assim se realizou… No auge, solta-se aquele bafo pasmaceado de mais um momento inglório e volta tudo ao silêncio.
Amanhã só restam os clichés... o da vida que é o maior de todos e o do amor que se repete sem se aperceber da sua imensa banalidade.

anarquista_duvall dixit

Porque esta semana é do cinema... há coisas fantásticas para além do fantástico !

“Madame Tutli-Putli”.
A curta metragem, com cerca de 17 minutos, é o primeiro stop motion profissional dirigido por Chris Lavis e Maciek Szczerbowski, esteve no Cinanima 2007 onde foi premiada com o Grande Prémio CINANIMA 2007 em ex-aequo com o The Pearce Sisters de Luis Cook.
É uma curta para se ver diversas vezes, tomando o cuidado de entrar no universo proposto, prestando atenção ora nos maravilhosos cenários, figurinos e produção, ora na banda sonora e nos efeitos que acompanham a edição. Os personagens também são um detalhe à parte, com olhos humanos, os criadores conseguiram entregar a sensibilidade necessária à curta. As técnicas de animação simulam com perfeição a realidade, incrível! Gostei especialmente da colocação de olhos reais sobre os personagens construídos. Acrescentou bastante a todo o ambiente. Os cenários são fantásticos, verifiquem todas as diferentes bagagens, roupas, acessórios, e todas as coisas enfiadas no comboio. Verifiquem como os personagens foram desenvolvidos, como as suas expressões são realmente intencionais. Depois verifiquem a edição, com nota especial para a forma como os efeitos sonores (e a música) estão misturados com a composição visual. Apesar disso, não é um filme para todos os gostos, disse a critica...

Aqui fica em duas partes:



...e o making of:

28 fevereiro 2008

This Is Not A Love Song...



a sair do baú com toda a força:
This Is Not A Love Song dos PIL (Public Image Ltd) e a versão dos Nouvelle Vague:

GORAN BREGOVIC & WEDDING AND FUNERAL BAND


SÁB 01 MARÇO | 22H00
Centro Cultural Vila Flor - Guimarães


Num concerto único em Portugal, Goran Bregovic sobe ao palco do Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães, acompanhado da sua Wedding and Funeral Band, uma banda festiva com uma energia contagiante que dificilmente deixará o público ficar muito tempo sentado!
Autor das bandas sonoras dos filmes "Arizona Dream", "O Tempo dos Ciganos" e "Underground", de Emir Kusturica, Goran Bregovic abrange desde a música cigana às harmonias vocais da Bulgária, do folclore croata e da música religiosa sérvia, até aos sons do rock e jazz.

Clique para ouvir o tema Kalashnjikov do Goran Bregovic

27 fevereiro 2008

Pelo título podia ser Portugal... No Country for Old Men



...onde os reformados são obrigados a viver sem condições de assistência e com pensões miseráveis...

mas não...!!! É o filme que recebeu os oscares para melhor realizador e melhor filme. Irmãos Coen, os realizadores de “Sangue por Sangue” e “Fargo”, apresentam um thriller de cortar a respiração e cheio de ironia, baseado num romance de Cormac McCarthy, vencedor de um prémio Pulitzer. O elenco é de luxo e inclui Tommy Lee Jones (“O Fugitivo” e “Homens de Negro”), Josh Brolin (“Planeta Terror”), Javier Bardem (“Saltos Altos” e “Mar Adentro”) e Woody Harrelson (“Assassinos Natos”), entre outros.
“No Country for Old Men” com o nome em português “Este país não é para Velhos” já ganhou mais de três dezenas de prémios em festivais internacionais de cinema e leva-nos aos Estados Unidos da América do início dos anos 80. Um não muito esperto caçador, Llewelyn Moss (Josh Brolin), encontra no deserto do Texas uma carrinha cheia de droga e rodeada por cadáveres. Além da heroína, Moss encontra, também, dois milhões de dólares no banco de trás da pick-up. Quando o caçador rouba o dinheiro, desencadeia uma catastrófica rede de violência que nem o xerife Bell, um velho e desiludido homem (Tommy Lee Jones), consegue conter. Moss vai ter de fugir dos traficantes de droga que querem o dinheiro de volta, mas sobretudo de um misterioso e inteligente assassino Anton Chigurh (o magnífico e aqui irreconhecível Javier Bardem), um homem sem sentido de humor e piedade.
Foi o filme que abriu o Fantasporto deste ano, na passada segunda-feira.

Encontros do Olhar com Ana Paula Carvalho


Dia 28 de Fevereiro de 2008, às 21h30, no IPF-Porto
Entrada gratuita


Ana Paula Carvalho cresceu em África e estudou fotografia em Washington DC. Desde 1989 vive em Lisboa, cidade natal, onde colabora com revistas americanas, espanholas, francesas e belgas de arquitectura, decoração, viagens e gastronomia, como a AD Espanha, Villas, Elle Deco, Icon, Coté Sud, Condé Nast, Máxima Interiores. Fotografa habitualmente projectos de Vincent Van Duysen, Ysay Weinfeld, Marcio Kogan, Oscar Niemeyer e muitos outros arquitectos.
O seu trabalho leva-a a viajar pelo mundo, fazendo de sua máxima a de Vinicius de Moraes “A vida é a arte do encontro”. Dividida entre a cultura nova-iorquina e a sua paixão pelos Açores.

26 fevereiro 2008

Professores Revoltados em movimento contra o governo


Os portugueses confiam nos professores. Esta é a profissão mais credível em Portugal, de acordo com uma sondagem mundial efectuada pela Gallup para o Fórum Económico Mundial (WEF).
Os professores merecem a confiança de 42 por cento dos portugueses, muito acima dos 24 por cento que confiam nos líderes militares e da polícia, dos 20 por cento que dão a sua confiança aos jornalistas e dos 18 por cento que acreditam nos líderes religiosos.
Os políticos são os que menos têm a confiança dos portugueses, com apenas 7 por cento.
Relativamente à questão de quais as profissões a que dariam mais poder no seu país, os portugueses privilegiaram os professores (32 por cento), os intelectuais (28 por cento) e os dirigentes militares e policiais (21 por cento), surgindo em último lugar, com 6 por cento, as estrelas desportivas ou de cinema.
A confiança dos portugueses por profissões não se afasta dos resultados médios para a Europa Ocidental, onde 44 por cento dos inquiridos confiam nos professores, seguindo-se tal como em Portugal os líderes militares e policiais, com 26 por cento.
Os advogados, que em Portugal apenas têm a confiança de 14 por cento dos inquiridos, vêm em terceiro lugar na Europa Ocidental, com um quarto dos europeus a darem-lhes a sua confiança, seguindo-se os jornalistas, que são confiáveis para 20 por cento.
Em ultimo lugar na confiança voltam a estar os políticos, com 10 por cento.

O Movimento Professores Revoltados conta já com MILHARES DE APOIANTES e seguidores.
Estamos a ganhar uma força e uma responsabilidade que não imaginávamos ser possível pois a nossa classe sempre se considerou desunida. Mas...

DESTA VEZ ESTAMOS UNIDOS!


REENVIEM para TOD@S os vossos contactos de professores os endereços do E-MAIL movimentoprofessoresrevoltados@gmail.com) e do BLOG http://movimentoprofessoresrevoltados.blogspot.com) com o propósito de mobilizar TODO O CORPO DOCENTE para as iniciativas que nos propomos desenvolver.

@s precári@s não se calam! Ciclo de Debates contra a precariedade


Na próxima 5a feira, dia 28 de Fevereiro às 16h30m, há já um primeiro debate sobre precariedade no trabalho na Escola Superior de Comunicação Social.

@s PrecárI@s INflexíveis promovem, ou participam na promoção, de um ciclo de debates sobre precariedade. Estão já programados debates nas seguintes escolas:
Faculdade de Medicina de Lisboa
Faculdade de Letras de Lisboa
Faculdade de Arquitectura de Lisboa
...outros se seguirão.

O primeiro, é já na Escola Superior de Comunicação Social e os oradores são:

Jorge Veríssimo, Coordenador do Gabinete de Estágios da Escola Superior de Comunicação Social
Jorge Wemans, Director da RTP2
Diana Andringa, Jornalista
Bruno Cabral, da plataforma de Intermitentes do Espectáculo e Audiovisual
Pedro Rodrigues, Jornalista e Precário INflexível

O precariado está a acordar por aqui!

25 fevereiro 2008

Começa amanhã no Porto - Fantasporto 2008


Fantasporto 2008 spot for tv and movie theaters from j. dorminsky on Vimeo.


25 de Fevereiro a 9 de Março de 2008
RIVOLI - TEATRO MUNICIPAL
PORTO

OS NÚMEROS DO FANTASPORTO 2008

38 PAÍSES REPRESENTADOS
Europa representada por 22 países
Resto do Mundo representado por 16 países
Portugal com 87 filmes em exibição
13 ÉCRANS
8 CIDADES ENVOLVIDAS
3.100 LUGARES POR SESSÃO
527 SESSÕES
64 FILMES EM COMPETIÇÃO
359 FILMES A EXIBIR
251 Longas Metragens
108 Curtas Metragens
COLABORAÇÕES:
11 Distribuidoras portuguesas
3 Distribuidoras espanholas
320 Produtoras
650 CONVIDADOS
300 JORNALISTAS
250 PESSOAS PARTICIPAM NA PRODUÇÃO DO FANTAS

FANTASPORTO
Evento de Manifesto Interesse Cultural (Ministério da Cultura)
Evento Imagem de Portugal no Estrangeiro (Instituto de Turismo)
Medalha Grau Ouro da Câmara Municipal do Porto
Medalha Grau Ouro da Câmara Municipal de Gaia.
Evento considerado um dos 25 maiores festivais do Mundo, segundo a Variety

mais infos no site oficial

Anda um novo vírus à solta na internet !


Foi lançada na tarde de sábado a revista Vírus, que se publica exclusivamente na internet. A revista é dirigida por João Teixeira Lopes, que a apresentou como uma "ferramenta para o combate de ideias, aberta aos novos meios de expressão". Veja aqui o site da revista e leia o primeiro número.

Aqui fica um excerto do Editorial de João Teixeira Lopes:
Dir-se-á, provavelmente com algum facilitismo, que uma revista on-line é um indício de moda, uma espécie de cavalgada na espuma dos dias, um caminho fácil para a citação. Poderia objectar dizendo que é apenas o ar que se respira.
Na verdade, esta revista fará a transacção constante entre o que se passa «lá fora» (no mundo dito «real») e o cá dentro (o universo apelidado de «virtual»). É impossível ignorar este trânsito, já que ele constitui, no capitalismo tardio, um dos traços da sua estruturação. Aliás, os mais recentes estudos sobre as constelações «virtuais» sublinham a ideia de uma dupla hermenêutica: não só a Web prolonga, em muitos casos, situações, redes e conteúdos da «vida real» como, em acréscimo, lhes fornece matéria-prima que alimenta, por sua vez, os quotidianos e as vivências, numa espiral fecunda. Poderíamos apenas enfatizar este ponto: toda e qualquer experiência é real, material e contextualizada dentro de limites objectivos. Na Web ou fora dela.
De igual modo, não acreditamos nem no determinismo tecnológico, nem na neutralidade dos dispositivos. Dito de outro modo, importa apropriarmo-nos, de acordo com as nossas assumidas orientações ideológico-discursivas, tanto do meio como dos conteúdos, sendo que o meio – o dispositivo tecnológico – é já conteúdo. Além do mais, política é comunicação e interacção – face a face ou desterritorializada. Os combates culturais e ideológicos fazem-se em todos os terrenos onde há investimentos simbólicos e materiais. A luta pela hegemonia requer novas formas de «jogar o jogo», mesmo que, no final, a existir final, consigamos mudar as regras, sem as viciar. Não prescindimos de nenhum combate –onde quer que ele se realize. E não prescindimos, igualmente, de combater com as nossas melhores armas: as ideias. Não esperem, pois, uma revista preguiçosa.


24 fevereiro 2008

Gisberta é recordada como uma mulher belíssima, cordial e dóci


Com uma acção pública no Porto e a participação numa audiência na Assembleia da República , o movimento Panteras Rosa - Frente de Combate à LesBiGayTransfobia assinalou, 22 de Fevereiro, o segundo aniversário do assassinato da transexual Gisberta , torturada e lançada a um poço por um grupo de rapazes no Porto, em 2006, dos quais um se encontra em julgamento.
No Porto, as Panteras Rosa realizaram pelas 19:45h, uma acção pública de OCUPAÇÃO CÍVICA do edifício no Campo 24 de Agosto em cujo interior foi encontrado o corpo de Gisberta no dia 22 de Fevereiro de 2006. Uma acção também de ocupação artística, com a colaboração de performers e actores/actrizes da cidade.
Em Lisboa, o movimento foi ouvido, com outros/as associações e activistas, numa audiência parlamentar sobre a realidade, a discriminação e o não-reconhecimento de protecção e direitos às pessoas transexuais ou transgéneros , a convite do Bloco de Esquerda, cuja nota de imprensa divulgamos, por se tratar da primeira consequência política palpável deste crime ocorrido há dois anos: pela primeira vez, um grupo de activistas trans é convidado a exprimir-se no Parlamento, num País que continua a não ter legislação/enquadramento legal deste grupo social nem assume ainda a necessidade de reconhecimento e protecção do direito à identidade de género.

22 fevereiro 2008

Euskal Herria

It's the end of the world as we know it....

Parabéns ! Isto é que se chama dar um salto em frente... e bem grande !


Naide Gomes bateu hoje, nos mundiais de atletismo de pista coberta, em Estocolmo, a marca nacional de salto em comprimento, com 6.93 metros.

O feminismo português ficou hoje mais pobre...


Madalena Barbosa foi fundadora, em 1974, do Movimento da Libertação das Mulheres, a primeira associação feminista em Portugal. Foi também das primeiras mulheres a empenhar-se activa e publicamente na luta pela despenalização do aborto e fez parte da Mesa Nacional do Bloco de Esquerda. Hoje, sexta-feira às 16h, parte o seu corpo da casa mortuária Santa Joana (Av. EUA) para o cemitério do Alto de São João, onde será cremado pelas 23h. Também no mesmo dia, às 18h, é-lhe prestada homenagem no lançamento do seu livro - Que força é essa - na Fábrica de Braço de Prata, Poço do Bispo.

21 fevereiro 2008

Luxemburgo será terceiro país da União Europeia a despenalizar eutanásia


Os deputados luxemburgueses adoptaram ao final da tarde de ontem uma proposta de lei que irá despenalizar a eutanásia, tornando-se assim no terceiro país da União Europeia a não sancionar os médicos que ponham fim à vida de um doente terminal que o solicite.
O texto foi aprovado, numa primeira volta, por uma curta maioria de 30 dos 59 deputados que integram o Parlamento do Luxemburgo. Todos os eleitos pelo Partido Cristão Social (CSV), do primeiro-ministro Jean-Claude Juncker, à excepção de um, votaram contra a proposta.
Assim, o texto só pôde passar graças à mobilização dos deputados socialistas da maioria governamental, dos membros da oposição liberal e dos Verdes. Perante os resultados, os conservadores do CSV manifestaram ter medo que houvesse uma "banalização da eutanásia".
A proposta foi introduzida pela primeira vez em 2001 e suscitou inúmeros debates que envolveram toda a população, na sua maioria muito ligada aos valores do catolicismo.
Para além do Luxemburgo, os Países Baixos e a Bélgica já despenalizaram a eutanásia.

FONTE:AFP

ANIMAÇÃO NO BOLHÃO!


SÁBADO 23 DE FEVEREIRO 10H- 13H

INTERVENÇÃO ARTISTICA/ MUSICAL DE RUA –NO MERCADO DO BOLHÃO
ACÇÃO DE SOLIDARIEDADE PARA COM PATRIMONIO E COMERCIANTES


Vamos recriar um espaço com diferentes formas de arte, cativando mais gente ao Mercado, alertando à sociedade em geral, que o Bolhão está Vivo e não necessita de ser tornado num shopping, semelhante a tantos outros na cidade!

Venha ouvir OS SONS NO BOLHÃO!

Concertos voluntários de jovens artistas do "Círculo do Fogo" e "Os Galegos", entre outros.

APARECE E DIVULGA!

20 fevereiro 2008

Museu Virtual de Aristides Sousa Mendes


O museu virtual Aristides Sousa Mendes foi inaugurado pelo presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, assinalando os 20 anos da decisão de reabilitação do diplomata pelo Parlamento.
No museu será possível aceder a documentos, fotografias e filmes inéditos sobre a vida do cônsul de Portugal em Bordéus, que em 1940, numa França ocupada pelos nazis, assinou milhares de vistos permitindo a fuga de refugiados ao regime de Hitler. Destituído do cargo por Oliveira Salazar por ter desobedecido a ordens e "desonrado" Portugal, Sousa Mendes morreu na miséria em 1954. O museu, uma iniciativa da Direcção-Geral das Artes, está dividido em três corredores virtuais: um sobre a Segunda Grande Guerra, outro sobre a fuga ao regime nazi e outro sobre a liberdade, com imagens da chegada e partida de Portugal de muitos refugiados.

Para visitar, clique aqui -> Museu Virtual de Aristides Sousa Mendes

O ESTADO DAS COISAS - PORTUGAL: SIM OU NÃO?


21 FEV 2008
22h00-23h30
AUDITÓRIO DE SERRALVES
com Adriano Moreira e Rui Moreira
Moderador: Fátima Campos Ferreira

Um profundo cepticismo parece atravessar a nossa sociedade. Os luso-cépticos pululam, aparecem, expressam-se, têm cada vez mais tempo de antena. Parece que a dúvida nunca foi tão grande como agora. Dizem-nos que nunca estivemos tão mal. Mas por outro lado aparecem os douradores da pílula que se queixam dos velhos do Restelo: o país está bem e recomenda-se, e se não está tão bem assim, a culpa é da conjuntura. Mas afinal qual é o Estado das Coisas, no meio deste Prós e Contras em que se transformou a vida nacional?

HASTA LA MUERTE... é coisa que já não vai ser !


o fim da história tal como a conhecemos... e depois a outra História dirá o que vem daí !

19 fevereiro 2008

Não Te Prives... de lutar contra


Clica na imagem para fazer download do panfleto em pdf

ENCONTROS ALCULTUR GUIMARÃES 2008


QUA 20 A SÁB 23 FEV
Centro Cultural Vila Flor - Guimarães


O Centro Cultural Vila Flor acolhe a 4ª edição dos Encontros AlCultur, numa organização conjunta com a CultIdeias. Os Encontros AlCultur são um espaço e um tempo para encontros de diferentes pessoas, projectos e organizações da (e de) cultura, potenciador de reflexão e debate, de partilha de experiências e boas práticas. Os Encontros AlCultur Guimarães 2008 têm como tema estruturante “Cultura, Emprego e Economia” e organizam-se em duas sessões plenárias e cinco sessões temáticas, duas conferências e duas reuniões paralelas de âmbito nacional: uma de autarcas com pelouros da cultura e outra de directores de teatros.
Paralelamente ao programa dos Encontros, o primeiro piso do parque de estacionamento do CCVF vai acolher a ExpoCultura, um projecto de apoio ao desenvolvimento, qualificação e modernização da economia da cultura, assumindo-se como espaço de interacção e intercâmbio entre os agentes culturais, os criadores e artistas e os agentes económicos.
Ao longo dos quatros dias de realização dos Encontros AlCultur e da ExpoCultura, o Centro Cultural Vila Flor vai ser ainda palco para a apresentação de cerca de 30 espectáculos. O Centro Histórico de Guimarães e a Biblioteca Municipal Raul Brandão também vão acolher algumas das iniciativas. Os espectáculos são de acesso livre num verdadeiro convite à participação da cidade.

18 fevereiro 2008

Nanook from the North - de Gaia mais propriamente...


Na mitologia Inuit, Nanook é o mestre dos ursos, o que significa que ele decide se os caçadores seguíram todos os preceitos e se merecem sucesso caçando ursos. Para os cinéfilos um filme documental de referência Nanook of the North.
Também no Norte, mas de Portugal, por Vila Nova de Gaia uma banda... prometida ao sucesso...

Influenciados pelas sonoridades rock mais antigas, bebem nos clássicos muitos dos seus samples... não caem em grandes lugares comuns e a sonoridade semelhante a uma espécie de Nouvelle Vague portugueses destaca-se e vale a pena pela originalidade que conseguem introduzir nesta mescla de influências. Uma lufada de ar fresco no panoramo musical cá do burgo e arredores... De destacar a excelente voz da Diana que encaixa perfeitamente nos estilos que a banda percorre ao longo das suas músicas.
A descrição da banda nas palavras dos mesmos:

"A formação da banda ficou completa a 28 de Agosto de 2006 após um ano de experiências e entradas de novos elementos. O primeiro concerto foi dado um mês depois, e desde aí, outros se seguiram na FEUP (Guitarmageddon), em Matosinhos (Nova Era Café, com "as luzes" ;) e em Arcozelo (grandes recordações!!!). Os ensaios eram "caseiros" na zona de Gaia (Arrábida) e recentemente mudamo-nos para o CC stop: "stop spot" rende! De momento procuramos um(a) teclista com criatividade e motivação para integrar um projecto em evolução. As músicas disponiveis foram obtidas em ensaios/jams através da gravação com um microfone geral e com um trabalho mínimo de edição, e outras ao vivo. Desta forma pretendemos divulgar o espírito e o som que procuramos."

na sua página no MySpace, onde nos podemos entreter com algumas músicas e aguardamos por novidades.
Smoke On The Bossa

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17 fevereiro 2008

Descobre os personagens históricos...


Clique para ver maior

Deixa as tuas respostas nos comentários...
Have Fun !!!

16 fevereiro 2008

Associação Portuguesa de Críticos de Teatro atribuiu uma Menção Especial aos Livros Cotovia


"Exercendo a sua actuação editorial em matérias, intenções, parcerias e formatos muito diversos, os Livros Cotovia têm contribuído de forma superlativa para a criação de um repertório de teatro em Portugal, quer editando originais portugueses, quer promovendo ou apoiando traduções de importantes textos da dramaturgia mundial.
Configura esta sua prática uma visão de estimulante abertura não apenas a uma escrita em que poucas editoras gostam de arriscar, mas também à realidade viva da criação teatral ao fazer convergir muitas vezes a publicação dos volumes com a subida à cena das peças, sejam elas de portugueses ou de autores estrangeiros traduzidos.
Reconhecendo embora a evidência de que o espectáculo não se resume ao texto escrito, a Associação Portuguesa de Críticos de Teatro não pode deixar de destacar a relevância da produção escrita para o palco, ao mesmo tempo que reconhece que as palavras escritas para a cena não se esgotam numa leitura do "literário", antes obrigam a uma atenção multidisciplinar em função da materialização possível dessa textualidade. Daí precisamente a importância de sublinhar a convergência produtiva – para espectadores e leitores – da simultaneidade do aparecimento do texto nestas duas "plataformas" de realização material.
A importância desta deliberada intervenção dos Livros Cotovia no panorama do teatro que se escreve e faz em Portugal justifica plenamente a Menção Especial que o júri da APCT decidiu agora atribuir-lhe."

Associação Portuguesa de Críticos de Teatro

15 fevereiro 2008

MayDay - Certificado de Precariedade


O grupo de preparação do Mayday Lisboa 2008 fez o lançamento oficial do Certificado de Precariedade (CP), a ser atribuído a partir de agora às empresas e organismos do Estado que mais se distinguirem anualmente na promoção da precariedade laboral em Portugal.

Condições de candidatura:

Mantém trabalhadores indevidamente a recibos verdes? Não renova contratos a "colaboradoras" grávidas? Esquece-se do direito às férias ou dos subsídios de Natal e de Férias? Gosta de saber que os trabalhadores da sua empresa não têm direito ao subsídio de desemprego? Deixa o pagamento da Segurança Social por conta dos precários que explora na sua empresa? Não tem "folgas" no seu dicionário?

PARABÉNS! Se respondeu sim a alguma destas perguntas, pode candidatar-se já ao Certificado de Precariedade!

Serão disponibilizadas imagens recentes de apenas algumas das instituições em causa, já (con)decoradas com o Certificado de Precariedade:


O precariado rebela-se !!!

SOS RACISMO com Chullage + M.A. Projecto


15 de Fevereiro
Sexta 22h30
Contagiarte - Estúdio 2


A SOS Racismo organiza no espaço Contagiarte um debate seguído de uma festa com o tema: Os mass media na formação do racismo . A actividade faz parte de uma série de eventos que a associação está a organizar na cidade do Porto, em vários espaços culturais. Será apresentado um vídeo / documentário Era uma vez um arrastão , seguído de um debate sobre o tema, com convidados. No final do debate a noite segue com dois concertos com M.A. PROJECTO a abrirem para Chullage. Seguir-se-á depois uma festa de sonoridades de sons do mundo.

14 fevereiro 2008

Desconcerto por uma nova lei !

Tudo o que tinha a dizer sobre este dia resumido em imagens, para poupar a escrita e porque assim não vos maço tanto.... [excepção feita ao título] ;)


AT FIRST I WAS AFRAID...


I WAS PETRIFIED...

BUT I CAN LIVE WITHOUT YOU BY MY SIDE !

* * * Um SÃO VALENTIM de todas as cores !!! * * *


Wanna be my Valentine ?

13 fevereiro 2008

PORTUGAL Sim ou Não ?


14 Fev - 22 Mai 2008
das 22:00 às 23:30 - AUDITÓRIO


A Fundação de Serralves promove um aprofundado debate sobre o Estado do País.
Para além de se pretender fazer um diagnóstico do estado das coisas, importará também fazer uma avaliação prospectiva. Isto é, equacionar um conjunto de questões que, partindo da mais simples (o país funciona?) até à mais pedagógica (como pode funcionar melhor?), seja capaz de desenhar uma cartografia do futuro (porque mares deveremos navegar?). Habituados a viver embalados na história de termos atravessado “mares nunca antes navegados”, importa hoje, sem dúvida, perguntar por onde queremos ir.
Na ressaca da Presidência Portuguesa da União Europeia, impunha-se este debate. É quase um lugar comum falar-se da nossa natureza ciclotímica, da circunstância de passarmos rapidamente da euforia à depressão e vice-versa. A formulação deste debate toma partido, com alguma ironia, dessa situação. “Portugal: Sim ou Não?” é por isso, mais do que a exigência de uma reposta definitiva, um pretexto para discutir o país.
Convidamos um conjunto de personalidades e pensadores da prática e da teoria nacional a protagonizarem esta discussão.
O ciclo organiza-se em torno de um conjunto de 9 sessões que pretendem varrer as várias áreas da intervenção e sentido do país. Desde territórios mais temáticos a outros mais efabulatórios.

As sessões serão constituídas pelas intervenções de dois prelectores e a moderação de um comentador em torno do tema em causa.
Com Jorge Sampaio, Vasco Graça Moura, José Manuel Fernandes, Adriano Moreira, Rui Moreira, Fátima Campos Ferreira, Artur Santos Silva, António Mexia, Helena Garrido, José Miguel Júdice, José Gomes Canotilho, Sofia Pinto Coelho, Nuno Severiano Teixeira, Paulo Portas, Mário Bettencourt Resendes, Maria de Lourdes Rodrigues, Eduardo Marçal Grilo, Manuel Carvalho, Mariano Gago, Manuel Sobrinho Simões, Andréia Azevedo Soares, Guilherme de Oliveira Martins, Manuela Melo, Anabela Mota Ribeiro, Eduardo Lourenço, José Gil e Maria João Seixas.

Comissário: Paulo Cunha e Silva

12 fevereiro 2008

Faz um ano em que a noite mudou para dia... de uma forma muito mais iluminada que o costume



... e ao contrário do que diziam certas pessoas o número de IVGs feitas não foi uma catástrofe... alguns parecem até desiludidos com o número parco de IVGs feitas !!!

Fish Never Sleep


Animação de Gaelle Denis.

Sinto-me peixe, sinto-me este peixe. Não sei porquê a identificação com esta animação... [ironia subtil]...

Presidenciais americanas em debate com o Le Monde


A contagem decrescente para as eleições presidenciais norte-americanas marcará a actualidade durante o ano de 2008. A impopularidade de George W. Bush, confirmada pelas eleições primárias, põe a claro as contradições do espaço político conservador e da sua influência nos Estados Unidos.

O debate contará com a presença de Rui Tavares, José Manuel Pureza, Nuno Ramos de Almeida e Pedro Caldeira Rodrigues, e terá lugar na zona do bar do Instituto Franco-Português no dia 13 de Fevereiro, quarta-feira, a partir das 21h30.

11 fevereiro 2008

Sex Pistols em Paredes de Coura - a primeira confirmação para o festival de verão


Os Sex Pistols são a primeira confirmação para a 16ª edição do festival de Paredes de Coura. Este ano, o festival minhoto acontece mais cedo, no fim-de-semana alargado de 31 de Julho a 3 de Agosto.
Os bilhetes já estão disponíveis nos locais habituais. O preço do bilhete diário é 40 euros. O passe para os quatro dias custa 70 euros, mas fica mais barato se comprado antecipadamente: até 3 de Março, fica por 50 euros; até 3 de Abril, por 60 euros.
O festival foi antecipado por dois motivos: para deixar de se realizar durante a semana (o que impedia a deslocação de muitos fãs) e para estar mais sintonizado com os calendários de festivais vizinhos como Benicassim e Summercase.
Esta é a primeira de duas edições com produção partilhada entre as promotoras Ritmos e Everything Is New.

Os Sex Pistols nasceram devido a toda uma conjuntura favorável ao nascimento da cultura punk. Malcom McLaren foi um dos homens mais responsáveis pela propagação do punk-rock no Reino Unido. A história de McLaren começa a ficar interessante em 71, quando abriu a Let It Rock, uma loja de roupas para a nova geração de teddy boys - os filhotes das gangues originais, surgidas nos idos de 53. Desde então, McLaren tornou-se uma celebridade entre músicos e modernos londrinos.
Em 1973, os integrantes da banda protopunk New York Dolls entram na Let It Rock. O visual da banda (uma mistura de glitter e sadomasoquismo) conquista McLaren e ele vira seu empresário. Em Nova Iorque, percebe o quanto os New York Dolls estavam ultrapassados e salta borda fora.
Apesar de renegar os Dolls, o empresário trouxe uma ideia brilhante dos Estados Unidos. Depois de perceber que o que valia no mundo do rock, em 75, era muito mais a atitude do que o som, McLaren decidiu construir uma banda segundo seus novos padrões.
Mais uma vez em Londres, reassume sua a sua loja - agora chamada SEX - e transforma-a no epicentro do terramoto que sacudiria o mundo pop, ajudado pela estilista Vivienne Westwood. Segundo o próprio McLaren, criou os Sex Pistols.
Reunir os quatro Pistols foi fácil: Steve Jones e Paul Cook (respectivamente guitarrista e baterista) viviam na SEX. Glen Matlock - baixista e empregado da loja aos sábados - foi convocado imediatamente. Faltava escolher o vocalista.
Depois de descartar o crítico Nick Kent e o cantor Richard Hell para a vaga, a banda experimenta um velho freqüentador do sítio, um adolescente de dentes podres chamado John Lydon. O teste é feito na loja, com o vocalista a cantar numa jukebox. Johnny, que nunca tinha cantado na vida antes, foi aprovado pela sua postura e comportamento anti-social, em resumo, era perfeito para a vaga. Os ensaios começam. Agora a banda chama-se Sex Pistols e John Lydon vira Johnny Rotten.
O primeiro concerto acontece em 6 de Novembro de 1975, que foi um fiasco inevitável dada a pouca preparação da banda. Esse mítico show é retratado no filme 24H Party People.

O Livro do Pedro... é um livro especial !


«O Livro do Pedro» é um livro especial.

Maria, que traz um filho dentro da barriga, conta à sua filha a história da sua infância. Uma história simples, de uma criança feliz.
O que torna este livro especial é o facto de Maria ter dois pais: O Pedro e o Paulo.
Este livro não pretende ser um panfleto. Pretende, ao invés, contribuir para que do imaginário infantil faça parte a diversidade dos modos de amar. E, nesse sentido, este é um livro pioneiro em Portugal. Pela primeira vez, a edição nacional de literatura para a infância contempla a diversidade das formas de parentalidade. E fá-lo sem falsos moralismos.

A sua autora, Manuela Bacelar, é já conhecida do público português, nomeadamente das crianças. Ilustradora de renome, é autora de algumas das obras incontornáveis na literatura para a infância (Os Ovos Misteriosos, Tobias, O Meu Avô, O Dinossauro, Sebastião, Bernardino...), tendo ganho vários prémios nacionais e internacionais (manuelabacelar@netcabo.pt).

O convite que lhe fazemos é que apareça na sessão de apresentação do livro e que ajude a divulgá-lo.

FNAC CHIADO, 14 de FEVEREIRO, 18.30 HORAS
Apresentação: Dora Batalim

10 fevereiro 2008

Acabar com a impunidade ! Da violência policial aos interesses imobiliários...


Foi criado um blog para denunciar a repressão policial que ocorreu durante o despejo do Grémio Lisbonense no dia 8. Pretende-se a colaboração de tod@s" os que possuírem informações relevantes para publicar.
Está a tentar coordenar-se as acções de denúncia, quer legal quer social. Sobre o episódio de dia 8, há a acrescentar que houve um detido que foi violentamente espancado na esquadra. Foi hoje libertado e recebeu assistência hospitalar. Pretende também apresentar queixa. Todos os elementos de prova são importantes.
O endereço do blog é: www.bastounada.blogspot.com o e-mail de contacto é: bastounada@gmail.com


Este blog surge após os acontecimentos de dia 8 de Fevereiro durante o despejo da centenária associação Grémio Lisbonense.
Perante uma concentração pacífica por parte de amig@s e sóci@s desta associação contra o despejo ordenado pelo tribunal e levado a cabo pela PSP, a reacção da polícia foi a agressão contra os presentes.
Todos os participantes, encurralados, foram agredidos. Vári@s ferid@s tiveram de receber assistência hospitalar e um detido acabou por ser brutalmente espancado numa esquadra de polícia.
Este blog tem por objectivo denunciar este caso de abuso e repressão policiais, mas também muitos outros que são diários e decorrem com total impunidade.
Queremos que esta seja uma ferramenta de denúncia para tod@s @s presentes neste acontecimento, ou vítimas de repressão policial em geral.
Para proceder à denúncia, tanto social como legal, destes factos, precisamos da colaboração de tod@s para reunir o máximo de informação (testemunhos, foto, vídeos, etc).

O que aconteceu no Grémio Lisbonense e depois.

O grémio recebeu ontem uma ordem de despejo.


A partir de meio da tarde (cerca das 16h) começaram a juntar-se mais pessoas à porta. Passada uma hora eram cerca de 50 sócios e amigos e alguns jornalistas e fotógrafos (Lusa, jornal Público, Jornal de Notícias, etc). Às 19h eram mais de 100 pessoas de todas as idades.
Dois polícias à porta permanentemente. Os sócios eram impedidos de entrar, tirando alguns membros da direcção e aqueles que tinham de tirar de lá alguns objectos. Uma carrinha de mudanças foi sendo carregada com alguns haveres que não pertencem ao Grémio (instrumentos, coisas do bar, etc). No entanto todo o espólio do Grémio ficou lá. Uma cadeira de barbeiro saíu e houve assobios dos presentes. A cadeira não é propriedade da Associação, mas foi vista por alguns dos presentes como um símbolo deste despejo precipitado. Alguns dos proprietários estiveram no local. Cumpria-se a ordem do tribunal. Fez-se um inventário dos bens.
Cerca das 19h as pessoas que se juntaram para defender o espaço começaram a discutir o que fazer, a questionar a legalidade do despejo e a necessidade de o fazer, uma vez que estava já marcada uma reunião na Câmara Municipal de Lisboa para quarta-feira próxima, com a presença da direcção do Grémio e dos proprietários para negociar uma solução que permitisse a continuidade das actividades culturais da Associação, a preservação do edifício histórico. Houve várias ideias para não permitir o despejo, informar a comunicação social, fazer pressão para que o Grémio não fosse despejado. Fez-se uma assembleia improvisada no átrio da entrada, no rés do chão. Houve esclarecimentos de um membro da direcção que reafirmou a possibilidade de se encontrar uma solução. Um membro do gabinete da câmara do vereador José Sá Fernandes também falou da negociação de quarta-feira, explicando as diligências que podem ser feitas na Câmara.
A advogada do Grémio esteve presente no local, falou muito brevemente da possibilidade de uma negociação e anunciou uma conferência de imprensa pelas 19h30 no seu escritório, longe dali.
Os presentes não saíram do local. Continuaram a discutir. Alguns sócios queriam entrar no Grémio. Discutiu-se a possibilidade de reunir lá dentro e decidir com calma o que fazer. Numa segunda assembleia improvisada, de novo no átrio de entrada, enquanto se preparavam acções de sensibilização e protesto até à quarta-feira seguinte, levantaram-se várias vozes que defenderam que se subisse ao primeiro andar. Muitos subiram. Um polícia pergunta "o que é que fazem aqui?" e começa a empurrar e agredir os primeiros a subir a escada. As pessoas não desmobilizam. Protestam contra a violência despropositada da polícia.
Cinco polícias estão lá em cima. Cassetetes na mão. Os ânimos aquecem. Algumas pessoas apelam à calma. Um membro da direcção apela à calma e volta a reafirmar a possibilidade de se suspender o despejo e arranjar uma solução para o Grémio continuar vivo, que passasse simplesmente por uma actualização da renda. Algumas pessoas pedem identificação da polícia por lhes terem batido.
Grita-se: " O Grémio é nosso!", "Lisboa a quem a vive" e palavras contra a repressão policial. Chegam reforços policiais (mais um dez polícias) que tentam abrir caminho à força pelas escadas para chegar ao primeiro andar. Todos as pessoas se sentam no chão, dificultando a passagem da polícia. A polícia não está com meias medidas, começa a bater indiscriminadamente em todos, criando o caos. Várias pessoas magoadas e esmagadas. Fotógrafos e jornalistas agredidos. Ouvem-se gritos. As pessoas protegem-se, defendem-se como podem. A polícia bate com cassetetes, empurra e pontapeia. Varre à pancada a escada. As pessoas saem do edifício para a rua. Há cabeças partidas, e muitos queixam-se de terem sido agredidos. Pelo menos um jornalista e um dos que estavam na escada pacificamente ficam no átrio de entrada (rés-do chão).
Depois de alguns diálogos infrutíferos entre a polícia e as pessoas que ali se encontravam, os polícias fazem um cordão cá em baixo, já na rua e começam a dizer às pessoas para circular. Várias viaturas da polícia estão estacionadas no Rossio, junto ao Grémio. As pessoas protestam contra a violência policial. Concentram-se ainda durante algum tempo à frente do Arco do Bandeira (o arco debaixo do Grémio).

... e depois:
As imagens da TVnet mostram imobilizado no chão um rapaz. Este rapaz, que nunca agrediu nenhum polícia e apelou repetidamente à calma, foi detido e levado para a esquadra.
Na esquadra foi fechado numa sala, foi espancado violentamente (com socos, com uma cadeira, etc), foi ameaçado e torturado durante horas por um dos polícias que estava na operação, um polícia da esquadra da Estefânia de uma posição hierárquica superior. O rapaz violentado pôde telefonar a chamar advogados e amigos que, depois de finalmente sair da esquadra (cerca das 3 da manhã, seis horas depois de ser levado para a esquadra), o levaram ao hospital. Tem várias lesões no corpo e na cabeça.

Vamos continuar a defender o Grémio Lisbonense, instituição de utilidade pública, valor histórico e intervenção social insubstituível, aberta a todos. Vamos continuar a defender a dinâmica cultural da Baixa de Lisboa. Contra a Lisboa desocupada, das casas emparedadas, da especulação imobiliária e dos negócios de luxo.

Acabemos também com a violência policial e a impunidade, na rua e nas esquadras.
Estas histórias têm de ser contadas.

09 fevereiro 2008

A polícia protege-nos mas quem nos protege da polícia


Este vídeo não precisa de muitas palavras para além daquelas que sejam para espelhar a indignação de num país democrático este tipo de gestos de violência policial se repetirem demasiadas vezes - violência sem propósito, sem justificação, totalmente irresponsável e que certamente não terá da parte dos governantes qualquer tipo de resposta... mesmo que pelo meio tenha sido agredido um jornalista que nada tinha a ver com a situação...
Uma só palavra LAMENTÁVEL !

Think global, act local - Google News


O Google News tem uma nova funcionalidade - para já apenas em inglês - que permite pesquisar notícias por cidade ou código postal.
A equipa do Google News anunciou ontem no seu blog oficial que lançou uma nova secção que agrega notícias de «qualquer cidade, estado ou país do mundo e inclui milhares de fontes».
Os resultados apresentados têm em conta a localização de cada publicação, de forma a «promover as fontes locais para cada história», pode ler-se no site.
Nesta fase experimental a nova funcionalidade apenas está disponível para notícias em inglês, mas os responsáveis do Google News esperam lançar o serviço noutras línguas e edições brevemente.

08 fevereiro 2008

Transfobia é estupidez e também é crime !



Começou a ser julgado no Porto um jovem de 18 anos envolvido no assassinado de Gisberta, perpetrado há cerca de dois anos, no parque de estacionamento do prédio inacabado onde a transexual vivia. Em Fevereiro de 2006, Gisberta seria violentamente agredida por um grupo de adolescentes e atirada para um poço, onde morreria afogada. Pela sua idade, o jovem que hoje começou a ser julgado é o único entre o grupo de agressores que vai responder em tribunal como arguido.
O jovem constituído arguido, agora com 18 anos, é acusado de ofensa à integridade física qualificada (três crimes, cada um punível com três a 12 anos de prisão) e de um crime de omissão de auxílio, penalizado com prisão até dois anos ou multa. Os restantes elementos do grupo, na sua maioria internos na instituição católica Oficina de S. José, tinham sido julgados no Verão de 2006 no Tribunal de Menores, por co-envolvimento no caso, e condenados por ofensa à integridade física qualificada, profanação de cadáver tentada e, em alguns casos, por omissão de auxílio, com medidas tutelares de internamento em centro educativo até 13 meses.
Segundo a acusação, em algumas ocasiões "todos os elementos do grupo e o arguido lançaram-se sobre o ofendido e, em conjunto, agrediram-no com paus e a pontapé", salientando que “Enquanto decorriam as agressões, o jovem que agora começou a ser julgado gritava para baixarem as calças ao ofendido porque queria ver se era homem ou mulher". Gisberta viria a morrer após várias agressões e, segundo um perito médico-legal, a morte deu-se por afogamento.
Gisberto Júnior, com 44 anos à altura da sua morte, era natural de Casa Verde, S. Paulo, Brasil, e viveu em Portugal durante 25 anos. Depois da degradação extrema da sua saúde – Gisberta sofria de SIDA e tuberculose - deixou a sua habitação habitual no Porto, para se instalar no parque de estacionamento, onde os menores a iam visitar a agredir.
O assassinato de Gisberta provocou um forte movimento de solidariedade por parte de associações de defesa dos direitos dos homossexuais e dos direitos humanos, tendo-se realizado manifestações em vários pontos do país.

QUEREM-NOS ROUBAR O BOLHÃO! VAMOS MOSTRAR QUE ELE É NOSSO!


SÁBADO, 9 DE FEV. - 10 H.
TODOS AO BOLHÃO (entrada rua formosa)
Tragam a vossa boa-disposição e indignação num abraço de solidariedade com os comerciantes do NOSSO mercado.


A acção é promovida por associações e movimentos cívicos da cidade do Porto.

APAREÇAM E PASSEM A PALAVRA A TODOS OS VOSSOS CONTACTOS TEMOS POUCOS DIAS PARA IMPEDIR ESTE CRIME! (Até ao fim do mês de Fevereiro!)

Já está a disponível nas bancas do Mercado e nos cafés e lojas das redondezas uma petição contra a demolição deste símbolo da cidade do Porto.

O mercado do Bolhão corre o risco de desaparecer para sempre... Este típico mercado da cidade do Porto, tem vindo a resistir ao longo dos anos, mas agora está ameaçado por fortes interesses económicos num edifício que está classificado como Património Nacional. O presidente da Câmara do Porto, decidiu que a melhor forma de reabilitar este velho edifício era entregá-lo a uma empresa privada para o gerir nos próximos 50 anos!
A escolhida foi a multinacional holandesa TCN – Tramcrone que já está a elaborar um projecto para o mercado.
Esse projecto vai destruir o mercado tradicional, transformando este fantástico espaço em mais um Centro Comercial igual a muitos outros. Todo o interior do edifício será demolido para dar lugar à especulação imobiliária (supermercado, lojas, habitações...). Este edifício começou a ser construído em 1851, e é actualmente o único mercado tradicional do centro da cidade, considerado a alma do Porto onde se podem ainda encontrar as típicas vendedeiras e as genuínas gentes do Porto.

Ajude-nos a salvar o mercado do Bolhão. Denuncie este atentado contra o património.

07 fevereiro 2008

Concentração por um Mundo sem Fronteiras


9 Fevereiro
15h00 Praça da Batalha, Porto


A recente expulsão dos marroquinos detidos na unidade habitacional de santo António veio não só expor uma lei incompatível com os mais básicos direitos humanos, como também confirmar a natureza dos poderes governantes. Vivemos num Estado de excepção – mais permanente para os mais pobres do que para os mais ricos – em que leis, direitos, liberdades e garantias perdem o seu significado perante os interesses de Estado e da economia. Só assim se explicam as ilegalidades processuais cometidas neste processo, como a supressão informativa realizada às advogadas das pessoas expulsas, ou simples omissões jurídicas, como a recusa em aplicar a cláusula que adia a repatriação caso os detidos colaborem no desmantelamento de redes de tráfico de imigrantes.
Porém, apesar da sua brutalidade, este caso não constitui uma novidade. Em Portugal, há muito que se expulsam pessoas por não preencherem certos e determinados requisitos. Há muito que existem prisões para imigrantes – obra do actual presidente da república Cavaco Silva, enquanto chefe de governo – onde estes são detidos porque simplesmente estão onde não podem estar. Por nada mais. Há muito que se mantêm pessoas na clandestinidade, para que possam trabalhar sem contratos e sob salários de miséria. Há muito que se esqueceram as histórias dos avós e bisavós que entraram, permaneceram e trabalharam ilegalmente em França e outros países da Europa.
Os tempos são outros. O país é parte integrante da União Europeia (U.E) e, como tal, deve participar no seu processo de afirmação a nível mundial. Doa a quem doer. A organização da Cimeira U-E–África, em que a tentativa de impor acordos de comércio livre se fez acompanhar pela negociação de parcerias na repressão à população imigrante; a participação no programa Frontex, um dispositivo de controlo fronteiriço, que inclui os barcos de guerra que patrulham o litoral, as vedações em Melila e Ceuta ou centros de detenção espalhados por toda a Europa; ou as rusgas realizadas pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras os grandes centros urbanos ilustram o papel português na conspiração europeia contra os imigrantes.
Manifestamos-nos hoje contra qualquer lei de imigração que não garanta, sem quaisquer limitações, o direito a viver livremente neste país. Não só devido à existência de necessidades imperativas que obrigam as pessoas a partir e deixar as suas famílias – a fuga às guerras, à pobreza e à destruição de recursos naturais, que alimentam as contas bancárias das grandes empresas transnacionais – mas também porque não queremos viver num mundo dividido em redomas mais impenetráveis para uns do que para outros.

Porque não são as pessoas que atravessam as fronteiras, mas sim estas que se atravessam nos caminhos das pessoas, negando assim uma qualidade inerente ao humano: o desejo de ir além, de procurar, de conhecer. Tudo isto é muito anterior à existência de fronteiras. Tudo isto continuará quando forem abolidas.